O Presidente do Conselho de Administração do Santander Brasil tem a palavra:
Existem momentos em que o tempo pára e dá lugar à inspiração. São Pensamentos, Sentimentos, Segredos. Como Repórter de "Momentos", publico aqui os segredos que tenho para ti .____________________(desde 05/12/2005)
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Piano, em paredes de madeira
O som cristalino do Piano, reflectido nas paredes de uma sala forrada a madeira.
A tranquilidade bate e volta, incorporando a força viva da Madeira.
Um momento inesperado que se revela iluminado, repleto de notas soltas, brindando a minha audição.
Pequenos toques de mestria, num momento de elevação insólito.
A tranquilidade bate e volta, incorporando a força viva da Madeira.
Um momento inesperado que se revela iluminado, repleto de notas soltas, brindando a minha audição.
Pequenos toques de mestria, num momento de elevação insólito.
Ideal
Feitos de Princípio, Meio e Fim somos seres evolutivos.
Dotados de alicerces, de práticas e de balanços.
Balanços nem sempre próximos do que se idealiza.
Não que seja pouco.
Mas o ideal é uma constante mutação elevando a sua própria fasquia à medida das nossas conquistas.
Estamos hoje muito acima do que idealizámos há décadas atrás, mas aquém do que idealizamos para hoje.
Porque hoje é o Agora e o que somos neste momento é sempre parte de um processo evolutivo.
O ideal também o é - Uma ideia em constante crescimento,
Sempre um passo à frente.
Dotados de alicerces, de práticas e de balanços.
Balanços nem sempre próximos do que se idealiza.
Não que seja pouco.
Mas o ideal é uma constante mutação elevando a sua própria fasquia à medida das nossas conquistas.
Estamos hoje muito acima do que idealizámos há décadas atrás, mas aquém do que idealizamos para hoje.
Porque hoje é o Agora e o que somos neste momento é sempre parte de um processo evolutivo.
O ideal também o é - Uma ideia em constante crescimento,
Sempre um passo à frente.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Lixo feito de pequenas coisas boas
De ano para ano piora o lixo que recebemos por email relacionado com o Natal e Ano Novo.
Por um lado todos reconhecemos que receber tanta comunicação de Boas Festas a determinada altura torna-se ilegível, incomportável, sem sentido.
Por outro, olhamos para o nosso umbigo e preferimos ficar de consciência tranquila desejando Boas Festas ao Mundo inteiro apesar de no fundo estarmos a dizer ("da caixa de correio dos outros não tenho nada a ver").
Estão, Boas Festas para quê?
Para dizer que estamos vivos?
Para fazer com que se lembrem de nós?
Para fazer publicidade a produtos comerciais?
Para encher caixas de correio?
Para quê?
Este é um exemplo típico daquilo que se vê no dia-a-dia.
És aliciado a colocares-te em bicos de pé para que todos te vejam - mesmo que seja gritando juntamente com o resto da multidão quando do outro lado está alguém que já está surdo.
"Se não levantares a tua voz, de certeza que ninguém te irá ouvir."
Mas argumento que levantar a voz neste ambiente já não tem sentido.
Quem é que ainda consegue ouvir o que as mensagens de Natal nos dizem?
Eu pessoalmente confesso que já não as leio - limito-me a agradecer a quem enviou por uma questão de boa educação e logo de seguida apago-a sem sequer a ler - excepção feita a um ou outro caso muito excepcional de mensagem de Natal especialmente apelativa com um formato inovador.
Mas de resto, 95% delas nem as leio - e estou a ser optimista.
Se não as leio ou lemos, então para quê enviar?
Para ficarmos mais felizes? Não creio que resulte.
É fácil querer acreditar que a felicidade se compra com meia dúzia de "SEND MAIL".
Se eu pegar no tempo que demoraria a enviar emails de Natal mais o tempo que demoro a apagar as centenas que vêm de volta, poderia muito bem em alternativa ir a muitos sítios deste País dar um abraço a quem precisa - Isso concerteza será um Natal bem melhor e memorável - Para mim e para quem recebe esse abraço.
O Natal está em extinção.
Hoje, só quando uma imagem de um senhor velho e gordo vestido de vermelho nos aparece de repente em todo o lado é que nos sentimos obrigados a comprar, comprar, comprar.
O que é que isto tem a ver com o espírito de Natal? NADA.
Onde está a compaixão e altruísmo, que inclusivamente não deve existir só nesta época?
.
Ainda assim, reconheço e acredito que no meio deste Spam de e-mails de Natal, algures no momento de carregar no botão SEND existe na pessoa que envia, uma réstia, ainda que mínima, daquilo que será o espírito natalício.
Por isso, Boas Festas a todos.
Mas não só hoje..
Hoje, Amanhã e Sempre.
Por um lado todos reconhecemos que receber tanta comunicação de Boas Festas a determinada altura torna-se ilegível, incomportável, sem sentido.
Por outro, olhamos para o nosso umbigo e preferimos ficar de consciência tranquila desejando Boas Festas ao Mundo inteiro apesar de no fundo estarmos a dizer ("da caixa de correio dos outros não tenho nada a ver").
Estão, Boas Festas para quê?
Para dizer que estamos vivos?
Para fazer com que se lembrem de nós?
Para fazer publicidade a produtos comerciais?
Para encher caixas de correio?
Para quê?
Este é um exemplo típico daquilo que se vê no dia-a-dia.
És aliciado a colocares-te em bicos de pé para que todos te vejam - mesmo que seja gritando juntamente com o resto da multidão quando do outro lado está alguém que já está surdo.
"Se não levantares a tua voz, de certeza que ninguém te irá ouvir."
Mas argumento que levantar a voz neste ambiente já não tem sentido.
Quem é que ainda consegue ouvir o que as mensagens de Natal nos dizem?
Eu pessoalmente confesso que já não as leio - limito-me a agradecer a quem enviou por uma questão de boa educação e logo de seguida apago-a sem sequer a ler - excepção feita a um ou outro caso muito excepcional de mensagem de Natal especialmente apelativa com um formato inovador.
Mas de resto, 95% delas nem as leio - e estou a ser optimista.
Se não as leio ou lemos, então para quê enviar?
Para ficarmos mais felizes? Não creio que resulte.
É fácil querer acreditar que a felicidade se compra com meia dúzia de "SEND MAIL".
Se eu pegar no tempo que demoraria a enviar emails de Natal mais o tempo que demoro a apagar as centenas que vêm de volta, poderia muito bem em alternativa ir a muitos sítios deste País dar um abraço a quem precisa - Isso concerteza será um Natal bem melhor e memorável - Para mim e para quem recebe esse abraço.
O Natal está em extinção.
Hoje, só quando uma imagem de um senhor velho e gordo vestido de vermelho nos aparece de repente em todo o lado é que nos sentimos obrigados a comprar, comprar, comprar.
O que é que isto tem a ver com o espírito de Natal? NADA.
Onde está a compaixão e altruísmo, que inclusivamente não deve existir só nesta época?
.
Ainda assim, reconheço e acredito que no meio deste Spam de e-mails de Natal, algures no momento de carregar no botão SEND existe na pessoa que envia, uma réstia, ainda que mínima, daquilo que será o espírito natalício.
Por isso, Boas Festas a todos.
Mas não só hoje..
Hoje, Amanhã e Sempre.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
3ª via
Ombro a Ombro - Uma perspectiva totalmente diferente da típica discussão Frente a Frente.
Quando achas que não consegues chegar a consensos, dá um passeio.
Quando achas que não consegues chegar a consensos, dá um passeio.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Sem raiz
Não ter raiz significa vaguear ao sabor da corrente.
Dar trambolhões nas margens do rio sem saber para que lado se deve nadar, se a favor, se contra.
É tentar agradar eternamente sem nunca conhecer retorno.
É sofrer interminavelmente sem nunca ouvir palavras de conforto.
É amargar por dentro e azedar sem nunca chegar a sentir o calor.
Não é má intenção ou má índole – é simplesmente um processo evolutivo como tantos outros.
Reconhecer isso em quem nos magoa significa acima de tudo aceitar o seu processo.
A nós cabe-nos exigir ou compreender dependendo da situação.
Em última análise, confiar não tanto no comportamento, mas sim no padrão.
Dar trambolhões nas margens do rio sem saber para que lado se deve nadar, se a favor, se contra.
É tentar agradar eternamente sem nunca conhecer retorno.
É sofrer interminavelmente sem nunca ouvir palavras de conforto.
É amargar por dentro e azedar sem nunca chegar a sentir o calor.
Não é má intenção ou má índole – é simplesmente um processo evolutivo como tantos outros.
Reconhecer isso em quem nos magoa significa acima de tudo aceitar o seu processo.
A nós cabe-nos exigir ou compreender dependendo da situação.
Em última análise, confiar não tanto no comportamento, mas sim no padrão.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Inteligência
Os testes de QI servem para avaliar quem é supostamente mais inteligente.
Temos critérios para todos os gostos:
perfil lógico-matemática,
linguístico,
espacial,
musical,
cinemático,
intrapessoal e interpessoal,
naturalista
e até existencial.
Tudo isto serve para Tipificar, Padronizar, Estereótipar e em última análise, Estigmatizar
Discriminar, não mais que isso.
Sempre recordei os tempos da primária com satisfação - as competições de matemática no quadro, a rapidez a fazer cópias, as provas superadas, etc. Sempre olhei para esses tempos com nostalgia.
E porquê? Porque as coisas sempre me correram bem.
Eu enquadrava-me nos padrões de ensino e avaliação.
Mas um dia almocei com uma das minhas colegas dessa época que me pediu simplesmente para parar de recordar esses tempos, porque só lhe traziam más recordações.
Percebi que ela, tal como tantos outros que pertenciam à minha turma e não se encaixavam naquele regime militarista de ensino "à antiga" sofreram e ficaram marcados para o resto das suas vidas.
Isto para dizer que em tempos tive curiosidade em fazer um teste de QI para ver qual seria a minha classificação.
Porquê?
Porque achava que ia ter uma boa classificação.
Mas e se eu achasse que iria ter uma má classificação - talvez não quereria fazer o teste, certo?
Esta minha amiga provavelmente não quer sequer ouvir falar de testes QI - independentemente de até poder tirar resultados excelentes.
Outro episódio que me desapontou foi ouvir na rádio uma entrevista a um respeitável membro de uma fundação portuguesa para pessoas com QI acima da média.
E que desilusão foi esta entrevista!
Quase nem conseguia ouvir o que saia da boca daquele homem.
Só conseguia ver um homem de ego inflamado sem qualquer noção de respeito pelo próximo.
Foi aí que me desiludi com toda esta suposta Inteligência.
Por episódios como este acabei perdendo o interesse em saber qual seria o meu QI.
Percebi que não é um simples número que deve fazer com que respeitemos mais ou menos determinada pessoa.
Saber o QI de determinada pessoa antes de ir falar com ela só traz nevoeiro ao nosso discernimento.
A Inteligência é algo de inestimável mas isso não deve toldar o respeito que devemos ao próximo.
Inteligência,
no sentido da magia que nos foi atribuída,
no sentido da arte de poder fazer ligações onde elas não existem,
no sentido do mistério em ligar conceitos e ideias e construir algo maior.
Esta magia que nos diferencia é uma benção.
Um tesouro.
E como tal devemos cultivar, para com ele ter conciência do valor da nossa Vida e da Vida dos outros.
Temos critérios para todos os gostos:
perfil lógico-matemática,
linguístico,
espacial,
musical,
cinemático,
intrapessoal e interpessoal,
naturalista
e até existencial.
Tudo isto serve para Tipificar, Padronizar, Estereótipar e em última análise, Estigmatizar
Discriminar, não mais que isso.
Sempre recordei os tempos da primária com satisfação - as competições de matemática no quadro, a rapidez a fazer cópias, as provas superadas, etc. Sempre olhei para esses tempos com nostalgia.
E porquê? Porque as coisas sempre me correram bem.
Eu enquadrava-me nos padrões de ensino e avaliação.
Mas um dia almocei com uma das minhas colegas dessa época que me pediu simplesmente para parar de recordar esses tempos, porque só lhe traziam más recordações.
Percebi que ela, tal como tantos outros que pertenciam à minha turma e não se encaixavam naquele regime militarista de ensino "à antiga" sofreram e ficaram marcados para o resto das suas vidas.
Isto para dizer que em tempos tive curiosidade em fazer um teste de QI para ver qual seria a minha classificação.
Porquê?
Porque achava que ia ter uma boa classificação.
Mas e se eu achasse que iria ter uma má classificação - talvez não quereria fazer o teste, certo?
Esta minha amiga provavelmente não quer sequer ouvir falar de testes QI - independentemente de até poder tirar resultados excelentes.
Outro episódio que me desapontou foi ouvir na rádio uma entrevista a um respeitável membro de uma fundação portuguesa para pessoas com QI acima da média.
E que desilusão foi esta entrevista!
Quase nem conseguia ouvir o que saia da boca daquele homem.
Só conseguia ver um homem de ego inflamado sem qualquer noção de respeito pelo próximo.
Foi aí que me desiludi com toda esta suposta Inteligência.
Por episódios como este acabei perdendo o interesse em saber qual seria o meu QI.
Percebi que não é um simples número que deve fazer com que respeitemos mais ou menos determinada pessoa.
Saber o QI de determinada pessoa antes de ir falar com ela só traz nevoeiro ao nosso discernimento.
A Inteligência é algo de inestimável mas isso não deve toldar o respeito que devemos ao próximo.
Inteligência,
no sentido da magia que nos foi atribuída,
no sentido da arte de poder fazer ligações onde elas não existem,
no sentido do mistério em ligar conceitos e ideias e construir algo maior.
Esta magia que nos diferencia é uma benção.
Um tesouro.
E como tal devemos cultivar, para com ele ter conciência do valor da nossa Vida e da Vida dos outros.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Nutrição artificial
Vivemos hoje em dia num mundo de nutrição artificial.
Comida artificial,
Sonhos artificiais,
Realizações artificiais,
Gostos artificiais.
Até que ponto a nossa forma de gostar não corre ela também o risco de se tornar artificial.
“Diz-me com quem andas, dirte-ei que és.”
Se com artificialidade te rodeias, de artificialidade passarás a ser feito.
Num mundo de vaidosismos, aparatos, silicones e botoxes, o que é que resta para se gostar?
Está na altura de começarmos a olhar em nosso redor e recuperar as verdades das nossas essências.
Há que começar a alimentar-nos melhor, para melhor nos realizarmos.
Comida artificial,
Sonhos artificiais,
Realizações artificiais,
Gostos artificiais.
Até que ponto a nossa forma de gostar não corre ela também o risco de se tornar artificial.
“Diz-me com quem andas, dirte-ei que és.”
Se com artificialidade te rodeias, de artificialidade passarás a ser feito.
Num mundo de vaidosismos, aparatos, silicones e botoxes, o que é que resta para se gostar?
Está na altura de começarmos a olhar em nosso redor e recuperar as verdades das nossas essências.
Há que começar a alimentar-nos melhor, para melhor nos realizarmos.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Feliz aniversário - 5 anos!
5 anos - Um lustro - meia década. Como o tempo passa rápido.
Obrigado a todos os que por este blog vão passando de uma forma mais, ou menos assídua.
