quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Poeira

A poeira que se instala na nossa Visão é o fruto dos nossos ressentimentos.

Somos nós que lá a colocamos.
Somos nós que a conseguimos de lá tirar.



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Absurdo

Às vezes há alturas em que alguém nos diz algo ou reaje de certa forma que nos parece totalmente imcompreensível, desenquadrado e absurdo.

O tempo passa e eis quando se faz luz.
Por vezes são 2 segundos, outras vezes 2 anos.

E quando são 2 anos que precisamos, é porque esse foi o tempo necessário para obter a experiência devida para agora entender o que de outra forma nos parecia tão estranho.

A palavra absurdo deriva do adjetivo latino surdus, "surdo".

Chego à conclusão que não há absurdos, há é momentos de surdez.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

À espera


À espera para Nascer,
À espera para Crescer,
À espera para Morrer.

À espera de ser Grande,
À espera do Romance,
À espera do Emprego,
À espera do Sossego,
À espera do Filho,
À espera do Destino.

A Vida não espera e a Morte também não.
Do que é que estás à espera?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Coragem para parar

Coragem para criar espaço.
Coragem para enfrentar desafios.
Coragem para finalmente perceber que abrandar é a melhor forma de acelerar.

"Como uma árvore, com as suas raízes profundas, tronco forte e grandes ramos, vais parecer que estás imóvel. Na realidade estarás crescendo por dentro" - LAM Kam-Chuen



Mapa do tesouro

Meditar, escrever, cultivar o inesperado, definir objectivos ridiculamente pequenos e tangíveis e aprender a relativizar os problemas. Se no meio disto tudo conseguires ainda desenvolver compaixão pelo próximo, diria que estás no bom caminho.

É melhor ver o vídeo:

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Concentração e Foco


Fronteira emocional

Ténue é a fronteira entre o riso e o choro, mas onde há riso, não há choro.


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O carreto primordial

Imagina um sistema de carretos de desmultiplicação.

O primeiro carreto gira a metade da velocidade do segundo.
O segundo, gira a metade da velocidade do terceiro e por aí adiante.
Imagina que o teu primeiro ano de vida representa a tua primeira roda dentada, o teu primeiro carreto.
E por cada ano que passa acrescentas mais uma roda dentada, que gira ao dobro da velocidade da anterior.

Hoje, ao olhares ao espelho, contemplas a velocidade de rotação da tua última roda dentada – a velocidade que é a tua frequência, a tua evolução – o teu estado.

O primeiro carreto gira agora de forma lenta, quase imperceptível - ele é a tua essência – difícil de rodar, difícil de modificar, de tão profundo que está.

Para que agora a tua essência se modifique é necessário que as camadas superiores, nomeadamente a última gire milhares de vezes, tome milhares de passos, suba milhares de degraus, enfrente milhares de desafios, encontre milhares de soluções na esperança de encontrar a Linha Condutora, a Solução, a Mensagem.

Por outro lado, se fizeres a tua viagem de descoberta interior aprendes algo de inestimável.
Aprendes a controlar a velocidade de cada roda dentada, independentemente da sua camada, da sua profundidade.

Ao viajares no teu interior, encontras a forma de chegar a cada carreto, a cada mudança.
E quando chegares à roda essencial e aprenderes a movê-la, descobrirás que afinal de contas ela não é pesada.
É tão leve quanto as outras.

Mas nessa altura constatarás que cada vez que rodas o carreto primordial, milhares de resoluções se repercutem nas camadas superiores, lá em cima, à tona da água do teu lago.

É a altura em que aprendes a ser um lago diferente.

Um lago de água profunda.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Uma forma simples de ser feliz

Evitar a conversa da treta.
Reduzir ao mínimo os momentos em que se fala do Nada.
Isso faz com que se abra espaço para momentos valiosos, que se recordam, que nos fazem crescer.
Isso abre caminho à reflexão, à partilha e à descoberta.

Aos poucos começamos a gostar mais de nós próprios, de ter orgulho do que somos.
E isso, faz-nos felizes.

Dogmatismo

Quando olhamos para algo que nos é desconhecido, a primeira coisa que fazemos é enquadrá-lo em conceitos já adquiridos.


Dreads, betos, góticos, freaks, punks, diplomados, Informáticos, Operários, Professores, Políticos.
Estes são só alguns exemplos dos milhares de conceitos que temos dentro da nossa cabeça, cada um com com determinado grupo de características que se foram cimentando ao longo das nossas experiências.

O problema é que ao estereotipar, passamos a ouvir parte daquilo que a pessoa realmente diz - É como se colocássemos um filtro.

Ao decidimos que uma pessoa é de determinado género, grande parte do que ela diz parece-nos de repente estar de acordo com a nossa percepção.
(Já reparaste que sempre que decidimos comprar um determinado produto X, de repente todos à nossa volta já o têm?)

O nosso cérebro fica atento ao que lhe dizemos para ficar atento.

É isto que acontece com tudo à nossa volta e também com as pessoas que nos rodeiam.

Se dizemos na nossa cabeça que determinada pessoa é de determinada forma, então o que essa pessoa nos diz passa automaticamente a ser coincidente com a forma - A primeira impressão é importante por isso.

Digo isto sem querer chegar a extremismos, caso contrário estava a cair no próprio problema que estou aqui a identificar.

O ponto é que, se por um lado precisamos de balizar para entender, temos que ao mesmo tempo ter a preocupação de não balizar demasiado, caso contrário corremos o risco de perder a capacidade de compreender.

A propósito de compreensão, deixo-te um pequeno vídeo que fala sobre os dois lado da mesma moeda, ou neste caso, as duas mãos do mesmo corpo.