Tantos e tantos exemplos por esse mundo de pessoas válidas que insistem em perder-se em dissertações retorcidas, labirínticas e tortuosas, tangenciando o incompreensível, em tentativas vãs de elevação dos seus discursos.
Outros há que tentam com frases distintas, chavões requintados e palavras caras, dar sentido e significado a pensamentos despojados de conteúdo.
Não será mais simples colocarmos de lado os nossos mestrados, doutoramentos ou canudos de papel que o valham e de uma forma directa, concisa e objectiva pensarmos primeiro, e depois transmitirmos as nossas ideias, para que nos entendam?
Não é para isso que criámos a linguagem? Para que nos Escutem?
Discursos demasiado elaborados ou então simples mas desconexos resultam invariavelmente numa de duas situações:
Ou o ouvinte literalmente ensurdece e adormece;
Ou o ouvinte atento desilude-se com o vazio imenso de um discurso despropositado e notoriamente rabiscado à pressão, no momento em que é proferido.
Parece-me sempre mais eficaz discursos curtos e acutilantes suportando-se em metáforas ou comparativos, utilizando para tal conceitos inerentes à cultura local.
E depois veio o Agostinho Da Silva.
Simplicidade e entusiasmo numa linguagem directa e refrescante.
Não te conheci.
Não segui a tua obra.
Não sei qual é o teu percurso.
Mas uma coisa um dia eu vi – Vi o teu olhar.
E nesse momento fui aluno.
Obrigado Agostinho.
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