Dedico este post à Amália, à Ana Cristina, à Ana Dantas, à Ana Pedro, ao António Gaspar, à Bernarda, ao Brancana, ao Brazona, à Catorze, à Carla Carvalho, à Carla Fortes, à Carla Machado, à Carla Reis, à Carla Silva, ao Carlos Morais, à Carmo, ao Caxias, à Cecília, à Cláudia, à Elsa, ao Esteves, à Eugénia, ao Faustino, ao Fernando, ao Francisco, ao Gandum, ao Gonçalo, à Guida, ao Ironman, à Joana, ao João Neves, ao Roseiro, ao Jorge, à Lena, ao LGonc, ao Lourenço, ao Luis Baptista, ao Luís Silvestre, à Lurdes, ao Mac, à Mãe, à Maria Antonia, à Maria João, à Maria Spínola, à Marina, à Marta, ao Miguel, à Mónica, à Nádia, ao Nelson, ao Nirav, ao Nuno Santos, ao Nuno Silva, ao Pai, à Paula Salgado, à Paulinha, ao Paulo Falcão, ao Paulo Ferreira, ao Paulo Gonçalves, ao Paulo Sousa, ao Pedro Bruno, ao Pedro Rodrigues, ao RicJesus, à Rita, ao Robson, à Sandra, à São, à Sara, à Sarah, ao Silvestre, à Silvia Pedro, ao Simões, à Sofia Freire, à Sónia Gaspar, à Susanita, à Susana Machado, ao Talaia, ao Valter, ao Zé António e ao Zé Fernandes.
E também aos outros que por aqui também vão passando e que ainda não se fizeram mostrar.
Em especial e acima de tudo, obrigado a Ti.
Espero ter conseguido criar momentos de pausa e reflexão.
Até já.
Obrigado a todos os que por este blog vão passando de uma forma mais, ou menos assídua.
Dedico este post à Amália, à Ana Cristina, à Ana Dantas, à Ana Pedro, ao António Gaspar, à Bernarda, ao Brancana, ao Brazona, à Catorze, à Carla Carvalho, à Carla Fortes, à Carla Machado, à Carla Reis, à Carla Silva, ao Carlos Morais, à Carmo, ao Caxias, à Cecília, à Cláudia, à Elsa, ao Esteves, à Eugénia, ao Faustino, ao Fernando, ao Francisco, ao Gandum, ao Gonçalo, à Guida, ao Ironman, à Joana, ao João Neves, ao Roseiro, ao Jorge, à Lena, ao LGonc, ao Lourenço, ao Luis Baptista, ao Luís Silvestre, à Lurdes, ao Mac, à Mãe, à Maria Antonia, à Maria João, à Maria Spínola, à Marina, à Marta, ao Miguel, à Mónica, à Nádia, ao Nelson, ao Nirav, ao Nuno Santos, ao Nuno Silva, ao Pai, à Paula Salgado, à Paulinha, ao Paulo Falcão, ao Paulo Ferreira, ao Paulo Gonçalves, ao Paulo Sousa, ao Pedro Bruno, ao Pedro Rodrigues, ao RicJesus, à Rita, ao Robson, à Sandra, à São, à Sara, à Sarah, ao Silvestre, à Silvia Pedro, ao Simões, à Sofia Freire, à Sónia Gaspar, à Susanita, à Susana Machado, ao Talaia, ao Valter, ao Zé António e ao Zé Fernandes.
E também aos outros que por aqui também vão passando e que ainda não se fizeram mostrar.
Em especial e acima de tudo, obrigado a Ti.
Espero ter conseguido criar momentos de pausa e reflexão.
Até já.
sábado, 27 de novembro de 2010
Memórias pintadas ou escritas
Ver fotografias é como regredir à infância, algures nas traseiras de um automóvel, olhando para trás, contemplando a estrada.
As fotografias são as nossas memórias, pintadas num qualquer papel ou ecrã, que nos permitem viajar para um tempo diferente.
Permitem-nos viajar para os tempos dourados.
Tirar fotografias hoje, é garantir essa viagem no futuro, quando formos mais velhos e quisermos recordar.
É no fundo como escrever este Post.
Este Blog não é nada mais do que uma fotografia escrita do momento presente.
Mas, e se não tirarmos fotografias?
Não tirar fotografias significa sentir desde logo um consciência de um arrependimento futuro, pelo facto de não termos tirado tantas fotografias quantas devíamos.
Mas será que devemos tirar fotografias? E se sim, para quê? Com que objectivo?
Para viver depois, o que posso viver já?
Devemos usufruir o momento presente ou guardá-lo num papel ou ecrã para "mais tarde recordar"?
Acontece que não tirar fotografias inevitavelmente leva-nos a perceber que não conseguimos guardar tudo o que gostaríamos e que existe efectivamente uma cruel limitação na nossa capacidade de memorização consciente.
Por isso, resta-nos mesmo as fotografias, sejam elas pintadas ou escritas, para nos ajudar.
Mas uma coisa é certa,
Percorrendo os meandros das nossas memórias, invariavelmente encontramos nelas os momentos mais marcantes e esses, não estão no papel nem no ecrã, pois não?
Porque será?
Voltando ao exemplo da viagem nocturna de carro que aconteceu algures na nossa infância, quem não se lembra de contemplar a imensidão das estrelas - Que viagem!
Tens uma foto desse momento?
As fotografias são as nossas memórias, pintadas num qualquer papel ou ecrã, que nos permitem viajar para um tempo diferente.
Permitem-nos viajar para os tempos dourados.
Tirar fotografias hoje, é garantir essa viagem no futuro, quando formos mais velhos e quisermos recordar.
É no fundo como escrever este Post.
Este Blog não é nada mais do que uma fotografia escrita do momento presente.
Mas, e se não tirarmos fotografias?
Não tirar fotografias significa sentir desde logo um consciência de um arrependimento futuro, pelo facto de não termos tirado tantas fotografias quantas devíamos.
Mas será que devemos tirar fotografias? E se sim, para quê? Com que objectivo?
Para viver depois, o que posso viver já?
Devemos usufruir o momento presente ou guardá-lo num papel ou ecrã para "mais tarde recordar"?
Acontece que não tirar fotografias inevitavelmente leva-nos a perceber que não conseguimos guardar tudo o que gostaríamos e que existe efectivamente uma cruel limitação na nossa capacidade de memorização consciente.
Por isso, resta-nos mesmo as fotografias, sejam elas pintadas ou escritas, para nos ajudar.
Mas uma coisa é certa,
Percorrendo os meandros das nossas memórias, invariavelmente encontramos nelas os momentos mais marcantes e esses, não estão no papel nem no ecrã, pois não?
Porque será?
Voltando ao exemplo da viagem nocturna de carro que aconteceu algures na nossa infância, quem não se lembra de contemplar a imensidão das estrelas - Que viagem!
Tens uma foto desse momento?
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Não estamos sós
Sabes,
Não estamos sós.
Viajar permite-nos perceber a quantidade de quantos nós somos.
Somos muitos, de diferentes etnias, cores, culturas, humores e professias.
Somos tantos que me pergunto como é que ainda conseguimos nesta altura encontrar o equilíbrio.
Talvez os media e a educação padronizada sejam os responsáveis.
Somos muitos, mas muitos de nós são afinal de contas iguais, apesar de diferentes.
Apesar das diferenças, partilhamos anseios, vontades e quereres.
O que me intriga, ou melhor, o que me preocupa é a incapacidade de tantos de nós neste momento estarmos a perder a capacidade de parar.
Desde que nascemos somos instigados a andar para a frente, a correr, a produzir,
Mas algures no caminho alguém se esqueceu de nos avisar que parar nem sempre é sinónimo de regressão.
Parar, no sentido de perceber porquê correr, é essencial para dar corpo às nossas acções.
Caso contrário somos máquinas, autómatos programados para determinada função e que passado algum tempo, param e morrem.
Quantos e quantos chegam à reforma e morrem?
Mortos de vontade, de espírito e de significado.
Morrem de remorsos daqui que afinal não fizeram.
Quanto tiveres oportunidade, visita um aviário industrial e perceberás o que digo.
Galinhas nascidas com uma intenção – comer, crescer e morrer.
Garanto-te que será uma experiência tão ou mais marcante do que a experiência de um estudante de medicina ao pegar num cérebro humano após uma autópsia.
O ser humano será só isto? Um pedaço de carne com alguns quilos?
Concerteza que não.
Mas leva-nos a pensar porquê? E o que somos nós?
A vida necessita de corpo, de significado e de intenção.
E esse corpo não nos pode ser dado pelos outros. Esse corpo somos nós que o alimentamos, com a nossa reflexão.
Por isso, a verdade é que não estamos sós, mas há muito trabalho que a sós deve ser desenvolvido.
Há quem lhe chame TPC.
Não estamos sós.
Viajar permite-nos perceber a quantidade de quantos nós somos.
Somos muitos, de diferentes etnias, cores, culturas, humores e professias.
Somos tantos que me pergunto como é que ainda conseguimos nesta altura encontrar o equilíbrio.
Talvez os media e a educação padronizada sejam os responsáveis.
Somos muitos, mas muitos de nós são afinal de contas iguais, apesar de diferentes.
Apesar das diferenças, partilhamos anseios, vontades e quereres.
O que me intriga, ou melhor, o que me preocupa é a incapacidade de tantos de nós neste momento estarmos a perder a capacidade de parar.
Desde que nascemos somos instigados a andar para a frente, a correr, a produzir,
Mas algures no caminho alguém se esqueceu de nos avisar que parar nem sempre é sinónimo de regressão.
Parar, no sentido de perceber porquê correr, é essencial para dar corpo às nossas acções.
Caso contrário somos máquinas, autómatos programados para determinada função e que passado algum tempo, param e morrem.
Quantos e quantos chegam à reforma e morrem?
Mortos de vontade, de espírito e de significado.
Morrem de remorsos daqui que afinal não fizeram.
Quanto tiveres oportunidade, visita um aviário industrial e perceberás o que digo.
Galinhas nascidas com uma intenção – comer, crescer e morrer.
Garanto-te que será uma experiência tão ou mais marcante do que a experiência de um estudante de medicina ao pegar num cérebro humano após uma autópsia.
O ser humano será só isto? Um pedaço de carne com alguns quilos?
Concerteza que não.
Mas leva-nos a pensar porquê? E o que somos nós?
A vida necessita de corpo, de significado e de intenção.
E esse corpo não nos pode ser dado pelos outros. Esse corpo somos nós que o alimentamos, com a nossa reflexão.
Por isso, a verdade é que não estamos sós, mas há muito trabalho que a sós deve ser desenvolvido.
Há quem lhe chame TPC.
domingo, 21 de novembro de 2010
Flash - o Sortudo
Chegou ontem a nossa casa um novo elemento - chamámo-lo Flash.
Não vem substituir o Sky.
Vem criar o seu próprio espaço.
Apeteceu-me chamá-lo de Sortudo.
Sortudo porque os seus donos são pessoas de consciência, que se deram ao trabalho de vir do Algarve a Lisboa apenas porque lhes era inconcebível entregar este cachorro a um canil .
E sortudo também porque de todos os irmãos da ninhada, foi o único que já conseguiu encontrar um lar e companhia.
Flash - o sortudo.
Bem vindo à nova casa.
Não vem substituir o Sky.
Vem criar o seu próprio espaço.
Apeteceu-me chamá-lo de Sortudo.
Sortudo porque os seus donos são pessoas de consciência, que se deram ao trabalho de vir do Algarve a Lisboa apenas porque lhes era inconcebível entregar este cachorro a um canil .
E sortudo também porque de todos os irmãos da ninhada, foi o único que já conseguiu encontrar um lar e companhia.
Flash - o sortudo.
Bem vindo à nova casa.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Valores e práticas
A justiça no escrutínio está no facto da avaliação conseguir ser feita de igual para igual, na base do respeito e na diferença de opiniões.
Quando comparamos culturas, devemos comparar valores, não as práticas resultantes.
Comparar os nossos valores com as más práticas do semelhante não é concerteza a forma mais correcta de chegar a entendimentos.
Quando comparamos culturas, devemos comparar valores, não as práticas resultantes.
Comparar os nossos valores com as más práticas do semelhante não é concerteza a forma mais correcta de chegar a entendimentos.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
"Quando estás no buraco, a primeira coisa a fazer é parar de cavar"
"Quando estás no buraco, a primeira coisa a fazer é parar de cavar" dizia hoje um Homem respeitável deste País.
E dizia-o com muita razão.
Esta pequena frase é aplicável a todo o espectro da nossa vivência, pessoal ou profissional.
Por vezes cegamos perante as dificuldades e continuamos simplesmente a fazer o mesmo que sempre nos habituámos a fazer e que nos enclausura.
Tão simples seria se tivéssemos a capacidade sempre presente de saber levantar a cabeça na altura certa e parar um pouco para avaliar se o que fazemos será mesmo o mais adequado.
Às vezes essa consciência surge, mas infelizmente à base de muita pancada. E o problema é que quando nos apercebemos, verificamos que se tivesse sido mais cedo, tudo teria sido muito mais simples.
Mas não vale a pena olhar para trás e pensar que há 10 minutos seria mais fácil resolver do que agora.
Que há 20 anos teria sido mais fácil do que hoje.
Não é por aí.
Há 20 anos éramos o que éramos - Pessoas diferentes do que somos hoje - diferentes do que fomos há 10 minutos atrás.
Vale a pena pensar sempre de agora em diante.
Porque agora, é mais cedo do que daqui a 20 anos.
E dizia-o com muita razão.
Esta pequena frase é aplicável a todo o espectro da nossa vivência, pessoal ou profissional.
Por vezes cegamos perante as dificuldades e continuamos simplesmente a fazer o mesmo que sempre nos habituámos a fazer e que nos enclausura.
Tão simples seria se tivéssemos a capacidade sempre presente de saber levantar a cabeça na altura certa e parar um pouco para avaliar se o que fazemos será mesmo o mais adequado.
Às vezes essa consciência surge, mas infelizmente à base de muita pancada. E o problema é que quando nos apercebemos, verificamos que se tivesse sido mais cedo, tudo teria sido muito mais simples.
Mas não vale a pena olhar para trás e pensar que há 10 minutos seria mais fácil resolver do que agora.
Que há 20 anos teria sido mais fácil do que hoje.
Não é por aí.
Há 20 anos éramos o que éramos - Pessoas diferentes do que somos hoje - diferentes do que fomos há 10 minutos atrás.
Vale a pena pensar sempre de agora em diante.
Porque agora, é mais cedo do que daqui a 20 anos.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Solidão da discoteca
Ao ver fotos de discotecas vejo solidão.
Ao ver pessoas juntas em fotos, vejo-as sozinhas.
No seus olhares encontro Vazios, à procura de significado.
à procura de significado para a sua existência.
Felizmente nem tudo será assim. Mas quando o é, é muito triste.
Porque quem vagueia Só, no meio da multidão, só precisa que lhe digam que não é nessa multidão que encontra o que procura.
Multidões existem para todos os gostos e feitios.
E em todas, todos apenas querem ser felizes.
Saber o que é ser Feliz é que em muitos casos é difícil de perceber.
A solidão da discoteca é fácil de encontrar,
A felicidade, nem tanto. Precisa de trabalho e de ser trabalhada.
E isso faz-se em Tribos, não em multidões.
Ao ver pessoas juntas em fotos, vejo-as sozinhas.
No seus olhares encontro Vazios, à procura de significado.
à procura de significado para a sua existência.
Felizmente nem tudo será assim. Mas quando o é, é muito triste.
