sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Os 3 níveis da macacada

A propósito da Diferenciação que Jack Welch fala, opto por desenvolver a vertente Darwiniana dessa mesma diferenciação.

Ora vejamos:
Imagina o Homem macaco.
A este senhor animal falta-lhe a espontaneidade.
Tem um raio de acção curto, previsível e esperado.
Pauta-se por padrões já definidos. Por fórmulas comprovadas. Sem surpresas.
Ele imita os bons ou os maus exemplos - é uma fotocopiadora comportamental.
Mas falta-lhe aquela ponte de hidrogénio.
Falta-lhe aquele sal.
Falta-lhe aquele inesperado.
Corresponde aos 10% do fundo.

Depois existe o Homem chimpanzé
Senhor do seu nariz.
Suposto pensante.
Convencido de ser um grande estratega.
Imita sem se dar a conhecer.
Padece de um defeito Maior - Pensa que é melhor que o macaco.
A verdade é que não consegue mudar o triste facto de ser símio e ter as mesmas narinas grandes.
Não deixa de ser previsível mas de uma forma imprevisível.
Com técnicas mais apuradas, é certo.
No entanto, não consegue criar ovos de Colombo.
Corresponde aos 70% do meio.

E o Gorila - Nada diz. Simplesmente a vê-los passar.
Há algo de simplesmente arrebatador no olhar do Gorila.
Uma calma tempestuosa.
Uma intransigência permissiva.
Um olhar simples e eloquente.
Como se nos dissesse que é tudo fácil.
E no entanto, capaz de derrubar tudo num único sopro. Num mero desabafo.
Com dedos velhos, sábios.
Sem mágoas nem máscaras.
Apenas ele. Com essas mesmas narinas grandes que constituem agora o semblante sereno.
Apenas o respirar profundo, calmo e tranquilo.
Não há pressas. A vida está aqui.
Aqui estão os 20% de topo.

A Diane Fossey sentiu essa imensidão como ninguém.
Olhares que perscutam a nossa mente e nos despem de dilemas, de encruzilhadas ou indecisões.
Olhares de confiança.

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