The people you choose will make the person you are.
Saber escolher é uma arte que se aprende ao longo do tempo.
Na nossa vida há muitos tipos de interacções.
Pessoas que fazem tangentes e outras que fazem secantes,
Pessoas que marcam diâmetros.
Pessoas que vêm e pessoas que vão.
Ao escrever estas linhas lembro-me de um mar de gente com quem já tive o prazer de partilhar um, alguns ou muitos momentos.
Algumas delas provavelmente vão ler este post - e que bons momentos foram!
Mas o ponto que quero defender é que também há alturas em que temos que ter o discernimento de escolher Não Estar.
Por uma questão de auto-estima, há que saber excluir o que não é certo na nossa vida.
Praticar o bem, respeitar e ajudar, desde que isso não implique prejudicarmo-nos a nós próprios.
Parece pouco altruísta mas não é. Pelo contrário, é mais do que se pode imaginar, inclusivé para de quem nos devemos afastar.
Em tudo há uma lição.
Às vezes basta dar um tempo. Outras vezes não é suficiente.
No avião, se houver um acidente e formos ao lado de uma criança, as indicações são as de primeiro colocarmos a máscara a nós próprios e só depois colocar a máscara à criança.
A Madre Teresa de Calcutá não passava fome. E foi assim que conseguiu ajudar muitas mais pessoas do que se não tivesse tido o discernimento de se auto-preservar.
É um bom senso que quando levado a situações limites como é o caso de muitos dos episódios passados no Evereste, é encarado por quem não está lá a sofrer na pele, como pura crueldade.
Julgo que esta conclusão se aplica a determinadas personagens que cruzam o nosso caminho.
Temos que ter o discernimento de polidamente afastarmo-nos, por respeito ao valor que tem a nossa breve existência neste Mundo.
Existem momentos em que o tempo pára e dá lugar à inspiração. São Pensamentos, Sentimentos, Segredos. Como Repórter de "Momentos", publico aqui os segredos que tenho para ti .____________________(desde 05/12/2005)
terça-feira, 27 de março de 2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
Jovem promissor
Um ancião convida um jovem promissor para um almoço a dois.
Após 20 minutos de silêncio, o ancião pergunta:
- E então, não tens nada para me perguntar?
ao qual o jovem responde:
- Se é o silêncio que se propõe ensinar-me, é a serenidade do silêncio que aprenderei hoje.
Após 20 minutos de silêncio, o ancião pergunta:
- E então, não tens nada para me perguntar?
ao qual o jovem responde:
- Se é o silêncio que se propõe ensinar-me, é a serenidade do silêncio que aprenderei hoje.
sábado, 24 de março de 2012
Copos de sapos
Passaste hoje por mim ao almoço.
40 e picos, alto, encorpado, boa pinta.
Deixaste um aperto de mão e um sorriso de cumprimento ligeiramente apagado.
Não fora o facto de alguém já me ter dito em tempos que tinhas um problema com a bebida, e o assunto morreria aqui.
A verdade é que por uma ou outra piada fora de contexto, alguém desconfiou, alguém reparou no teu "à vontade" com a bebida.
E esse alguém colocou-te um etiqueta ao contar-me desses pormenores.
Sabes como são as etiquetas.. Uma vez colocadas, custam muito a sair.
Foi por isso que almocei olhando de esguelha para a tua mesa, tentando validar o que me haviam contado.
Foi grave e foi triste.
Deparei-me com um homem cheio de truques.
Bebias rápido para que não se visse vinho parado no teu copo.
Pedias uma garrafa de vinho de meio litro de cada vez, devolvendo sempre a anterior para não deixar acumulá-las na mesa.
Na mesa colocaste uma 7Up que tiveste o cuidado de pedir em primeiro lugar e colocaste junto ao teu copo.
As garrafas de vinho essas, iam sendo colocadas estrategicamente uma após outra, sempre junto ao copo de quem almoçava contigo - um qualquer personagem que não sentia a necessidade de manter a aparência e que eventualmente nem sequer se terá apercebido das tuas artimanhas.
Mas tu não.
Tu vives da imagem que projectas no espelho.
Tu vives num contrasenso, num dilema.
Afogado num vício nascido no seio de uma vida de agruras.
Cada copo de vinho que bebias não era mais do que um dos muitos sapos que que já tiveste que engolir. Talvez por uma educação rígida, talvez por falta de auto-estima. Não sei.
Sei que no meio disso, o álcool foi o único que te compreendeu e que te presenteou com o esquecimento, ainda que temporário, daquilo que não conseguiste aceitar. Foi o analgésico.
No final da refeição os teus olhos eram agora mortiços, anestesiados.