Porque quem vagueia Só, no meio da multidão, só precisa que lhe digam que não é nessa multidão que encontra o que procura.
Multidões existem para todos os gostos e feitios.
E em todas, todos apenas querem ser felizes.
Saber o que é ser Feliz é que em muitos casos é difícil de perceber.
A solidão da discoteca é fácil de encontrar,
A felicidade, nem tanto. Precisa de trabalho e de ser trabalhada.
E isso faz-se em Tribos, não em multidões.
Pérolas
Uma vida é sempre uma pérola a estimar e a respeitar.
Algumas passagens interessantes deste vídeo:
"Se perderes muito tempo preocupado com as coisas que não tens controlo, acabas por afectar as coisas em que efectivamente tens controlo"
"A Reputação é a percepção do que és enquanto que o Carácter é aquilo o que realmente és."
Vale a pena ver, ouvir e reflectir:
Algumas passagens interessantes deste vídeo:
"Se perderes muito tempo preocupado com as coisas que não tens controlo, acabas por afectar as coisas em que efectivamente tens controlo"
"A Reputação é a percepção do que és enquanto que o Carácter é aquilo o que realmente és."
Vale a pena ver, ouvir e reflectir:
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Alzheimer e o poder do extermínio
Alzheimer é uma das doenças mais cruéis.
Sofrer dela é perder a bússola.
Perder o destino, a origem e o caminho.
É perder-se nas profundezas do reino do indefinido.
É morrer, sem morrer, viver, sem viver.
E é mais ainda.
Porque existem os outros - a Família e os amigos que são nossos espelhos.
Esses outros, onde vivem pedaços de nós, pedaços das nossas vidas.
Aqueles, cuja soma de pedaços, constituem aquilo que nós somos - Nós, nas memórias dos outros.
A dor do Alzheimer é imensa por tudo isto.
Porque tem o poder de irradiar de quem padece dela para quem vive com ela. Contamina.
Porque esta doença cruel consegue matar a nossa vida, a nossa herança e a nossa forma de sermos eternos. A nossa e a de quem nos é próximo.
Corta-nos pela raíz.
Extingue-nos, para todo o sempre.
Sofrer dela é perder a bússola.
Perder o destino, a origem e o caminho.
É perder-se nas profundezas do reino do indefinido.
É morrer, sem morrer, viver, sem viver.
E é mais ainda.
Porque existem os outros - a Família e os amigos que são nossos espelhos.
Esses outros, onde vivem pedaços de nós, pedaços das nossas vidas.
Aqueles, cuja soma de pedaços, constituem aquilo que nós somos - Nós, nas memórias dos outros.
A dor do Alzheimer é imensa por tudo isto.
Porque tem o poder de irradiar de quem padece dela para quem vive com ela. Contamina.
Porque esta doença cruel consegue matar a nossa vida, a nossa herança e a nossa forma de sermos eternos. A nossa e a de quem nos é próximo.
Corta-nos pela raíz.
Extingue-nos, para todo o sempre.
Jogada de mestre
Estava hoje a ver um artigo que referia que faz hoje 3 anos que o Rei Juan Carlos mandou calar Hugo Chávez.
Obviamente que me recordo do episódio e da falta de diplomacia de ambos.
(De certa forma, com este episódio evidenciam-se as semelhanças que existem entre ditaduras e monarquias).
O que eu não tinha reparado e observei hoje com atenção, foi a perícia com que Zapatero "descalçou a bota" e levou o discurso para valores Universais que são indiscutíveis e mediante (creio eu) uma leitura de linguagem corporal apurada, levantou o tom de voz no momento certo, para arrebatar uma salva de palmas e fechar a discussão.
Creio que foi uma jogada de mestre porque era claro que as diferenças profundas que separam estes líderes nunca poderiam ser resolvidas naquele momento.
Não se trata de fugir à questão. Trata-se de ter a inteligência para escolher a forma e o fórum correctos para resolver determinados diferendos.
Parabéns Zapatero pela maestria na diplomacia.
Aqui fica o vídeo.
Obviamente que me recordo do episódio e da falta de diplomacia de ambos.
(De certa forma, com este episódio evidenciam-se as semelhanças que existem entre ditaduras e monarquias).
O que eu não tinha reparado e observei hoje com atenção, foi a perícia com que Zapatero "descalçou a bota" e levou o discurso para valores Universais que são indiscutíveis e mediante (creio eu) uma leitura de linguagem corporal apurada, levantou o tom de voz no momento certo, para arrebatar uma salva de palmas e fechar a discussão.
Creio que foi uma jogada de mestre porque era claro que as diferenças profundas que separam estes líderes nunca poderiam ser resolvidas naquele momento.
Não se trata de fugir à questão. Trata-se de ter a inteligência para escolher a forma e o fórum correctos para resolver determinados diferendos.
Parabéns Zapatero pela maestria na diplomacia.
Aqui fica o vídeo.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Peças de lego
O conhecimento é algo que é incremental.
Conhece-se o 1.
Depois somamos 1+1 e descobrimos o 2. Somamos 2+2 e descobrimos o 4 e por aí adiante.
Aprendem-se as vogais e as consoantes, depois as palavras, a seguir vem as frases, a sintaxe e a semântica.
Seguem-se as figuras de estilo, duplos significados e formas de expressão.
Está na nossa natureza conseguir potenciar a soma das partes - extrapolar.
O difícil é lançar as primeiras pedras, a Roda, o Fogo, A internet.
Mas no meio desta incrementalidade há um senão.
Quer queiramos quer não, tudo isto não é mais do que uma forma de pensar colectiva.
Todos temos as mesmas bases e mesmos registos e por isso é natural que pensemos de formas relativamente semelhantes à escala global.
Temos as mesmas referências e não me refiro a referências específicas de uma geração como é o caso do "Verão Azul", do "Vasco Granja" ou do "Engenheiro Sousa Veloso".
Refiiro-me a conceitos estruturais de uma cultura Universal.
O que diferencia não é a aquisição do conhecimento, mas sim a sua interpretação.
Assim sendo, é crucial criar espaço para a criatividade no meio da injecção castradora da educação escolar de hoje em dia.
O conhecimento é muito importante e serve de base para saltos maiores, mas não podemos cair na tentação de tornar os nossos filhos em autómatos super-eficientes, mestres em determinada arte já descoberta, porque há algo essencial que tem que ser ensinado para que todo este conhecimento se converta em algo útil, e proveitoso.
É a arte de depois de absorver, assimilar e incorporar.
É a arte da reflexão e do pensamento.
Há que saber contextualizar, relativizar e saborear para que depois de uma forma serena e natural, se dê o passo seguinte e se concretize o "Todo como sendo mais do que a soma das partes".
Conhece-se o 1.
Depois somamos 1+1 e descobrimos o 2. Somamos 2+2 e descobrimos o 4 e por aí adiante.
Aprendem-se as vogais e as consoantes, depois as palavras, a seguir vem as frases, a sintaxe e a semântica.
Seguem-se as figuras de estilo, duplos significados e formas de expressão.
Está na nossa natureza conseguir potenciar a soma das partes - extrapolar.
O difícil é lançar as primeiras pedras, a Roda, o Fogo, A internet.
Mas no meio desta incrementalidade há um senão.
Quer queiramos quer não, tudo isto não é mais do que uma forma de pensar colectiva.
Todos temos as mesmas bases e mesmos registos e por isso é natural que pensemos de formas relativamente semelhantes à escala global.
Temos as mesmas referências e não me refiro a referências específicas de uma geração como é o caso do "Verão Azul", do "Vasco Granja" ou do "Engenheiro Sousa Veloso".
Refiiro-me a conceitos estruturais de uma cultura Universal.
O que diferencia não é a aquisição do conhecimento, mas sim a sua interpretação.
Assim sendo, é crucial criar espaço para a criatividade no meio da injecção castradora da educação escolar de hoje em dia.
O conhecimento é muito importante e serve de base para saltos maiores, mas não podemos cair na tentação de tornar os nossos filhos em autómatos super-eficientes, mestres em determinada arte já descoberta, porque há algo essencial que tem que ser ensinado para que todo este conhecimento se converta em algo útil, e proveitoso.
É a arte de depois de absorver, assimilar e incorporar.
É a arte da reflexão e do pensamento.
Há que saber contextualizar, relativizar e saborear para que depois de uma forma serena e natural, se dê o passo seguinte e se concretize o "Todo como sendo mais do que a soma das partes".
O cavalo alado que fez de burro para poder voar
Ao fazer zapping deparei-me com o espectáculo deprimente do Herman José a lançar umas piadas tristes, supostamente para entreter as grandes massas televisivas.
Quero acreditar que o Herman é uma pessoa inteligente e quero acreditar que o seu público também o é.
No entanto, por razões que para mim são um mistério, a natureza humana faz-nos enveredar por estes caminhos obscuros.
Pessoas inteligentes a comunicarem como se fossem burras.
Talvez porque tenham dito ao Herman que dizer um belo palavrão paga-lhe o ordenado e o humor requintado e inteligente, não.
Mas o público só é estúpido se não lhe derem algo para pensar e refletir.
Encher um povo de horários apertados, informação vazia de conteúdo e ausência de reflexão é estupidificá-lo, ensurdecê-lo e manipulá-lo.
Como é que justificamos o País em que vivemos onde os jornais estão cravejados de notícias de corrupção, onde os supostos prevaricadores vivem impunes em liberdade. Como é isto possível?
Como é possível ter jornais onde nas páginas centrais publicam artigos sobre os exemplos de vida de grandes gestores, gestores esses que páginas antes no mesmo jornal, são dados como arguidos em mais um mega-processo? Até onde vai a estupidez deste público que já nem consegue reagir perante tais paradoxos?
Serão os Meios de Comunicação Social autênticas marionetas ao sabor das vontades e financiamentos? É este o resultado da crise dos jornais, face ao fenónemo da Internet?
Estará a classe jornalística submetida hoje em dia a tal pressão que a leva a comportamentos totalmente desprovidos de princípios onde já não existe o mínimo remorso em destruir as vidas das pessoas?
Simplesmente porque a poluição informativa é tal, que ninguém se importará daí a 6 meses?
Ou estará este País mergulhado numa gigantesca teia de conspirações e intrigas, espertalhões e oportunistas que já nem têm vergonha quando lhes apontam o dedo?
Se assim for, tudo isto preocupa-me muito. Muito por mim mas mais ainda pelos meus filhos.
E preocupa-me porque me faz lembrar a fila da cantina da faculdade em que era tal o fenónemo do penetra a passar à frente que chegámos a um ponto em que quem tinha prícípios e não passava à frente era visto como o totó. Exemplo típico em como o efeito de matilha coloca à prova a educação e os valores do indivíduo.
Preocupo-me porque esta cultura do espertalhão não é de hoje e temos exemplos disso em todo o lado.
Quantas vezes assistimos ao Teatro deprimente daqueles pobres de espírito que fazem de conta que vão à bomba de gasolina e depois voltam novamente à autoestrada.
Não enganam quem está na fila – enganam-se a si próprios.
No meu passado tenho situações em que copiei, em que passei à frente na fila, em que fiz humor estúpido para estúpido ouvir, mas desses momentos não me orgulho.
Orgulho-me sim da vez em que fui ter com a Professora para lhe dizer que a nota positiva lançada na pauta não podia ser minha porque eu nem sequer tinha ido a Exame.
Orgulho-me de ser quem sou quando o Sou.
Arrependo-me quando sei que não Sou quem Sou.
Mas a vida é isto – uma escola.
Errar podemos errar e se isso convidar à reflexão e à aprendizagem. Faz parte e é salutar.
O problema é quando se constata que há muita gente que não quer aprender.
Toda esta constante impunidade, que já não sei se é dos supostos corruptos, ou dos jornais que acusam sem provas faz com que tenha muitas preocupações sobre o futuro deste País e da natureza que move quem por cá vive.
Quero acreditar que o Herman é uma pessoa inteligente e quero acreditar que o seu público também o é.
No entanto, por razões que para mim são um mistério, a natureza humana faz-nos enveredar por estes caminhos obscuros.
Pessoas inteligentes a comunicarem como se fossem burras.
Talvez porque tenham dito ao Herman que dizer um belo palavrão paga-lhe o ordenado e o humor requintado e inteligente, não.
Mas o público só é estúpido se não lhe derem algo para pensar e refletir.
Encher um povo de horários apertados, informação vazia de conteúdo e ausência de reflexão é estupidificá-lo, ensurdecê-lo e manipulá-lo.
Como é que justificamos o País em que vivemos onde os jornais estão cravejados de notícias de corrupção, onde os supostos prevaricadores vivem impunes em liberdade. Como é isto possível?
Como é possível ter jornais onde nas páginas centrais publicam artigos sobre os exemplos de vida de grandes gestores, gestores esses que páginas antes no mesmo jornal, são dados como arguidos em mais um mega-processo? Até onde vai a estupidez deste público que já nem consegue reagir perante tais paradoxos?
Serão os Meios de Comunicação Social autênticas marionetas ao sabor das vontades e financiamentos? É este o resultado da crise dos jornais, face ao fenónemo da Internet?
Estará a classe jornalística submetida hoje em dia a tal pressão que a leva a comportamentos totalmente desprovidos de princípios onde já não existe o mínimo remorso em destruir as vidas das pessoas?
Simplesmente porque a poluição informativa é tal, que ninguém se importará daí a 6 meses?
Ou estará este País mergulhado numa gigantesca teia de conspirações e intrigas, espertalhões e oportunistas que já nem têm vergonha quando lhes apontam o dedo?
Se assim for, tudo isto preocupa-me muito. Muito por mim mas mais ainda pelos meus filhos.
E preocupa-me porque me faz lembrar a fila da cantina da faculdade em que era tal o fenónemo do penetra a passar à frente que chegámos a um ponto em que quem tinha prícípios e não passava à frente era visto como o totó. Exemplo típico em como o efeito de matilha coloca à prova a educação e os valores do indivíduo.
Preocupo-me porque esta cultura do espertalhão não é de hoje e temos exemplos disso em todo o lado.
Quantas vezes assistimos ao Teatro deprimente daqueles pobres de espírito que fazem de conta que vão à bomba de gasolina e depois voltam novamente à autoestrada.
Não enganam quem está na fila – enganam-se a si próprios.
No meu passado tenho situações em que copiei, em que passei à frente na fila, em que fiz humor estúpido para estúpido ouvir, mas desses momentos não me orgulho.
Orgulho-me sim da vez em que fui ter com a Professora para lhe dizer que a nota positiva lançada na pauta não podia ser minha porque eu nem sequer tinha ido a Exame.
Orgulho-me de ser quem sou quando o Sou.
Arrependo-me quando sei que não Sou quem Sou.
Mas a vida é isto – uma escola.
Errar podemos errar e se isso convidar à reflexão e à aprendizagem. Faz parte e é salutar.
O problema é quando se constata que há muita gente que não quer aprender.
Toda esta constante impunidade, que já não sei se é dos supostos corruptos, ou dos jornais que acusam sem provas faz com que tenha muitas preocupações sobre o futuro deste País e da natureza que move quem por cá vive.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Contrastes
Para quem supostamente não gostava de gatos, aqui estou eu hoje a escrever este post de gato ao colo.
E que bem que se está na companhia deste novo amigo adoptado.
Nada acaba por ser o que pensamos. Talvez porque também nós nunca somos iguais, em momentos distintos.
É assim que se apresenta irónico este Tempo que teima em mostrar-nos com a sua passagem que por vezes quem mais achamos serem diferentes de nós, são na realidade quem mais se assemelham.
