sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Pontes

As ideias são como pontes.
Pedaços de rocha que existem apenas para ligar duas margens.
Ligam as peças e concretizam-se em projectos.
As Pontes são as somas de pedaços de vida para numa vida completa se tornarem.

A Ponte é a ligação vital entre o 1 e o 2, entre o eu e o teu, entre o agora e o depois.
Entre o que houve antes de nasceres e o que existirá depois de morreres.

Essa Ponte liga duas margens só que não são as margens de um rio, são as margens de um deserto que existe dentro da tua consciência.
É o deserto que parece ser sempre maior do que na realidade é.
Na realidade necessitamos que assim seja porque só assim colocamos à prova a convicção da estrutura das Pontes que para nós traçamos.Os desertos acabem sempre por serem afinal pequenos, muito pequenos.

Mas isso não é o mais importante.

No fim, apesar de todas as margens, de todos os desertos ou pontes o que interessa são os alicerces.

Os que existem, invisíveis a olho nu, imprescindíveis.
Ninguém dá por eles, senão quando deixam de existir.
O segredo está em descobrir os alicerces das nossas Pontes que nos pemitem sustentar todas estas ligaçoes.
O segredo está em cuidar deles.
São a base da nossa Ponte, A base da nossa Vida, do nosso Testemunho, do valor da nossa Passagem.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Até já

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Um brilho nos olhos

Quando olhas podes Ver.
Quando olhas podes Dar
Quando olhas podes Envolver.
Quando Olhas, estás a Amar.

Num olhar cabe um Mundo.
O Mundo que é teu.
O que constróis e resulta da forma como olhas à tua volta.

Experimenta a sinceridade. Não há ninguém que não queira um Amigo.
Por isso não te limites a olhar - Vê para lá do que está à vista.
Mostra que podes estar lá, se precisarem.

Olhares vivos que transmitem Vida,
Vida que se concretiza.

Experimenta.
Dá e vais ver que recebes mais do que esperavas.

Deixa-te surpreender.
O dia de amanhã não tem que ser igual ao de ontem.

sábado, 17 de setembro de 2011

A máscara

A máscara da arrogância.

Porque é que a usas? Do que é que te escondes?
Será de nós ou será de ti?

Não sabes que te vemos? Não vês que te conheço?
Não há razão para trazeres isso contigo.
Acredita - eu sei.

Limpa da cara essa lama que te ofusca.
Tira dos teus olhos essa poeira que te cega.
Solta os lastros.
Levanta vôo.

Sei que estás aí.
Quando é que percebes que estamos aqui?
e que todos fazemos parte de Um só?

60 horas

Imagina que estás numa fila de espera e que te dizem que só tens que esperar 60 horas para ser atendido.

60 horas!

Inadmissível.
É simplesmente inaceitável ter que ficar à espera 60 horas.

60 horas ali parado à espera de algo que está para acontecer.
Obviamente que não vou esperar.
Tenho mais que fazer.

Quando confrontado com 60 horas de espera, é fácil dizer que se tem uma vida para viver e que não se vai ficar à espera do que está para acontecer.
É fácil dizer que se tem coisas mais importantes para fazer.

Mas no entanto é curioso como por outro lado, é tão fácil também deitar 60 horas para o lixo.
Quantas 60 horas dessa vida supostamente cheia de coisas "mais importantes" já deixámos afinal passar sem na realidade fazermos nada, como se estivéssemos numa qualquer fila de espera?

A vida não é uma fila de espera.
60 horas podem ser agora, Já!
60 horas são um fim-de-semana.

Bom fim de semana.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Esperar ou Avançar?


O facto de alguém esperar por nós não nos obriga apenas a ser pontuais. Isso é cumprir os mínimos.

Esperar por nós significa que esse alguém tomou a decisão de abdicar de outra coisa qualquer.
Pode ter sido algo tão fútil e nefasto como um vício ou essencial e vital como um Filho.

De alguma coisa abdicou.

O que nos cai então sobre os ombros para lá do facto de termos que ser pontuais?

Recai tudo o resto.

O respeito pelo Tempo do outro.
Sim, porque o Tempo acaba. e com o passar do Tempo percebemos que os diamantes perdem o brilho perante algo incomensuravelmente mais precioso.
E se o outro se predipõe a dar-nos um pedaço dessa sua fortuna, o mínimo que podemos e devemos fazer é honrá-lo, com o melhor de nós.

Não é fácil fazer isto. Sei-o bem.
Mas tenho que o dizer novamente para mim e para ti:
"Honrar o tempo do outro com o melhor que temos de nós."

É que no fim vamos perceber que afinal o que fizémos foi melhorar o que de melhor podemos ser.

E isso, creio que é a melhor prenda que alguém nos pode dar, mesmo que nem sequer tenha tido consciência do que acabou de fazer.