A dor tinha passado, mais uma vez, por agora.
Vejo-te só, sabes?
Perdido nas tuas angústias.
Deambulando no meio da multidão, aos encontrões contra os outros.
Ao ver-te pensei para comigo quantos sapos, em formato de palavras por dizer, já eu próprio engoli na minha vida e quantos deles já consegui entretanto recusar.
Deste-me força para continuar a crescer.
Ensinaste-me mais uma vez que um Homem quando está só, verga primeiro por dentro, e só depois por fora.
Mais uma vez pude crescer não na minha pele, mas sim na dos outros. Dos mestres.
Sabes,
Observar tem sido para mim uma fonte de riqueza,
Uma Fortuna.
Ouvir, acima de tudo, e incorporar.
Vou deixar-te uma semente num dia destes, como forma de agradecimento.
Uma ou duas palavras certas que talvez consigam encontrar terreno fértil dentro do teu coração, para que deixes de uma vez por todas de olhar para o alcool e comeces a abraçar a tribo que te rodeia.
São eles que te vão salvar.
São eles o mapa que precisas para te reencontrares.
Até breve.
40 e picos, alto, encorpado, boa pinta.
Deixaste um aperto de mão e um sorriso de cumprimento ligeiramente apagado.
Não fora o facto de alguém já me ter dito em tempos que tinhas um problema com a bebida, e o assunto morreria aqui.
A verdade é que por uma ou outra piada fora de contexto, alguém desconfiou, alguém reparou no teu "à vontade" com a bebida.
E esse alguém colocou-te um etiqueta ao contar-me desses pormenores.
Sabes como são as etiquetas.. Uma vez colocadas, custam muito a sair.
Foi por isso que almocei olhando de esguelha para a tua mesa, tentando validar o que me haviam contado.
Foi grave e foi triste.
Deparei-me com um homem cheio de truques.
Bebias rápido para que não se visse vinho parado no teu copo.
Pedias uma garrafa de vinho de meio litro de cada vez, devolvendo sempre a anterior para não deixar acumulá-las na mesa.
Na mesa colocaste uma 7Up que tiveste o cuidado de pedir em primeiro lugar e colocaste junto ao teu copo.
As garrafas de vinho essas, iam sendo colocadas estrategicamente uma após outra, sempre junto ao copo de quem almoçava contigo - um qualquer personagem que não sentia a necessidade de manter a aparência e que eventualmente nem sequer se terá apercebido das tuas artimanhas.
Mas tu não.
Tu vives da imagem que projectas no espelho.
Tu vives num contrasenso, num dilema.
Afogado num vício nascido no seio de uma vida de agruras.
Cada copo de vinho que bebias não era mais do que um dos muitos sapos que que já tiveste que engolir. Talvez por uma educação rígida, talvez por falta de auto-estima. Não sei.
Sei que no meio disso, o álcool foi o único que te compreendeu e que te presenteou com o esquecimento, ainda que temporário, daquilo que não conseguiste aceitar. Foi o analgésico.
No final da refeição os teus olhos eram agora mortiços, anestesiados.
A dor tinha passado, mais uma vez, por agora.
Vejo-te só, sabes?
Perdido nas tuas angústias.
Deambulando no meio da multidão, aos encontrões contra os outros.
Ao ver-te pensei para comigo quantos sapos, em formato de palavras por dizer, já eu próprio engoli na minha vida e quantos deles já consegui entretanto recusar.
Deste-me força para continuar a crescer.
Ensinaste-me mais uma vez que um Homem quando está só, verga primeiro por dentro, e só depois por fora.
Mais uma vez pude crescer não na minha pele, mas sim na dos outros. Dos mestres.
Sabes,
Observar tem sido para mim uma fonte de riqueza,
Uma Fortuna.
Ouvir, acima de tudo, e incorporar.
Vou deixar-te uma semente num dia destes, como forma de agradecimento.
Uma ou duas palavras certas que talvez consigam encontrar terreno fértil dentro do teu coração, para que deixes de uma vez por todas de olhar para o alcool e comeces a abraçar a tribo que te rodeia.
São eles que te vão salvar.
São eles o mapa que precisas para te reencontrares.
Até breve.
sexta-feira, 9 de março de 2012
Lufada de ar fresco
Vivemos num Mundo onde a Verdade assusta, gera desconfiança, desconforto.
Seria natural que isso fosse aplicável à Mentira, mas afinal não.
Vivemos num estado de alerta constante onde o Verdadeiro é que surpreende e é afinal a lufada de ar fresco.
Podemos ser essa lufada de ar fresco.
Podemos não ter receio de ser diferentes.