Que ironia torpe é esta que nos demonstra o quão diferente por vezes somos, daquilo que achamos ser perante os olhos dos outros?
Que injustiça é esta em mostrar-nos que somos sempre menos daquilo que podemos ser?
Que malvadez é esta em sermos capazes de ver para além do horizonte?
Que fortuna insólita é esta de nos calharem sempre os desafios mais difíceis?
É na realidade uma Fortuna - uma Sorte ou um Destino.
Na verdade, nada do que nos cai na palma das mãos é maior do que o que elas podem agarrar.
Nada do que nos esmaga é mais pesado do que aquilo que podemos levantar.
Porquê?
Porque somos um acumular constante de experiências e de conhecimentos, e apenas quando estamos prontos, é que reparamos nos desafios que podemos enfrentar.
São os desafios "especiais" que nos surgem de uma maneira diferente e compramos como nossos.
Entranham-se nas nossas vidas e ideias como se já fizessem parte do que tinha que ser cumprido.
Quando damos conta, já estamos no jogo, perante o Grande Adamastor, prontos para desfazer as suas Tormentas.
A espera activa compensa sempre.
E que bem que se está na companhia deste novo amigo adoptado.
Nada acaba por ser o que pensamos. Talvez porque também nós nunca somos iguais, em momentos distintos.
É assim que se apresenta irónico este Tempo que teima em mostrar-nos com a sua passagem que por vezes quem mais achamos serem diferentes de nós, são na realidade quem mais se assemelham.
Que ironia torpe é esta que nos demonstra o quão diferente por vezes somos, daquilo que achamos ser perante os olhos dos outros?
Que injustiça é esta em mostrar-nos que somos sempre menos daquilo que podemos ser?
Que malvadez é esta em sermos capazes de ver para além do horizonte?
Que fortuna insólita é esta de nos calharem sempre os desafios mais difíceis?
É na realidade uma Fortuna - uma Sorte ou um Destino.
Na verdade, nada do que nos cai na palma das mãos é maior do que o que elas podem agarrar.
Nada do que nos esmaga é mais pesado do que aquilo que podemos levantar.
Porquê?
Porque somos um acumular constante de experiências e de conhecimentos, e apenas quando estamos prontos, é que reparamos nos desafios que podemos enfrentar.
São os desafios "especiais" que nos surgem de uma maneira diferente e compramos como nossos.
Entranham-se nas nossas vidas e ideias como se já fizessem parte do que tinha que ser cumprido.
Quando damos conta, já estamos no jogo, perante o Grande Adamastor, prontos para desfazer as suas Tormentas.
A espera activa compensa sempre.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
O dinheiro e a riqueza
Se reflectirmos um pouco sobre este ponto acabamos por reconhecer o poder manipulador que o dinheiro efectivamente tem sobre as pessoas.
O dinheiro tanto pode ser a cenoura como o chicote.
Olhar para o dinheiro desta forma permite libertamo-nos das suas grilhetas e perceber o que realmente ele vale.
Saber encontrar o ponto de equilíbrio entre o dinheiro que trás felicidade e o dinheiro que a leva é o primeiro passo para alcançarmos a verdadeira riqueza.
O dinheiro tanto pode ser a cenoura como o chicote.
Olhar para o dinheiro desta forma permite libertamo-nos das suas grilhetas e perceber o que realmente ele vale.
Saber encontrar o ponto de equilíbrio entre o dinheiro que trás felicidade e o dinheiro que a leva é o primeiro passo para alcançarmos a verdadeira riqueza.
sábado, 30 de outubro de 2010
O farol
A mensagem intrínseca que o Farol incorpora é a de uma integridade e resiliência sublimes.
De algo que lhe corre no sangue, da natureza daquilo que os seus ossos são feitos.
Feito de uma solidez tal, que chega a perturbar-nos por todas as nossas falhas que se esbatem e desfazem nos rochedos da sua altivez.
Um farol é o que é.
Não aspira parecer mais ou menos do que é.
Simplesmente É.
Na sua simplicidade, preserverança e ritmo cadenciado.
Um farol é na sua essência, um porto de abrigo.
Pelo que representa, pelo que sabemos que podemos contar dele.
Está lá.
Não hoje nem proventura amanhã.
Está sempre.
Igual,
Da mesma maneira como sempre o encontrámos e sabemos que podemos contar.
Com quantos faróis contas, ao navegar pela tua costa?
De algo que lhe corre no sangue, da natureza daquilo que os seus ossos são feitos.
Feito de uma solidez tal, que chega a perturbar-nos por todas as nossas falhas que se esbatem e desfazem nos rochedos da sua altivez.
Um farol é o que é.
Não aspira parecer mais ou menos do que é.
Simplesmente É.
Na sua simplicidade, preserverança e ritmo cadenciado.
Um farol é na sua essência, um porto de abrigo.
Pelo que representa, pelo que sabemos que podemos contar dele.
Está lá.
Não hoje nem proventura amanhã.
Está sempre.
Igual,
Da mesma maneira como sempre o encontrámos e sabemos que podemos contar.
Com quantos faróis contas, ao navegar pela tua costa?
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Monólogos
Diz-se que os malucos falam sozinhos.
Há aqueles que falam sozinhos mas não são dados como malucos porque (por acaso) têm alguém à sua frente. Não deixam de falar sozinhos.Mas não são dados como malucos. Porque será?
Diria que não o são, pelo menos não no imediato. Talvez o venham a ser, com o tempo, com a solidão.
Dizia-me em temos um grande professor de português do secundário que "quem não tem amigos ou está maluco ou a caminho de o ser".
Falar sozinho porque ninguém nos ouve ou falar sozinho pura e simplesmente porque não ouvimos ninguém é tão simplesmente "monologar" - o primeiro passo para a solidão e com ela, a insanidade.
Há aqueles que falam sozinhos mas não são dados como malucos porque (por acaso) têm alguém à sua frente. Não deixam de falar sozinhos.Mas não são dados como malucos. Porque será?
Diria que não o são, pelo menos não no imediato. Talvez o venham a ser, com o tempo, com a solidão.
Dizia-me em temos um grande professor de português do secundário que "quem não tem amigos ou está maluco ou a caminho de o ser".
Falar sozinho porque ninguém nos ouve ou falar sozinho pura e simplesmente porque não ouvimos ninguém é tão simplesmente "monologar" - o primeiro passo para a solidão e com ela, a insanidade.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Nuvens
Quando é que foi a última vez que olhaste para o céu?
Quando é que foi a última vez que contemplaste o lento desfilar das nuvens?
Quando é que foi a última vez que sonhaste cavalos e castelos por entre flocos de neve flutuante?
Quando é que foi a última vez que paraste para olhar?
Quando?
Até Quando?
Quando é que foi a última vez que contemplaste o lento desfilar das nuvens?
Quando é que foi a última vez que sonhaste cavalos e castelos por entre flocos de neve flutuante?
Quando é que foi a última vez que paraste para olhar?
Quando?
Até Quando?
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Inspiração
Há um ano atrás vi este video e achei surreal e divertiva a forma como a partir dos 11 minutos é descrita a forma como surge a inspiração.
São os momentos de sintonia, em que parece que determinado pensamento quer nascer, lá atrás, talvez algures nos confins da mente.
Como se de alguma forma tivesse sido feita de forma inconsciente uma ligação entre dois neurónios, um novo caminho de pensamento, e de alguma maneira temos a sensação que há ali qualquer coisa que tem que ser desenvolvida.
Nestas alturas há que saber apanhar o momento. Há que predispormo-nos para nos deixarmos envolver, reflectir e interpretar.
Não se aplica apenas à escrita - Pode acontecer em tudo o que fazemos, seja a escrever, a correr, a cozinhar ou a trabalhar.
A vida, com mais sabor.
São os momentos de sintonia, em que parece que determinado pensamento quer nascer, lá atrás, talvez algures nos confins da mente.
Como se de alguma forma tivesse sido feita de forma inconsciente uma ligação entre dois neurónios, um novo caminho de pensamento, e de alguma maneira temos a sensação que há ali qualquer coisa que tem que ser desenvolvida.
Nestas alturas há que saber apanhar o momento. Há que predispormo-nos para nos deixarmos envolver, reflectir e interpretar.
Não se aplica apenas à escrita - Pode acontecer em tudo o que fazemos, seja a escrever, a correr, a cozinhar ou a trabalhar.
A vida, com mais sabor.
O poder das decisões
A velocidade que o Mundo de hoje nos imprime faz com que grande parte das nossas decisões acabem por não ser devidamente ponderadas.
Muitas delas são inclusivamente tomadas de forma inconsciente, nascidas do berço de valores e princípios que nos são incutidos pelo processo contínuo de educação.
Mas nas situações em que conseguimos ponderar e avaliar em concreto os impactos de algumas decisões ou atitudes, somos colocados perante a balança dos prós e contras.
São os momentos em que o nosso discernimento é o fiel da balança.
É nestas situações que somos convidados a quantificar o verdadeiro valor das decisões tomadas e entendemos por vezes, que o custo de determinadas decisões pode muitas vezes ser muito menor do que afinal aparenta ser, se tivermos em consideração que do outro lado da balança está o inquestionável valor de poder adormecer de consciência tranquila.
São as decisões que nos afectam no interior, que não têm a ver com os outros, mas sim com a nossa origem e essência.
São as decisões que apelam para a solidez do nosso carácter e personalidade.
Daquelas que quando são mal tomadas, nos doem cá dentro, num desmoronar de sentimentos de desilusão, demostrando a natureza de sermos eternos aprendizes, em última análise Humanos.
Mas do outro lado está o espelho de uma sapiência construída aos longo dos anos - o valor de uma existência.
Saber que há atitudes e posições que defendemos que nos enchem de orgulho, que nos envaidecem, que nos enchem de significado, que nos preenchem com histórias para contar aos nossos netos.
Vitórias anónimas, vividas e comemoradas a sós.
Muitas delas são inclusivamente tomadas de forma inconsciente, nascidas do berço de valores e princípios que nos são incutidos pelo processo contínuo de educação.
Mas nas situações em que conseguimos ponderar e avaliar em concreto os impactos de algumas decisões ou atitudes, somos colocados perante a balança dos prós e contras.
São os momentos em que o nosso discernimento é o fiel da balança.
É nestas situações que somos convidados a quantificar o verdadeiro valor das decisões tomadas e entendemos por vezes, que o custo de determinadas decisões pode muitas vezes ser muito menor do que afinal aparenta ser, se tivermos em consideração que do outro lado da balança está o inquestionável valor de poder adormecer de consciência tranquila.
São as decisões que nos afectam no interior, que não têm a ver com os outros, mas sim com a nossa origem e essência.
São as decisões que apelam para a solidez do nosso carácter e personalidade.
Daquelas que quando são mal tomadas, nos doem cá dentro, num desmoronar de sentimentos de desilusão, demostrando a natureza de sermos eternos aprendizes, em última análise Humanos.
Mas do outro lado está o espelho de uma sapiência construída aos longo dos anos - o valor de uma existência.
Saber que há atitudes e posições que defendemos que nos enchem de orgulho, que nos envaidecem, que nos enchem de significado, que nos preenchem com histórias para contar aos nossos netos.
Vitórias anónimas, vividas e comemoradas a sós.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
sábado, 9 de outubro de 2010
2 Homens
Vejo 2 homens a debaterem argumentos entre si,
A degladiar linhas de raciocício em tom incriminatório.
De forma enaltecida, furiosa, malcriada até.
Dois homens que gritam as suas verdades em vez de ouvirem as verdades dos outros.
Dois homens que em vez de observarem o Mundo à sua volta, optam por distribuir olhares acusatórios.
Quem são e o que discutem?
São apenas mais 2 homens cegos, a discutir as diferenças entre o roxo e o violeta.
A degladiar linhas de raciocício em tom incriminatório.
De forma enaltecida, furiosa, malcriada até.
Dois homens que gritam as suas verdades em vez de ouvirem as verdades dos outros.
Dois homens que em vez de observarem o Mundo à sua volta, optam por distribuir olhares acusatórios.
Quem são e o que discutem?
São apenas mais 2 homens cegos, a discutir as diferenças entre o roxo e o violeta.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Change
"If you wanna make the world a better place, take a look at yourself and then make a change"
Michael Jackson - Man in the mirror
Michael Jackson - Man in the mirror
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Luvas pretas
Por ironia do destino eram pretas as únicas luvas que encontrei na casa das ferramentas.
Pretas como que apropriadas para fazer algo que eu nunca havia feito.
Encontrei-te ontem prostrado no jardim, de barriga para baixo, rijo, imóvel.
Percebi logo que o teu momento havia chegado.
Morreste.
Não sei se de forma tranquila ou se a lutar como um urso. Mas um Urso eras de certeza no teu interior.
Ainda hoje recordo o episódio onde tu obstinadamente lutaste perante um cavalo, sem olhar a receios ou a tamanhos.
Muito me marcou a tua força de guerreiro romano ao levantares-te depois da pancada e lançares-te novamente à carga com o mesmo ímpeto, a mesma raça, a mesma convicção.
Passados 9 anos desde que vieste ter connosco estavas agora mais sereno, mas ainda assim Leão por dentro, num instinto impossível de domesticar.
Passados nove anos, deste a tua jornada por cumprida.
Hoje fui eu que ouvi o som ouco do teu corpo vazio a tombar para o buraco.
Hoje coube-me a mim atirar terra por cima de ti.
Serás mais um dos professores a recordar.
Deixo o teu corpo no sítio onde o decidiste abandonar.
Adeus Sky – Obrigado pelas tuas lições.
Apenas uma foto para te recordar, para te homenagear:
Pretas como que apropriadas para fazer algo que eu nunca havia feito.
Encontrei-te ontem prostrado no jardim, de barriga para baixo, rijo, imóvel.
Percebi logo que o teu momento havia chegado.
Morreste.
Não sei se de forma tranquila ou se a lutar como um urso. Mas um Urso eras de certeza no teu interior.
Ainda hoje recordo o episódio onde tu obstinadamente lutaste perante um cavalo, sem olhar a receios ou a tamanhos.
Muito me marcou a tua força de guerreiro romano ao levantares-te depois da pancada e lançares-te novamente à carga com o mesmo ímpeto, a mesma raça, a mesma convicção.
Passados 9 anos desde que vieste ter connosco estavas agora mais sereno, mas ainda assim Leão por dentro, num instinto impossível de domesticar.
Passados nove anos, deste a tua jornada por cumprida.
Hoje fui eu que ouvi o som ouco do teu corpo vazio a tombar para o buraco.
Hoje coube-me a mim atirar terra por cima de ti.
Serás mais um dos professores a recordar.
Deixo o teu corpo no sítio onde o decidiste abandonar.
Adeus Sky – Obrigado pelas tuas lições.
Apenas uma foto para te recordar, para te homenagear:
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Razão e justiça
As discussões por vezes não são mais do que simples disputas de egos.
Neste tipo de contendas mesquinhas por vezes é preciso sabermos suplantar os nossos próprios limites.
Ter razão nem sempre significa fazer justiça e fazer justiça nem sempre se pauta pela razão.
Há que lutar por ser Maior.
Neste tipo de contendas mesquinhas por vezes é preciso sabermos suplantar os nossos próprios limites.
Ter razão nem sempre significa fazer justiça e fazer justiça nem sempre se pauta pela razão.
