sexta-feira, 27 de maio de 2011

Aprender com os erros

Discuto com uma pessoa sobre um assunto, mas temos opiniões contrárias:

1ª hipótese: Ele(a) não sabe do que fala.
(Mas venho a saber que afinal temos o mesmo background).

2ª hipótese: Ele(a) é um(a) idiota - tem toda a informação mas não percebe.
(Mas venho a saber que é uma pessoa inteligente).

3ª hipótese: Está a contrariar-me propositadamente mesmo sabendo que eu tenho razão.


..Então e se....eu estiver errado? Isso não é hipótese?
Não. Claro que não.
Não é sequer hipótese porque a partir do momento em que passei a viver numa sociedade que aponta os erros como defeitos, como deficiências, como vergonhas, não me é concebível assumir os meus erros.

Assumir os meus erros é correr o risco de ser riscado do mapa.
Mas o problema é que todos erramos e todos tentamos na realidade esconder as nossas fraquezas.

Tal qual Lobo Alfa na matilha que esconde o seu ferimento para evitar ser destronado.
Estamos neste caso a aplicar a lei da selecção natural.
Mas com os humanos a lei da selecção natural nem sempre se aplica.
Não é por acaso que crianças que nascem com defeitos genéticos não são abandonadas.

Somos ligeiramente diferentes dos Lobos.
De tal forma somos diferentes que nos humanos até há quem goste de relatar as suas fraquezas físicas até à exaustão como forma de obter afecto e isso de certeza que não acontece nos Lobos.

Defendo que nos ouçamos com mais atenção e que passemos a conceber dentro das nossas mentes que do outro lado da discussão está também alguém em constante crescimento, e que o crescimento se faz muito à base de erros. 

O respeito pelo próximo está no facto de reconhecermos nele, a vontade de aprender com os erros.
A partir daí, os erros podem ser partilhados, com quem merece o nosso respeito.

Se os partilharmos, avançamos os dois mais depressa.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Espiritualidade e Trabalho

Mais e mais vezes sou confrontado com pessoas de valor incalculável e reconhecido para a sociedade que só após uma vida de trabalho começam a nascer para a sua própria espiritualidade depois de ter sido relegada para 2º plano por quase 60 anos.

Dizia no outro dia um amigo que as igrejas estão cheias de crianças e idosos.
E é verdade. O que é que afinal acontece às pessoas entre os 15 e os 65?

De tal forma é tremendo este fenómeno que se chega inclusivamente a pressupor que a espiritualidade e a vida profissional são como água e azeite. São incompatíveis.
Ou o Homem é espiritual e anda nas nuves - não trabalha.
Ou o Homem trabalha que nem um cão e esquece por completo o sentido da vida.

Também aqui há o caminho do meio.

Não vou defender a igreja A ou B. Pode ser uma qualquer igreja, credo ou filosofia.
O que te pretendo dizer é que devemos ter uma espiritualidade trabalhada e em constante crescimento como parte integrante e essencial da nossa vida.

Estou-me a lembrar por exemplo de Martin Luther King - um grande exemplo de enraizamento, intenção, objectivo, trabalho e espiritualidade.


Trabalhar a nossa espiritualidade faz de nós Seres mais completos, mais maduros, mais produtivos.

Convido-te então a olhares para ti de vez em quando.
Tal como quando olhas para o espelho, mas neste caso não para o que se vê de fora.
Olha para o que és de dentro.
Acaba de uma vez por todas com o desconhecido que há dentro de ti.

Este é apenas um pequeno passo mas que é essencial para que todos em conjunto possamos finalmente quebrar este ciclo terrível que invariavelmente nos leva às portas da Morte para só aí acordarmos para a Vida.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Salto de fé

Ter coragem para abrir os olhos.
Transportarmo-nos para lá do evidente.
Encontrar o sentido onde ele não existe.
Procurar.
Crescer.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Boas raízes + maus ventos = Muitas tempestades


É importante escolher o terreno onde vamos construir as nossas raízes.
É importante seleccionar uma zona fértil para lançar as nossas sementes.
É aí que cresceremos e será aí que nos transformaremos no melhor que podemos ser.

Mas também é importante escolher bem os ventos a que nos vamos expor.
As raízes serão a base da coluna vertebral, e quanto mais fortes forem, menos susceptíveis ficaremos a não sermos fieis a nós próprios.
Mas face a ventos constantes e consistentes, apesar de não mudarmos na essência, moldamo-nos, mesmo que não nos apercebamos disso.

As raízes são importantes, é certo, mas não nos podemos esquecer dos ventos.
Principalmente dos Maus Ventos.

Tal com a água fura a pedra, o vento molda a madeira.
Umas boas rajadas são óptimas para solidificar as nossas virtudes,mas às vezes talvez seja melhor reconhecer a nossa teimosia que brota de raízes fortes e profundas e perceber que se calhar, boas raízes não chegam, não são tudo.

Perceber que talvez por muito que nos custe, valha a pena mudar de terreno.
Porque temos que ter em conta o que nos rodeia e quem nos suporta.

A madeira acabará sempre por ser moldada.
É importante saber se os ventos sopram na direcção certa.
Caso contrário, só compraremos tempestades.

Tempestades entre o que sabemos que somos e aquilo em que nos vemos transformar.
Desilusões, injustiças e amarguras das que mais doem, das que mais nos marcam.

E isto aplica-se a todas as vertentes da nossa vida.

Duas máximas da sabedoria popular que se aplicam aqui na perfeição:

• “Diz-me com quem andas, dir-te-ei que és.” e
• “Mais vale só que mal acompanhado.”

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Aprender a voar


Existem fotos para as quais parecem não existir palavras.
Estas são exemplo disso.

Ser Pai é aprender a dar tudo o que de melhor conseguimos ser.
É crescer para poder dar.

Na realidade, ser Pai é alimentar e ser nutrido.
É abraçar e ser Amado.

Aos poucos vão abrindo as suas asas, e de pequenos pardais transformam-se em águias reais.

Vemo-los aprendendo a voar, ultrapassando os seus obstáculos, definindo novos limites.

Por isso, momentos como este são inestimáveis.

Momentos em que os nossos filhos nos deslumbram com a sua beleza e simplicidade e nos resumem ao pouco que somos perante aquilo que eles têm para nos ensinar.

Que voem alto.
Muito alto.


terça-feira, 3 de maio de 2011

Um momento

Uma foto com muita, muita coisa para contar.
Basta só parar e olhar para ela com atenção.

O que significa,
A que diz respeito,
Quais as causas, as consequências,
O semblante das pessoas
O seu posicionamento na sala.


Muitos porMaiores.

("Sala de crise" - Casa Branca a acompanhar em directo a operação contra Bin Laden)

domingo, 1 de maio de 2011

Conquistas

A Liberdade que resulta da consciência tranquila.
O Orgulho que se ganha por si próprio.

Batalhas que se vencem em campos secretos.
Mundos que se conquistam em Universos privados.

Sorrisos que ateiam o nosso coração.
Fogueiras que aquecem o nosso espírito.

Ter Consciência que o tempo que nos foi concedido, não é em vão.