Há que lutar por ser Maior.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Felicidade ou tristeza
Olhar para o Charlie Chaplin enche-me sempre de profunda tristeza.
Não sei porquê mas parece-me ver isso nos seus olhos.
Talvez seja essa a beleza do cinema mudo - a facilidade com que nos trasporta para o mundo das emoções e linguagem corporal.
A tristeza que vejo nos seus olhos talvez esteja relacionada simplesmente com o facto de que ele deveria ter perfeita noção das provações pelas quais o seu público passava.
Estou convencido que ele sabia muito bem qual era o seu papel naquele período conturbado da história Mundial.
Aqui vai um pequeno tributo a um Grande Homem.
Não sei porquê mas parece-me ver isso nos seus olhos.
Talvez seja essa a beleza do cinema mudo - a facilidade com que nos trasporta para o mundo das emoções e linguagem corporal.
A tristeza que vejo nos seus olhos talvez esteja relacionada simplesmente com o facto de que ele deveria ter perfeita noção das provações pelas quais o seu público passava.
Estou convencido que ele sabia muito bem qual era o seu papel naquele período conturbado da história Mundial.
Aqui vai um pequeno tributo a um Grande Homem.
Moisés
Reza a história que Moisés abriu caminho pelo Mar Vermelho.
Hoje em dia a comunidade científica faz conjecturas sobre eventuais maremotos que terão acontecido por essa altura.
Independentemente de haver ou não uma explicação lógica para o texto, para mim é mais uma metáfora: Não numa perspectiva milagrosa de mão divina, mas numa perspectiva engenhosa de capacidade humana.
A Fé em nós próprios faz-nos superar obstáculos.
E depende sempre dos desafios a que nos propomos.
Dar o passo ligeiramente maior do que a perna nunca fez mal a ninguém - apenas aguça o engenho.
É que no final de contas vai tudo parar à gestão de prioridades.
Há quem diga que trabalha bem sobre pressão. Se calhar tem a ver com o facto de que, em pressão, não precisa de haver gestão de prioridades - afinal de contas só há uma.
Mas vendo bem, tudo na nossa vida é gestão de prioridades. É análise cognitiva, intuitiva ou instintiva do que cada coisa representa para nós, em termos do valor que lhe atribuímos. Se não avaliamos o que isso representa em termos de valor, não gerimos correctamente as nossas prioridades ou simplesmente não as definimos.
É nessa altura que alguém começa a defini-las por nós.
Escolhe ou sê escolhido.
Escolher nem sempre é fácil - significa tomar partido - pressupõe confronto ou defesa de pontos de vista.
Por entre campos de batalha, há sempre o nosso caminho a descobrir, tal como Moisés encontrou o seu.
Basta apenas ter fé. Em quem? Talvez em nós próprios.
Hoje em dia a comunidade científica faz conjecturas sobre eventuais maremotos que terão acontecido por essa altura.
Independentemente de haver ou não uma explicação lógica para o texto, para mim é mais uma metáfora: Não numa perspectiva milagrosa de mão divina, mas numa perspectiva engenhosa de capacidade humana.
A Fé em nós próprios faz-nos superar obstáculos.
E depende sempre dos desafios a que nos propomos.
Dar o passo ligeiramente maior do que a perna nunca fez mal a ninguém - apenas aguça o engenho.
É que no final de contas vai tudo parar à gestão de prioridades.
Há quem diga que trabalha bem sobre pressão. Se calhar tem a ver com o facto de que, em pressão, não precisa de haver gestão de prioridades - afinal de contas só há uma.
Mas vendo bem, tudo na nossa vida é gestão de prioridades. É análise cognitiva, intuitiva ou instintiva do que cada coisa representa para nós, em termos do valor que lhe atribuímos. Se não avaliamos o que isso representa em termos de valor, não gerimos correctamente as nossas prioridades ou simplesmente não as definimos.
É nessa altura que alguém começa a defini-las por nós.
Escolhe ou sê escolhido.
Escolher nem sempre é fácil - significa tomar partido - pressupõe confronto ou defesa de pontos de vista.
Por entre campos de batalha, há sempre o nosso caminho a descobrir, tal como Moisés encontrou o seu.
Basta apenas ter fé. Em quem? Talvez em nós próprios.
sábado, 18 de setembro de 2010
Fronteiras
Flutuar e sentir a água empurrar-nos para a tona, para a fronteira.
E depois lentamente levantar o braço e sentir o peso imenso que ele tem ao descolar da linha de água.
É como se os elementos nos quisessem levar sempre para a fronteira. Para a zona de conflito e ao mesmo tempo de equilíbrio, mas que não significa zona de progresso ou evolução.
Há quem opte por não ultrapassar fronteiras e há quem insita em ultrapassá-las às cegas, à bruta.
Tal como o que depois de um bom pedaço ao sol decide de repente mergulhar na água. Como se receasse que avançando devagar poderia não conseguir.
E é neste ponto que reside a minha reflexão de hoje,
Não temos que ultrapassar as fronteiras às cegas. Até porque dessa maneira podemos magoar ou ser magoados.
Podemos olhar para os desafios e enfrentá-los, dentada a dentada, usufruindo cada pedaço dessa viagem, na certeza porém de que não há volta atrás. As fronteiras foram feitas para ser suplantadas. Apenas o saborear cada passo que nos leva ao seguinte, sempre no caminho dos nossos objectivos.
É esta atitude que nos faz fortes e enraizados.
Nem todos temos que ser como o Lewis Pugh detentor de um espírito indomável moldado pela famosa SAS do regimento brtânico para conseguir cumprir os nossos objectivos. Mas a verdade é que estes Homens servem-nos de exemplo.
Por isso podemos sempre começar com coisas simples, pequenas dentadas.
Um princípio de treino com uma fronteira simples de ultrapassar:
Banho quente seguido de duche frio - Experimenta
É bom que treines porque na derradeira Fronteira não vais querer ser recordado como o que se apagou como uma vela mas sim como o que Lutou como um Urso.
E depois lentamente levantar o braço e sentir o peso imenso que ele tem ao descolar da linha de água.
É como se os elementos nos quisessem levar sempre para a fronteira. Para a zona de conflito e ao mesmo tempo de equilíbrio, mas que não significa zona de progresso ou evolução.
Há quem opte por não ultrapassar fronteiras e há quem insita em ultrapassá-las às cegas, à bruta.
Tal como o que depois de um bom pedaço ao sol decide de repente mergulhar na água. Como se receasse que avançando devagar poderia não conseguir.
E é neste ponto que reside a minha reflexão de hoje,
Não temos que ultrapassar as fronteiras às cegas. Até porque dessa maneira podemos magoar ou ser magoados.
Podemos olhar para os desafios e enfrentá-los, dentada a dentada, usufruindo cada pedaço dessa viagem, na certeza porém de que não há volta atrás. As fronteiras foram feitas para ser suplantadas. Apenas o saborear cada passo que nos leva ao seguinte, sempre no caminho dos nossos objectivos.
É esta atitude que nos faz fortes e enraizados.
Nem todos temos que ser como o Lewis Pugh detentor de um espírito indomável moldado pela famosa SAS do regimento brtânico para conseguir cumprir os nossos objectivos. Mas a verdade é que estes Homens servem-nos de exemplo.
Por isso podemos sempre começar com coisas simples, pequenas dentadas.
Um princípio de treino com uma fronteira simples de ultrapassar:
Banho quente seguido de duche frio - Experimenta
É bom que treines porque na derradeira Fronteira não vais querer ser recordado como o que se apagou como uma vela mas sim como o que Lutou como um Urso.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Outra face do mesmo cubo
A propósito de algo que me aconteceu hoje, lembrei-me de um post intitulado "Esmolas" que já publiquei em tempos mas agora numa nova perspectiva.
Na perspectiva dos pedintes a quem lhes falta outra coisa que não é o dinheiro.
São os pedintes de afecto.
O texto outrora publicado relatando um episódio que tive com um pedinte das ruas de Lisboa volta a ganhar vida, de uma forma totalmente diferente. Ora experimenta: Esmolas
Na perspectiva dos pedintes a quem lhes falta outra coisa que não é o dinheiro.
São os pedintes de afecto.
O texto outrora publicado relatando um episódio que tive com um pedinte das ruas de Lisboa volta a ganhar vida, de uma forma totalmente diferente. Ora experimenta: Esmolas
Fusão
Quando o homem e a máquina são um só.
Reparem no nível de treino necessário para se chegar a esta performance.
Só com muita paixão. De toda uma equiipa.
Reparem no nível de treino necessário para se chegar a esta performance.
Só com muita paixão. De toda uma equiipa.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
5.000 páginas lidas
Passei agora a marca de 5.000 páginas acedidas.
Obrigado a todos os que seguem este Blog.
Os vossos feedbacks são sempre bem-vindos e muito apreciados.
Obrigado a todos os que seguem este Blog.
Os vossos feedbacks são sempre bem-vindos e muito apreciados.
Corpo-prisão
A propósito da recente discussão sobre quem criou o Universo e a respectiva inflexão de discurso por parte de Stephen Hawking lembrei-me de pensar sobre o que é que a Humanidade terá feito para merecer um homem como este encurralado num corpo-prisão.
Que tipo de mensagem podemos retirar deste fenómeno?
Será que foi preciso existir este corpo-prisão para dar asas ao homem que hoje é?
Outra pergunta que me incomoda é afinal de contas o que é mais restritivo?
O corpo físico ou a falta de flexibilidade cognitiva?
Que tipo de mensagem podemos retirar deste fenómeno?
Será que foi preciso existir este corpo-prisão para dar asas ao homem que hoje é?
Outra pergunta que me incomoda é afinal de contas o que é mais restritivo?
O corpo físico ou a falta de flexibilidade cognitiva?
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
O desafio
Cabe-me olhar para ti, olhos nos olhos,
Cabe-me abraçar-te assim destino inesperado.
Cabe-me perceber a natureza destes sentidos e as dúvidas que vivem nestas palavras.
Mais haveria por alcançar,
Mais haveria por desfrutar.
Mais...ou talvez menos.
As experiências vivem-se, sem repetição.
Nada será novamente como já foi.
Cabe-me abraçar-te assim destino inesperado.
Cabe-me perceber a natureza destes sentidos e as dúvidas que vivem nestas palavras.
Mais haveria por alcançar,
Mais haveria por desfrutar.
Mais...ou talvez menos.
As experiências vivem-se, sem repetição.
Nada será novamente como já foi.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
O toque de Midas
Fantástico quando fazemos o “click”.
Quando de repente tudo faz sentido e tudo se torna tão fácil, tão simples.
Como se de repente o nosso cérebro entrasse em sintonia com tudo o que o rodeia e absorve tudo e apenas o necessário.
Incorpora o todo, o essencial e o suficiente para cumprir o propósito.
Nesse momento entramos no fluxo.
Faz-me lembrar a história de Midas e o seu famoso toque relatado na mitologia grega.
Tudo parece perfeito, simples e fantástico. Sentimo-nos iluminados, quase que sobre-humanos.
Até ao momento em que Midas toca na sua filha e a transforma numa estátua.
Aí percebe que o seu toque pode ser ao mesmo tempo a salvação e a perdição.
As grandes torres nunca foram feitas com alicerces de barro.
Quando de repente tudo faz sentido e tudo se torna tão fácil, tão simples.
Como se de repente o nosso cérebro entrasse em sintonia com tudo o que o rodeia e absorve tudo e apenas o necessário.
Incorpora o todo, o essencial e o suficiente para cumprir o propósito.
Nesse momento entramos no fluxo.
Faz-me lembrar a história de Midas e o seu famoso toque relatado na mitologia grega.
Tudo parece perfeito, simples e fantástico. Sentimo-nos iluminados, quase que sobre-humanos.
Até ao momento em que Midas toca na sua filha e a transforma numa estátua.
Aí percebe que o seu toque pode ser ao mesmo tempo a salvação e a perdição.
As grandes torres nunca foram feitas com alicerces de barro.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Jaula dourada
Vive numa jaula dourada.
Encontra-se aprisionado por entre luxos e mordomias.
É incapaz de abrir a porta.
Os seus joelhos petrificaram perante o risco de poder perder os seus alcançados níveis de conforto.
E está cego.
O Mundo Exterior é um gigante autista à sua frente.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Tempo
Pergunta: Como é que passaste estas férias?
Resposta: Passaram-se..Já acabaram ..
Pergunta: Como é que foram as férias?
Resposta: Curtas.
Assalta-me um sentimento de tristeza profunda.
Mais valia falar do tempo ou do futebol.
Então e se as perguntas fossem “Como é que passaste esta vida?” ou “Como é que foi a tua vida?
Teremos as mesmas respostas prováveis?
Por esta razão fiz uma experiencia nestas férias que agora terminam.
No dia em que entrei de férias reflecti sobre os 16 dias de férias que se seguiam.
Pensei no último dia de férias e no que deveria fazer para as aproveitar bem.
Projectei-me no dia 23 de Agosto e pensei naquilo que deveria sentir ao olhar para trás.
E coloquei o relógio em contagem decrescente.
Chegou hoje esse dia – o último dia de férias.
Passados 16 dias conclui que focar-me no meu último dia de férias não fez com que as férias fossem melhores.
Tal como pensar em quantas horas me faltam para morrer (ver http://tenhoumsegredoparati.blogspot.com/2010/07/315576-horas.html ou http://tenhoumsegredoparati.blogspot.com/2008/07/298044-horas.html ) também não faz com que a minha vida tenha mais significado.
Simplesmente tornou mais amargo o momento, quando chega.
Percebi que ao focar-me no fim das férias ou por extrapolação no final de uma vida como método para dar valor ao presente, só vai fazer com que encontre o fim onde defini que ele estivesse.
Mas isso não trouxe conteúdo à viagem que fiz para alcançar o fim.
Parece-me a mim que não é como nos filmes em que se diz a alguém que vai morrer daqui a x dias ou x meses e isso faz com que de repente a vida dessa pessoa passe a ter mais sentido porque larga tudo e passa a fazer o que nunca fez, apenas porque agora não tem tempo.
Parece-me aqui e agora, que o segredo está em olhar para cada um desses dias e perceber o que nele existe. Deixar-se surpreender pelo inesperado e usufruir da elasticidade de pensamento que isso exige.
Tal como a alimentação não pode ser simplesmente o acto de comer.
Há que saborear cada garfada. É isso que dá sentido ao prato.
É essa a forma com que celebramos o facto de termos o que comer, de termos o que viver.
Há 3 anos referi o trabalho de um fotógrafo argentino (Diego Goldberg) se dedica há 34 anos a tirar fotografias tipo-passe à sua família sempre a 17 de Junho, ano após ano (http://zonezero.com/magazine/essays/diegotime/time.html).
Na altura achei interessante, a evolução de uma família, mas foram precisos 3 anos para perceber hoje, porque é que ele faz isso.
Não é para ver as diferenças, é para medir o seu Tempo. Para ter uma noção palpável do valor que a sua vida tem.
Afinal de contas, o relógio mede o Tempo mas com que Tempo é que se mede uma Vida?
À primeira vista diria que se mede com Fotografias ou Memórias, mas se calhar a resposta está nas mãos do homem sem memória que se encontra no fim dos seus dias.
A esse homem gostava de perguntar-lhe o que representa o valor da sua vida.
Resposta: Passaram-se..Já acabaram ..
Pergunta: Como é que foram as férias?
Resposta: Curtas.
Assalta-me um sentimento de tristeza profunda.
Mais valia falar do tempo ou do futebol.
Então e se as perguntas fossem “Como é que passaste esta vida?” ou “Como é que foi a tua vida?
Teremos as mesmas respostas prováveis?
Por esta razão fiz uma experiencia nestas férias que agora terminam.
No dia em que entrei de férias reflecti sobre os 16 dias de férias que se seguiam.
Pensei no último dia de férias e no que deveria fazer para as aproveitar bem.
Projectei-me no dia 23 de Agosto e pensei naquilo que deveria sentir ao olhar para trás.
E coloquei o relógio em contagem decrescente.
Chegou hoje esse dia – o último dia de férias.
Passados 16 dias conclui que focar-me no meu último dia de férias não fez com que as férias fossem melhores.
Tal como pensar em quantas horas me faltam para morrer (ver http://tenhoumsegredoparati.blogspot.com/2010/07/315576-horas.html ou http://tenhoumsegredoparati.blogspot.com/2008/07/298044-horas.html ) também não faz com que a minha vida tenha mais significado.
Simplesmente tornou mais amargo o momento, quando chega.
Percebi que ao focar-me no fim das férias ou por extrapolação no final de uma vida como método para dar valor ao presente, só vai fazer com que encontre o fim onde defini que ele estivesse.
Mas isso não trouxe conteúdo à viagem que fiz para alcançar o fim.
Parece-me a mim que não é como nos filmes em que se diz a alguém que vai morrer daqui a x dias ou x meses e isso faz com que de repente a vida dessa pessoa passe a ter mais sentido porque larga tudo e passa a fazer o que nunca fez, apenas porque agora não tem tempo.
Parece-me aqui e agora, que o segredo está em olhar para cada um desses dias e perceber o que nele existe. Deixar-se surpreender pelo inesperado e usufruir da elasticidade de pensamento que isso exige.
Tal como a alimentação não pode ser simplesmente o acto de comer.
Há que saborear cada garfada. É isso que dá sentido ao prato.
É essa a forma com que celebramos o facto de termos o que comer, de termos o que viver.
Há 3 anos referi o trabalho de um fotógrafo argentino (Diego Goldberg) se dedica há 34 anos a tirar fotografias tipo-passe à sua família sempre a 17 de Junho, ano após ano (http://zonezero.com/magazine/essays/diegotime/time.html).
Na altura achei interessante, a evolução de uma família, mas foram precisos 3 anos para perceber hoje, porque é que ele faz isso.
Não é para ver as diferenças, é para medir o seu Tempo. Para ter uma noção palpável do valor que a sua vida tem.
Afinal de contas, o relógio mede o Tempo mas com que Tempo é que se mede uma Vida?
À primeira vista diria que se mede com Fotografias ou Memórias, mas se calhar a resposta está nas mãos do homem sem memória que se encontra no fim dos seus dias.
A esse homem gostava de perguntar-lhe o que representa o valor da sua vida.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Visita de estudo
Hoje a minha visita de estudo foi até ao Restaurante do Museu Oriente.
Espaço agradável onde se respira – já cá tenho vindo e recomendo.
Mas há que procurar, para encontrar a sua beleza – não é evidente.
O meu Mentor trouxe-me aqui para conhecer o valor de velhas amizades.
Por entre altas patentes de outrora encontram-se crianças a viver lembranças do passado - Tempos de guerra onde os amigos são ainda mais importantes.
Homens, numa procura incessante de novas ideias, que continuam a crescer, independentemente da sua suposta idade ou estado de saúde - Sempre numa perspectiva ampla, alargada.
É um sítio especial, sem dúvida.
Mas não tanto pelo espaço em si, mas mais pelas pessoas que abriga.
Espaço agradável onde se respira – já cá tenho vindo e recomendo.
Mas há que procurar, para encontrar a sua beleza – não é evidente.
O meu Mentor trouxe-me aqui para conhecer o valor de velhas amizades.
Por entre altas patentes de outrora encontram-se crianças a viver lembranças do passado - Tempos de guerra onde os amigos são ainda mais importantes.
Homens, numa procura incessante de novas ideias, que continuam a crescer, independentemente da sua suposta idade ou estado de saúde - Sempre numa perspectiva ampla, alargada.
É um sítio especial, sem dúvida.
Mas não tanto pelo espaço em si, mas mais pelas pessoas que abriga.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Libertação do pensamento
Ao assistir uma entrevista com o controverso escritor Christopher Hitchens ouvi-o citar Nadine Gordimer (Prémio Nobel de Literatura -1991) que afirmou que “devemos tentar escrever como se já tivéssemos morrido” Porque nos liberta de todas as inibições e constrangimentos sociais que nos aprisionam os pensamentos.
Porque nos libertamos da opinião pública, das críticas e dos comentários.
E isto fez sentido não pelo que a Nadine Gordimer provavelmente quereria afirmar, que era a liberdade de expressão mas sim porque nessa perspectiva podemos escrever o que somos a cada momento, independentemente daquilo que venhamos a ser no dia seguinte.
Porque a "Coerência" não está na cristalização de pensamento mas sim na sua constante evolução.
Porque nos libertamos da opinião pública, das críticas e dos comentários.
E isto fez sentido não pelo que a Nadine Gordimer provavelmente quereria afirmar, que era a liberdade de expressão mas sim porque nessa perspectiva podemos escrever o que somos a cada momento, independentemente daquilo que venhamos a ser no dia seguinte.
Porque a "Coerência" não está na cristalização de pensamento mas sim na sua constante evolução.
Ausência de inspiração
No momento em que escrevo nada me ocorre ao pensamento.
Tenho a corpo inundado de sono e cansaço.
Obrigo-me a este exercício aparentemente inútil de buscar água onde ela supostamente não existe.
Faço o meu cérebro descongelar, na procura incessante da explicação de como nasce um pensamento, uma inspiração, uma mensagem ou uma lição.
Aos poucos vou acordando e encontrando significados por entre rasgos de lucidez.
Aos poucos vou percebendo que não é preciso estar no topo do Tibete para nos iluminarmos.
Não tem a ver com o Espaço. Tem a ver com o Tempo. Com o Tempo que dedicamos a nós próprios e àquilo que queremos cumprir nesta jornada.
São muitas as distrações ou então muitas as formas de traçar caminhos.
Tenho a corpo inundado de sono e cansaço.
Obrigo-me a este exercício aparentemente inútil de buscar água onde ela supostamente não existe.
Faço o meu cérebro descongelar, na procura incessante da explicação de como nasce um pensamento, uma inspiração, uma mensagem ou uma lição.
Aos poucos vou acordando e encontrando significados por entre rasgos de lucidez.
Aos poucos vou percebendo que não é preciso estar no topo do Tibete para nos iluminarmos.
Não tem a ver com o Espaço. Tem a ver com o Tempo. Com o Tempo que dedicamos a nós próprios e àquilo que queremos cumprir nesta jornada.
São muitas as distrações ou então muitas as formas de traçar caminhos.
domingo, 25 de julho de 2010
315.576 horas
Há 2 anos atrás escrevi um post intitulado "298.044 horas"
Hoje faço o Post das "315.576 horas" e reflicto sobre as 341.874 horas que me restam (tendo em consideração a esperança média de vida à nascença)
Há 2 anos restavam 359.406..
O que aconteceu nestas 17.532 horas que passaram? Valeu a pena?
Nuns casos sim, noutros não.
Mas a vida é uma oportunidade para aprender. E se calhar nos casos em que acho que não, é onde deveria achar que sim. Não é fácil.
E nos casos em que acho que sim, deveria achar que são simplesmente "o descanso do guerreiro", depois de algumas aprendizagens mais duras.
Hoje faço o Post das "315.576 horas" e reflicto sobre as 341.874 horas que me restam (tendo em consideração a esperança média de vida à nascença)
Há 2 anos restavam 359.406..
O que aconteceu nestas 17.532 horas que passaram? Valeu a pena?
Nuns casos sim, noutros não.
Mas a vida é uma oportunidade para aprender. E se calhar nos casos em que acho que não, é onde deveria achar que sim. Não é fácil.
E nos casos em que acho que sim, deveria achar que são simplesmente "o descanso do guerreiro", depois de algumas aprendizagens mais duras.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
O inesperado no momento certo
Dar o que é mais necessário, a quem mais precisa.
Receber, no momento em que achamos ter tudo.
Dar no momento certo, no momento mais inesperado.
Receber de dia quando navegamos à noite.
Para perceber que era preciso, mesmo quando não se tem consciência disso.
Porque não lembramos o que nos dizem.
Lembramos o que nos fazem sentir.
Receber, no momento em que achamos ter tudo.
Dar no momento certo, no momento mais inesperado.
Receber de dia quando navegamos à noite.
Para perceber que era preciso, mesmo quando não se tem consciência disso.
Porque não lembramos o que nos dizem.
Lembramos o que nos fazem sentir.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Já fizeste o teu "walkabout"?
http://www.telegraph.co.uk/earth/earthpicturegalleries/7898348/South-African-photographer-Hannes-Lochner-shoots-the-wildlife-of-the-Kalahari-desert-in-black-and-white.html?image=5
O que é o "Walkabout"?
É um ritual dos aborígenes australianos. Neste ritual os adolescentes partem numa viagem solitária pelo deserto durante um período que pode ir até seis meses. Seguem caminhos e pistas, sejam elas físicas ou não (estas últimas denominadas "Songlines"), para de alguma forma incorporarem os valores e actos heróicos dos seus antepassados e intensificarem a sua conexão à Terra. É um período de reflexão.
O que é o "Walkabout"?
É um ritual dos aborígenes australianos. Neste ritual os adolescentes partem numa viagem solitária pelo deserto durante um período que pode ir até seis meses. Seguem caminhos e pistas, sejam elas físicas ou não (estas últimas denominadas "Songlines"), para de alguma forma incorporarem os valores e actos heróicos dos seus antepassados e intensificarem a sua conexão à Terra. É um período de reflexão.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Look on the bright side of Irracionality
Um dos meus autores favoritos do momento.
http://fora.tv/2010/06/07/Dan_Ariely_The_Upside_of_Irrationality
http://fora.tv/2010/06/07/Dan_Ariely_The_Upside_of_Irrationality
segunda-feira, 12 de julho de 2010
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Derivadas e Primitivas
Parar para observar.
Num qualquer centro comercial, parar apenas, e observar quem passa.
Olhar e imaginar as suas vidas, as suas paixões e os seus desencantos.
Imaginar os seus projectos, as suas acções, e o que deriva dos seus valores.
Fazer suposições sobre o que aconteceu a cada uma destas pessoas para serem hoje o que são, neste momento.
Constatar que ao circularem, parecem estar noutro plano, noutro tempo que não o Agora.
Foi entre estes cálculos de “Derivadas e Primitivas” que me dei conta de mim.
Porque reparei que à minha semelhança, ali estava outra pessoa, também sentada no Agora, também a observar.
Olhei, para quem como eu contemplava, e isso fez-me compreender perante este espelho que, tal como eu, ele estava ali para compreender.
Os outros, nós, o Todo.
Num qualquer centro comercial, parar apenas, e observar quem passa.
Olhar e imaginar as suas vidas, as suas paixões e os seus desencantos.
Imaginar os seus projectos, as suas acções, e o que deriva dos seus valores.
Fazer suposições sobre o que aconteceu a cada uma destas pessoas para serem hoje o que são, neste momento.
Constatar que ao circularem, parecem estar noutro plano, noutro tempo que não o Agora.
Foi entre estes cálculos de “Derivadas e Primitivas” que me dei conta de mim.
Porque reparei que à minha semelhança, ali estava outra pessoa, também sentada no Agora, também a observar.
Olhei, para quem como eu contemplava, e isso fez-me compreender perante este espelho que, tal como eu, ele estava ali para compreender.
Os outros, nós, o Todo.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Mar de Mozart
Hipnotizados por Mozart estavam umas boas centenas de Lisboetas no Largo de S Carlos na passada 3ª Feira à noite, no âmbito do programa http://www.festivalaolargo.com/
Como borboletas atraídas para a luz de uma lanterna, ali pairavam pessoas, altas e baixas, ricas e pobres, adultas e crianças.
Haviam algumas que não estavam lá pelo espectáculo, nem sequer pelo evento social.
Haviam algumas, que pelo seu olhar se percebia que estavam lá por outra coisa, talvez mais estranha e inesperada – Estavam lá pela música.
Estavam lá a viver cada segundo, bebendo o odor primaveril que se ia soltando das cordas da Metropolitana de Lisboa.
Estavam lá pelo sentimento de frescura que lhes ia atravessando os corpos naquela noite quente de Verão.
Ali estávamos nós, todos juntos, todos sós. Cada um no seu Universo Interior, lavando a sua alma nas margens do Mar de Mozart.
Como borboletas atraídas para a luz de uma lanterna, ali pairavam pessoas, altas e baixas, ricas e pobres, adultas e crianças.
Haviam algumas que não estavam lá pelo espectáculo, nem sequer pelo evento social.
Haviam algumas, que pelo seu olhar se percebia que estavam lá por outra coisa, talvez mais estranha e inesperada – Estavam lá pela música.
Estavam lá a viver cada segundo, bebendo o odor primaveril que se ia soltando das cordas da Metropolitana de Lisboa.
Estavam lá pelo sentimento de frescura que lhes ia atravessando os corpos naquela noite quente de Verão.
Ali estávamos nós, todos juntos, todos sós. Cada um no seu Universo Interior, lavando a sua alma nas margens do Mar de Mozart.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Esmolas
Pediste-me uma esmola.
Ofereci-te respeito.
Estendeste a mão.
Olhei-te nos olhos.
Perguntaste "o que foi".
Desejei-te boa noite.
Na semana passada ofereci-te moedas e não vi reacção.
Hoje surpreendi-te.
Fiz Stop a essa cassete de pedinte.
Quebrei essa ladaínha que vai gelando o teu cérebro em lume brando.
Acordei-te, em troca de meia dúzia de moedas que desta vez decidi não deixar.
Nota: Porque acredito que a Web faz com que 1+1 = 3, junto aqui um video sugerido pelo Paulo Falcão
Obrigado Paulo pela sugestão de banda sonora para este post.
Ofereci-te respeito.
Estendeste a mão.
Olhei-te nos olhos.
Perguntaste "o que foi".
Desejei-te boa noite.
Na semana passada ofereci-te moedas e não vi reacção.
Hoje surpreendi-te.
Fiz Stop a essa cassete de pedinte.
Quebrei essa ladaínha que vai gelando o teu cérebro em lume brando.
Acordei-te, em troca de meia dúzia de moedas que desta vez decidi não deixar.
Nota: Porque acredito que a Web faz com que 1+1 = 3, junto aqui um video sugerido pelo Paulo Falcão
Obrigado Paulo pela sugestão de banda sonora para este post.
terça-feira, 6 de julho de 2010
"Morte para todo o sempre"
Nestes últimos dias a morte passou junto à minha porta, mas não bateu.
Precipitaram-se sinais, sonhos e pressentimentos que me colocaram no mínimo alerta.
Suficientemente preocupado para ter os olhos abertos, ainda que confusos.
E então, para meu espanto aconteceu o fantástico, aquilo que temia mas que não queria acreditar - O acidente.
Felizmente, não sei ainda bem como, estava lá “por acaso” e consegui evitar o pior.
Estava eu ainda a digerir esta “coincidência” quando sou inesperadamente convidado para ir ao funeral de um familiar de uma pessoa amiga.
Isto tudo para dizer que os passos estavam todos lá.
O acidente, a morte, a dor, o luto e o arrependimento daquilo que não se fez ou do que não se disse.
Só que não era eu quem chorava.
Muitas vezes tenho dito que bom é aprender com as experiências dos outros e não ter que passar por elas, e esta foi uma dessas situações.
Passou muito perto. Tão perto que não me posso dar ao luxo de não aprender nada com isso.
Por isso fiquei para ouvir o Padre.
Pareceu-me ouvi-lo dizer que a “Morte era para todo o sempre” - e isso não me soou bem.
Porque se assim for, então o que acontece à Vida?
Pode existir Morte sem Vida ou Vida sem Morte?
Porque é que a Morte tem que ser para todo o sempre e a Vida por apenas 80 anos?
Será a Vida apenas uma concretização efémera num plano sem continuidade?
Talvez não.
A Vida faz-me lembrar o “toque e foge” da andorinha quando pousa ao de leve na tona da água, para beber e refrescar-se um pouco.
Aquele curto momento em que a andorinha arrisca a sua existência ao tocar na água de raspão para beber um pouco, sem no entanto perder o seu vôo e com isso afogar-se.
Como se a existência desta andorinha fosse repleta de pequenas Vidas, a cada trago de água.
Mas então se assim for, o que representa o seu vôo? Ou o lago onde foi beber a água?
Precipitaram-se sinais, sonhos e pressentimentos que me colocaram no mínimo alerta.
Suficientemente preocupado para ter os olhos abertos, ainda que confusos.
E então, para meu espanto aconteceu o fantástico, aquilo que temia mas que não queria acreditar - O acidente.
Felizmente, não sei ainda bem como, estava lá “por acaso” e consegui evitar o pior.
Estava eu ainda a digerir esta “coincidência” quando sou inesperadamente convidado para ir ao funeral de um familiar de uma pessoa amiga.
Isto tudo para dizer que os passos estavam todos lá.
O acidente, a morte, a dor, o luto e o arrependimento daquilo que não se fez ou do que não se disse.
Só que não era eu quem chorava.
Muitas vezes tenho dito que bom é aprender com as experiências dos outros e não ter que passar por elas, e esta foi uma dessas situações.
Passou muito perto. Tão perto que não me posso dar ao luxo de não aprender nada com isso.
Por isso fiquei para ouvir o Padre.
Pareceu-me ouvi-lo dizer que a “Morte era para todo o sempre” - e isso não me soou bem.
Porque se assim for, então o que acontece à Vida?
Pode existir Morte sem Vida ou Vida sem Morte?
Porque é que a Morte tem que ser para todo o sempre e a Vida por apenas 80 anos?
Será a Vida apenas uma concretização efémera num plano sem continuidade?
Talvez não.
A Vida faz-me lembrar o “toque e foge” da andorinha quando pousa ao de leve na tona da água, para beber e refrescar-se um pouco.
Aquele curto momento em que a andorinha arrisca a sua existência ao tocar na água de raspão para beber um pouco, sem no entanto perder o seu vôo e com isso afogar-se.
Como se a existência desta andorinha fosse repleta de pequenas Vidas, a cada trago de água.
Mas então se assim for, o que representa o seu vôo? Ou o lago onde foi beber a água?
segunda-feira, 28 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
A força de acreditar
Somos propensos a tentar encontrar padrões onde eles não existem. O nosso cérebro evoluiu dessa forma. Talvez foi essa a diferença que fez com que estivéssemos aqui hoje em vez de fazer parte da refeição dos nossos predadores.
Convido-te a ver o vídeo que fala sobre esta nossa vontade inata em querer acreditar – é preciso é não cair em exageros.
Convido-te a ver o vídeo que fala sobre esta nossa vontade inata em querer acreditar – é preciso é não cair em exageros.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Salto quântico no mundo científico
O nascimento de uma espécie, totalmente sintética.
Uma evolução científica que vai mudar muita, muita coisa.
Uma evolução científica que vai mudar muita, muita coisa.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
86400
86.400 - Parecem muitos segundos por dia.
Mas basta parar um pouco para observar com atenção o relógio.
Reparar na crueldade com que cada segundo anda para a frente, sempre ao mesmo ritmo, sempre sem parar, indomável. E com isso perceber que 86.400 se calhar não assim tantos quantos gostaríamos que fossem.
O ponteiro salta de segundo em segundo e cada um que passou, desvanece-se por entre carretos para não voltar mais.
O ponteiro violento, prepotente e imparável que não olha a nada nem a ninguém.
O ponteiro que segue em frente, de peito erguido, sem olhar para trás, sem dó nem piedade.
O que está, está – o que ficou, ficou.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Fórmula de sucesso
Mattieu Ricard vem a Portugal e vai estar na Aula Magna dia 26/05/2010.
Recomendo vivamente - Aqui têm alguns dos seus pontos de vista:
Recomendo vivamente - Aqui têm alguns dos seus pontos de vista:
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Maldito cancro
Vieste treinar ontem.
Disseste-me que o pouco tempo que temos é sempre melhor que nada.
Que podemos chegar a correr, mas saímos a andar.
A andar de cabeça erguida que é totalmente diferente do que correr olhando para baixo.
O maldito cancro parece finalmente estar a sair do teu corpo.
Hoje já não trazias o lenço na cabeça e o teu cabelo já surge de novo, forte e negro.
Pareces melhor, mais forte.
Nem sei se este cancro é assim tão maldito.
Na verdade estás mais forte, não por fora, mas por dentro.
O cancro invariavelmente faz com que as pessoas cresçam rapidamente.
Bom bom é poder crescer, mas sem ter que passar por ele.
Disseste-me que o pouco tempo que temos é sempre melhor que nada.
Que podemos chegar a correr, mas saímos a andar.
A andar de cabeça erguida que é totalmente diferente do que correr olhando para baixo.
O maldito cancro parece finalmente estar a sair do teu corpo.
Hoje já não trazias o lenço na cabeça e o teu cabelo já surge de novo, forte e negro.
Pareces melhor, mais forte.
Nem sei se este cancro é assim tão maldito.
Na verdade estás mais forte, não por fora, mas por dentro.
O cancro invariavelmente faz com que as pessoas cresçam rapidamente.
Bom bom é poder crescer, mas sem ter que passar por ele.
Serão as nossas memórias realmente verdadeiras?
É natural considerarmos as nossas memórias como sendo algo verdadeiro.
Mas a verdade é que talvez não seja bem assim.
Sabemos que cada pessoa interpreta a realidade de maneira diferente e logo aí constatamos duas memórias distintas para o mesmo evento.
Mas por cada pessoa, a interpretação também pode ser diferente, dependento do estado emocional, da envolvente ou devido a um qualquer factor externo.
Por exemplo, quantas vezes visitámos lugares onde anteriormente tínhamos estado e quando lá chegamos, tudo parece diferente daquilo que pensávamos ser?
Ou quando confrontamos as nossas lembranças de criança, em que o tamanho passa a ser uma questão evidente? As casas eram grandes, as árvores eram mais altas e assim por diante.
Ou por exemplo as memórias que temos de pessoas que afinal nunca foram como nos lembramos? Temos a tendência de enfatizar as boas características das pessoas que gostamos e minimizar os seus defeitos e vice-versa.
A comunidade científica está agora a chegar à conclusão de que o nosso cérebro é uma estrutura evolutiva que se molda à medida que vamos tendo as nossas experiências - e não só o cérebro se molda, como também as memórias que ele contém.
Quanto mais vezes nos lembramos de algo, maior é a probabilidade dessas memórias serem alteradas, de forma indelével ou até mesmo de forma considerável.
Não é por acaso que os psicólogos usam já há muito tempo este método para lidar com traumas ocultos – Recordar, como método de moldar as memórias e torná-las mais suaves.
Posto isto, não será válido questionarmo-nos se as nossas memórias serão realmente verdadeiras?
Mas a verdade é que talvez não seja bem assim.
Sabemos que cada pessoa interpreta a realidade de maneira diferente e logo aí constatamos duas memórias distintas para o mesmo evento.
Mas por cada pessoa, a interpretação também pode ser diferente, dependento do estado emocional, da envolvente ou devido a um qualquer factor externo.
Por exemplo, quantas vezes visitámos lugares onde anteriormente tínhamos estado e quando lá chegamos, tudo parece diferente daquilo que pensávamos ser?
Ou quando confrontamos as nossas lembranças de criança, em que o tamanho passa a ser uma questão evidente? As casas eram grandes, as árvores eram mais altas e assim por diante.
Ou por exemplo as memórias que temos de pessoas que afinal nunca foram como nos lembramos? Temos a tendência de enfatizar as boas características das pessoas que gostamos e minimizar os seus defeitos e vice-versa.
A comunidade científica está agora a chegar à conclusão de que o nosso cérebro é uma estrutura evolutiva que se molda à medida que vamos tendo as nossas experiências - e não só o cérebro se molda, como também as memórias que ele contém.
Quanto mais vezes nos lembramos de algo, maior é a probabilidade dessas memórias serem alteradas, de forma indelével ou até mesmo de forma considerável.
Não é por acaso que os psicólogos usam já há muito tempo este método para lidar com traumas ocultos – Recordar, como método de moldar as memórias e torná-las mais suaves.
Posto isto, não será válido questionarmo-nos se as nossas memórias serão realmente verdadeiras?
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Contruir Grafite ou Diamantes?
A mesma diferença que distingue o diamante da grafite está patente na rede social que construímos à nossa volta.
Tem tudo a ver com a forma como os átomos de carbono se arranjam.
No Diamante são ligações de força igual em todas as direcções.
Nas redes sociais que construimos à nossa volta passa-se exactamente o mesmo.
A estrutura social onde nos inserimos, resultado daquilo que construímos à nossa volta, reflete o valor que temos como um todo - Aquilo que nós somos, representado em quem nos rodeia.
Se simplesmente consumirmos, as ligações rompem-se.
Se só dermos, as ligações não solidificam.
Há que encontrar o equilíbrio para que no final "O todo seja mais do que a soma das partes".
Convido-te a ver este vídeo:
Tem tudo a ver com a forma como os átomos de carbono se arranjam.
No Diamante são ligações de força igual em todas as direcções.
Nas redes sociais que construimos à nossa volta passa-se exactamente o mesmo.
A estrutura social onde nos inserimos, resultado daquilo que construímos à nossa volta, reflete o valor que temos como um todo - Aquilo que nós somos, representado em quem nos rodeia.
Se simplesmente consumirmos, as ligações rompem-se.
Se só dermos, as ligações não solidificam.
Há que encontrar o equilíbrio para que no final "O todo seja mais do que a soma das partes".
Convido-te a ver este vídeo:
terça-feira, 11 de maio de 2010
Força da Natureza
Intenção ou Propósito, Determinação ou Atitude.
Os chineses chamam-lhe Yi.
É tão simples e só, aquilo que nos faz mover.
Aquilo que mexe as nossas pernas, as nossas células, o nosso Pensamento.
À falta dela, resta-nos morrer.
À arte sábia de manter o Yi vivo e renovado chamamos Força da Natureza.
Os chineses chamam-lhe Yi.
É tão simples e só, aquilo que nos faz mover.
Aquilo que mexe as nossas pernas, as nossas células, o nosso Pensamento.
À falta dela, resta-nos morrer.
À arte sábia de manter o Yi vivo e renovado chamamos Força da Natureza.
Guerreiros de Luz
Dormem como anjos.
Descansam em Paz e Harmonia.
Eu olho para vocês e percebo - Coube-me a mim a tarefa de explicar-vos os Porquês.
Das coisas que não se compreendem.
Das coisas que não se justificam.
Coube-me a mim dizer-vos porque é que o Mundo não é na verdade aquele onde descansam neste momento.
De que forma posso eu explicar-vos todas estas coisas sem vos endurecer.
De que forma podes manter-vos assim, doces e puros e ao mesmo tempo tornar-vos Guerreiros.
A Antítese do duro e suave - Do forte e do doce.
Coube-me a mim ajudar-vos a descobrirem quem são.
Descansam em Paz e Harmonia.
Eu olho para vocês e percebo - Coube-me a mim a tarefa de explicar-vos os Porquês.
Das coisas que não se compreendem.
Das coisas que não se justificam.
Coube-me a mim dizer-vos porque é que o Mundo não é na verdade aquele onde descansam neste momento.
De que forma posso eu explicar-vos todas estas coisas sem vos endurecer.
De que forma podes manter-vos assim, doces e puros e ao mesmo tempo tornar-vos Guerreiros.
A Antítese do duro e suave - Do forte e do doce.
Coube-me a mim ajudar-vos a descobrirem quem são.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Ganha um e ganha o outro
Ontem fiz uma surpresa a um Amigo.
Saltei por cima de ideias pré-concebidas e fiz-me à estrada.
Ainda pensei se faria sentido, mas foi por pouco tempo, porque realmente não havia que ter dúvidas.
A distância nunca é razão para deixar de abraçar, quando é preciso.
Depois da alegria que foi a experiência, ficou algo por resolver.
Há um neurónio lá no fundo do meu cérebro que se questiona e diz:
Não é isto tudo um falso altruísmo? Afinal esta “loucura” foi em prol de quem?
É válida a razão desta dúvida.
Na verdade, existe alguém mais importante na minha vida – Esse alguém sou EU.
E é por isso que confesso que não sei se o que grita mais alto será a forte amizade que tenho pelo meu Amigo, se a Paixão que tenho por uma Vida com sentido e significado.
É por isso que esse neurónio se questiona e com razão.
Porque apesar de saber o quão valiosa foi esta experiência para o meu Amigo, no fundo, no fundo, ela foi ainda mais preciosa para mim.
Saltei por cima de ideias pré-concebidas e fiz-me à estrada.
Ainda pensei se faria sentido, mas foi por pouco tempo, porque realmente não havia que ter dúvidas.
A distância nunca é razão para deixar de abraçar, quando é preciso.
Depois da alegria que foi a experiência, ficou algo por resolver.
Há um neurónio lá no fundo do meu cérebro que se questiona e diz:
Não é isto tudo um falso altruísmo? Afinal esta “loucura” foi em prol de quem?
É válida a razão desta dúvida.
Na verdade, existe alguém mais importante na minha vida – Esse alguém sou EU.
E é por isso que confesso que não sei se o que grita mais alto será a forte amizade que tenho pelo meu Amigo, se a Paixão que tenho por uma Vida com sentido e significado.
É por isso que esse neurónio se questiona e com razão.
Porque apesar de saber o quão valiosa foi esta experiência para o meu Amigo, no fundo, no fundo, ela foi ainda mais preciosa para mim.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Liderar vs comandar
Há alguns dias atrás publiquei um post denominado Anjos da noite.
Fala do efeito da criação de um "Movimento".
O vídeo que te convido agora a assistir deve ser visto como complemento do anterior.
Neste video falou-se do "Why", do "How" e do "What".
Atrevo-me a dizer que o "Why" é o Lider, o "How" o Contra-Cara, o Comandante, a "Eminência Parda" e o "What" é o Executor.
O Contra-Cara é que garante o efeito de difusão referido neste vídeo - é ele que faz com que se passe o tipping point dos 15-18%
O ponto onde quero chegar é que não há Lideres sem os seus Anjos da Noite, nem Anjos da Noite sem as pessoas que os suportam - cada um destes três papeis é crucial para o sucesso de qualquer empresa, negócio ou ideia.
Fala do efeito da criação de um "Movimento".
O vídeo que te convido agora a assistir deve ser visto como complemento do anterior.
Neste video falou-se do "Why", do "How" e do "What".
Atrevo-me a dizer que o "Why" é o Lider, o "How" o Contra-Cara, o Comandante, a "Eminência Parda" e o "What" é o Executor.
O Contra-Cara é que garante o efeito de difusão referido neste vídeo - é ele que faz com que se passe o tipping point dos 15-18%
O ponto onde quero chegar é que não há Lideres sem os seus Anjos da Noite, nem Anjos da Noite sem as pessoas que os suportam - cada um destes três papeis é crucial para o sucesso de qualquer empresa, negócio ou ideia.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Determinação e Atitude
Assisti recentemente a um combate entre Nate Marquardt vs Chael Sonnen
Podem procurar no Youtube - não é uma coisa recomendável para pessoas mais susceptíveis – é incómodo e perguntamo-nos até porque é que dois homens se submetem a esta situação.
Mas não é isso que quero realçar deste episódio.
Estou a referenciar este combate porque há lições a retirar, mesmo em situações como esta.
Nate Marquardt era o Favorito – uma autêntica parede de Força e Perícia– uma máquina de combate.
Chael Sonnen não estava à sua altura mas venceu e com muito mérito – venceu-o porque vestiu a pele de David defronte do Golias.
Chael teve a inteligência de trazer o “Touro” para a sua arena.
Fez aquilo que sabia fazer bem e dominou o combate mantendo o adversário na zona que mais dominava.
Não foi nada fácil – sofreu um impressionante corte na testa muito cedo e por duas vezes por pouco perdeu o combate por submissão - mas venceu e porquê?
Pela sua Determinação e Atitude.
Determinação e Atitude – vale a pena repetir.
Foi isso que eu vi e que quero realçar neste post.
O que eu vi foi um homem que, não fora o seu espírito determinado, teria sido cilindrado no momento zero.
Podem procurar no Youtube - não é uma coisa recomendável para pessoas mais susceptíveis – é incómodo e perguntamo-nos até porque é que dois homens se submetem a esta situação.
Mas não é isso que quero realçar deste episódio.
Estou a referenciar este combate porque há lições a retirar, mesmo em situações como esta.
Nate Marquardt era o Favorito – uma autêntica parede de Força e Perícia– uma máquina de combate.
Chael Sonnen não estava à sua altura mas venceu e com muito mérito – venceu-o porque vestiu a pele de David defronte do Golias.
Chael teve a inteligência de trazer o “Touro” para a sua arena.
Fez aquilo que sabia fazer bem e dominou o combate mantendo o adversário na zona que mais dominava.
Não foi nada fácil – sofreu um impressionante corte na testa muito cedo e por duas vezes por pouco perdeu o combate por submissão - mas venceu e porquê?
Pela sua Determinação e Atitude.
Determinação e Atitude – vale a pena repetir.
Foi isso que eu vi e que quero realçar neste post.
O que eu vi foi um homem que, não fora o seu espírito determinado, teria sido cilindrado no momento zero.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Olhar de Criança
Ao treinar contigo num destes dias encontrei algo surpreendente.
Encontrei uma alegria desmedida, uma intensidade que não esperava encontrar no teu olhar envelhecido por 70 anos de experiências.
Os teus olhos irradiavam hoje um fulgor e intensidade de uma criança de 4 anos.
Como se não houvesse mais nada à volta - apenas a experiência do momento.
Uma inocência infantil num corpo de adulto.
Encontrei-te, vivendo cada momento como se fosse o último e por momentos assustei-me.
Parecia que do teu corpo se esvaia a alma.
Parecia que estavas pronto.
Pensei que seria ali, diante de mim, que darias o salto. Partirias para não mais voltar.
E no entanto ficaste.
Mas eu percebi que tanto fazia - podia ser hoje ou num qualquer outro dia.
Já estás pronto.
Já fizeste o que vinhas para fazer.
Por isso estás assim, feliz como uma criança.
Encontrei uma alegria desmedida, uma intensidade que não esperava encontrar no teu olhar envelhecido por 70 anos de experiências.
Os teus olhos irradiavam hoje um fulgor e intensidade de uma criança de 4 anos.
Como se não houvesse mais nada à volta - apenas a experiência do momento.
Uma inocência infantil num corpo de adulto.
Encontrei-te, vivendo cada momento como se fosse o último e por momentos assustei-me.
Parecia que do teu corpo se esvaia a alma.
Parecia que estavas pronto.
Pensei que seria ali, diante de mim, que darias o salto. Partirias para não mais voltar.
E no entanto ficaste.
Mas eu percebi que tanto fazia - podia ser hoje ou num qualquer outro dia.
Já estás pronto.
Já fizeste o que vinhas para fazer.
Por isso estás assim, feliz como uma criança.
terça-feira, 13 de abril de 2010
Anjos da noite
O acto estratégico de transformar loucos solitários em líderes é o que faz a diferença entre criar Movimentos ou então ostracizar pessoas "diferentes" por incompreensão.
Manter a mente aberta para novas abordagens e perspectivas é o que nos permite encontrar pérolas no Oceano. Mas uma vez encontradas, é necessário alimentá-las e nutri-las.
Se olharmos para uma pega de caras numa Tourada (colocando de parte a polémica sobre o espectáculo em si), quem tem mais valor não é o Primeiro-Elemento. Para que a Pega seja concretizada, é o papel do Primeiro-Ajuda (ou também chamado Contra-Caras) que se revela crucial para que uma Pega seja bem sucedida.
É esse homem tantas vezes esquecido, que viabiliza a "loucura" do Primeiro-Elemento e a converte num acto heróico.
É o herói da sombra.
O braço-direito.
O anjo da noite.
Convido-te e ver o seguinte vídeo sobre estes valiosos Contra-Caras.
Manter a mente aberta para novas abordagens e perspectivas é o que nos permite encontrar pérolas no Oceano. Mas uma vez encontradas, é necessário alimentá-las e nutri-las.
Se olharmos para uma pega de caras numa Tourada (colocando de parte a polémica sobre o espectáculo em si), quem tem mais valor não é o Primeiro-Elemento. Para que a Pega seja concretizada, é o papel do Primeiro-Ajuda (ou também chamado Contra-Caras) que se revela crucial para que uma Pega seja bem sucedida.
É esse homem tantas vezes esquecido, que viabiliza a "loucura" do Primeiro-Elemento e a converte num acto heróico.
É o herói da sombra.
O braço-direito.
O anjo da noite.
Convido-te e ver o seguinte vídeo sobre estes valiosos Contra-Caras.
terça-feira, 23 de março de 2010
sexta-feira, 19 de março de 2010
Verdade antes de tempo
Há alguns dias atrás ouvia o Marcelo Rebelo de Sousa a falar da Manuela Ferreira Leite quando de repente algo que ele disse me fez todo o sentido: "Ter razão antes de tempo é muito difícil"
Eu vou um pouco mais longe e digo que: Ter razão antes de tempo é como estar errado.
Porque não basta ter apenas razão - há que evangelizá-la.
Conquistar pequenos pedaços de terra pouco a pouco até que a grande comunidade compreenda e entenda a racionalidade dos nossos argumentos.
Só nessa altura é que passamos a ter razão - Quando a nossa razão passa também a ser a razão dos outros.
Daí a importância em Saber comunicar.
Eu vou um pouco mais longe e digo que: Ter razão antes de tempo é como estar errado.
Porque não basta ter apenas razão - há que evangelizá-la.
Conquistar pequenos pedaços de terra pouco a pouco até que a grande comunidade compreenda e entenda a racionalidade dos nossos argumentos.
Só nessa altura é que passamos a ter razão - Quando a nossa razão passa também a ser a razão dos outros.
Daí a importância em Saber comunicar.
quinta-feira, 4 de março de 2010
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Felicidade vs Inteligência
Dir-se-ia que para ser feliz não é preciso ser muito Inteligente, que a felicidade é obra do acaso - Discordo.
Ser feliz para mim significa ser inteligente.
Ser capaz de se desapegar de egos e vaidades, de orgulhos e vinganças e conseguir relativizar.
Ser capaz de perceber que cada um está no seu processo evolutivo e que tudo são, com maior ou menor sucesso, formas de atingir diferentes estágios de Felicidade.
Felicidade significa sinal de Inteligência e quanto maior o nível de adversidade do ambiente que nos rodeia maior a Inteligencia demonstrada por quem consegue ser feliz.
Ser feliz para mim significa ser inteligente.
Ser capaz de se desapegar de egos e vaidades, de orgulhos e vinganças e conseguir relativizar.
Ser capaz de perceber que cada um está no seu processo evolutivo e que tudo são, com maior ou menor sucesso, formas de atingir diferentes estágios de Felicidade.
Felicidade significa sinal de Inteligência e quanto maior o nível de adversidade do ambiente que nos rodeia maior a Inteligencia demonstrada por quem consegue ser feliz.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Reflexos
Mandei-te um beijo à distância.
Tu, olhaste para mim, com um olhar de anjo.
Correste na minha direcção e ao aproximares-te de mim, estendeste as mãos tal qual mãe segurando o rosto do seu filho.
E de uma forma sublime ofereceste-me um beijo.
Fiquei sem palavras, minha filha, minha professora.
Tu, olhaste para mim, com um olhar de anjo.
Correste na minha direcção e ao aproximares-te de mim, estendeste as mãos tal qual mãe segurando o rosto do seu filho.
E de uma forma sublime ofereceste-me um beijo.
Fiquei sem palavras, minha filha, minha professora.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
O sinal da Maria
“Maria” (nome fictício) era uma adolescente que numa tarde de Sábado se virou para mim e para 2 amigos meus (na altura tínhamos à volta de 5 anos) e fez questão de nos mostrar um sinal que tinha na coxa, já numa zona considerada um tanto ou quanto privada – principalmente para quem tem 5 anos.
Na altura considerei tão despropositado que por alguma razão ficou gravado na minha mente – não por razões relacionadas com paixonetas platónicas mas simplesmente porque não estava à espera e considerei a situação caricata.
Estou a relatar este episódio porque hoje passei pela “Maria”, senhora respeitável com ar aristocrático que seguia de braço dado com o seu marido.
Teria sido no mínimo constrangedor se a tivesse abordado perguntando pelo tal sinal.
Ela não me reconheceu – eu era miúdo na altura.
Mas a verdade é que olhando para ela hoje, a imagem que me veio à memória foi a desse episódio estranho algures no final dos anos 70.
Fez-me refletir sobre o que são as nossas acções gravadas nas cabeças dos outros.
Fez-me pensar nas situações em que ouço os meus filhos repetir frases minhas com tal convicção como se de verdades absolutas se tratassem e ponderar na responsabilidade que tenho para com eles relativamente aos valores que lhes transmito.
Não creio que seja necessário entrar em paranóia e analisar meticulosamente todas as nossas acções antes de as realizar – não é disso que estou a falar.
O que quero dizer é que o que fazemos ou dizemos fica gravado na memória dos outros, por vezes de forma mais vincada do que na nossa própria memória.
Quantos de nós já se sentiram confrontados com a colossal diferença que existe entre aquilo que sabemos que somos e aquilo que os outros percepcionam de nós.
Isto tudo para dizer o que já foi dito por muitos outros – Somos responsáveis pelos nossos actos – pelas posições que assumimos e por aquilo que defendemos - e é isso que nos define.
Convém também dizer que cabe-nos ter maturidade para aceitar que as pessoas mudam e que neste caso a Maria será concerteza muito mais do que a Maria que há 30 anos atrás me mostrou um sinal na coxa.
Não obstante – há valores que persistem e vertentes da nossa personalidade que, solidificadas em tenra idade nos acompanham até ao fim dos nossos dias.
Para reflectir: Palavras lançadas ao vento invariavelmente retornam, em forma de bofetada ou de carícia – depende.
Na altura considerei tão despropositado que por alguma razão ficou gravado na minha mente – não por razões relacionadas com paixonetas platónicas mas simplesmente porque não estava à espera e considerei a situação caricata.
Estou a relatar este episódio porque hoje passei pela “Maria”, senhora respeitável com ar aristocrático que seguia de braço dado com o seu marido.
Teria sido no mínimo constrangedor se a tivesse abordado perguntando pelo tal sinal.
Ela não me reconheceu – eu era miúdo na altura.
Mas a verdade é que olhando para ela hoje, a imagem que me veio à memória foi a desse episódio estranho algures no final dos anos 70.
Fez-me refletir sobre o que são as nossas acções gravadas nas cabeças dos outros.
Fez-me pensar nas situações em que ouço os meus filhos repetir frases minhas com tal convicção como se de verdades absolutas se tratassem e ponderar na responsabilidade que tenho para com eles relativamente aos valores que lhes transmito.
Não creio que seja necessário entrar em paranóia e analisar meticulosamente todas as nossas acções antes de as realizar – não é disso que estou a falar.
O que quero dizer é que o que fazemos ou dizemos fica gravado na memória dos outros, por vezes de forma mais vincada do que na nossa própria memória.
Quantos de nós já se sentiram confrontados com a colossal diferença que existe entre aquilo que sabemos que somos e aquilo que os outros percepcionam de nós.
Isto tudo para dizer o que já foi dito por muitos outros – Somos responsáveis pelos nossos actos – pelas posições que assumimos e por aquilo que defendemos - e é isso que nos define.
Convém também dizer que cabe-nos ter maturidade para aceitar que as pessoas mudam e que neste caso a Maria será concerteza muito mais do que a Maria que há 30 anos atrás me mostrou um sinal na coxa.
Não obstante – há valores que persistem e vertentes da nossa personalidade que, solidificadas em tenra idade nos acompanham até ao fim dos nossos dias.
Para reflectir: Palavras lançadas ao vento invariavelmente retornam, em forma de bofetada ou de carícia – depende.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Aprender ou morrer
Parar de aprender é morrer.
Morrer significa incapacidade de aprender.
É comutativo.
Aprender significa fazer pontes de hidrogénio, libertar endorfinas.
É viciante - Quanto mais aprendes mais queres aprender.
Para quem conhece provas de esforço intensas, sabe identificar bem o momento do calafrio e da atenuação ou mesmo desaparecimento das dores musculares.
Parece que ligamos o turbo e ficamos com a sensação de que não há limites.
De uma forma mais subtil, é similar ao que acontece quando entendemos uma piada.
Sabe bem, sentimo-nos bem.
e aprender é o mesmo - faz-nos sentir vivos.
Morrer significa incapacidade de aprender.
É comutativo.
Aprender significa fazer pontes de hidrogénio, libertar endorfinas.
É viciante - Quanto mais aprendes mais queres aprender.
Para quem conhece provas de esforço intensas, sabe identificar bem o momento do calafrio e da atenuação ou mesmo desaparecimento das dores musculares.
Parece que ligamos o turbo e ficamos com a sensação de que não há limites.
De uma forma mais subtil, é similar ao que acontece quando entendemos uma piada.
Sabe bem, sentimo-nos bem.
e aprender é o mesmo - faz-nos sentir vivos.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
QR-Code (código de barras a 2 dimensões)
Para quem tem telemóvel com câmara fotográfica e acesso Internet:
Acede a http://www.i-nigma.mobi/ a partir do telemóvel para instalar o software e a partir desse momento o teu telemóvel passa a conseguir interpretar imagens como a seguinte, acedendo de imediato ao endereço de internet que a imagem representa.
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