Podemos orgulhosamente levantar o queixo e sermos nós próprios.
Sem receio de aprovação,
Sem necessidade de imitação.
Podemos simplesmente abrir a boca e falar.
Comunicar ao Mundo o que somos, sem medos.
Logo após o nascimento, iniciamos uma aventura onde aprendemos a seguir os passos dos nossos progenitores, numa busca de pertença. Crescemos mas a necessidade de pertença mantêm-se e talvez seja essa necessidade de pertença mal interpretada que nos leva a querer ser como a média, quando na realidade, em fase adulta, há que florescer.
Por isso, o medo que nos prende de sermos nós próprios, reside em todos nós.
Quando alguém transpõe essa barreira imaginária, mostra-nos que afinal não é o fim do Mundo - é só o princípio.
Ser próprio é ser original, ver as coisas de outro prisma, explorar, visionar e inspirar.
Seria natural que isso fosse aplicável à Mentira, mas afinal não.
Vivemos num estado de alerta constante onde o Verdadeiro é que surpreende e é afinal a lufada de ar fresco.
Podemos ser essa lufada de ar fresco.
Podemos não ter receio de ser diferentes.
Podemos orgulhosamente levantar o queixo e sermos nós próprios.
Sem receio de aprovação,
Sem necessidade de imitação.
Podemos simplesmente abrir a boca e falar.
Comunicar ao Mundo o que somos, sem medos.
Logo após o nascimento, iniciamos uma aventura onde aprendemos a seguir os passos dos nossos progenitores, numa busca de pertença. Crescemos mas a necessidade de pertença mantêm-se e talvez seja essa necessidade de pertença mal interpretada que nos leva a querer ser como a média, quando na realidade, em fase adulta, há que florescer.
Por isso, o medo que nos prende de sermos nós próprios, reside em todos nós.
Quando alguém transpõe essa barreira imaginária, mostra-nos que afinal não é o fim do Mundo - é só o princípio.
Ser próprio é ser original, ver as coisas de outro prisma, explorar, visionar e inspirar.
Mission statement 2.0
Não tenhas medo de ser um outlier. Ser diferente da maioria significa estar atento à diferença e saber para si mesmo o que é essa diferença. Significa ser mais seguro das suas convicções. Significa questionar-se. Significa ter identidade.
Quando achas que já estás confortável, está na altura de dares o passo seguinte e avançares para o 2.0
Quando achas que já estás confortável, está na altura de dares o passo seguinte e avançares para o 2.0
sexta-feira, 2 de março de 2012
A beleza como forma de insulto
Cruzei-me hoje com uma Barbie.
“Sou gira portanto olha para mim”
Senti pena.
Esta Barbie fez parar a porta do elevador com uma suposta legitimidade apenas porque é bonita, segundo os padrões genéricos de beleza ocidental feminina.
Não demorou mais do que 5 segundos é certo, mas a forma como o fez, deu-me vontade de gritar.
Quanto tempo mais teria eu que esperar pelo seu egocentrismo.
Foram só 5 segundos – não deu tempo para ripostar, não seria próprio.
Mas a verdade é que vi nos seus olhos, na sua linguagem corporal algo que me incomodou profundamente.
Foi a sua postura autoritária, insultuosa e terrivelmente feia.
Confesso que dentro de mim há algo que se insurge quando sou confrontado com este estereótipo de que um Homem pode ser manipulado pela beleza exterior da Mulher.
É um insulto à inteligência.
Por outro lado preocupa-me o que vai na cabeça da Barbie porque, quem é que ela irá encontrar que consiga respeitar?
Já ouvi falar deste síndrome antes. Aprisionada num corpo de sonho.
Fico sem saber o que é pior.
Nascer por detrás de uma cara lindíssima ou por detrás de uma cara horrível.
Por alguma razão as pessoas menos atraentes são sempre mais afáveis. São compelidas a crescer. As outras têm que ter mais atenção.
“Sou gira portanto olha para mim”
Senti pena.
Esta Barbie fez parar a porta do elevador com uma suposta legitimidade apenas porque é bonita, segundo os padrões genéricos de beleza ocidental feminina.
Não demorou mais do que 5 segundos é certo, mas a forma como o fez, deu-me vontade de gritar.
Quanto tempo mais teria eu que esperar pelo seu egocentrismo.
Foram só 5 segundos – não deu tempo para ripostar, não seria próprio.
Mas a verdade é que vi nos seus olhos, na sua linguagem corporal algo que me incomodou profundamente.
Foi a sua postura autoritária, insultuosa e terrivelmente feia.
Confesso que dentro de mim há algo que se insurge quando sou confrontado com este estereótipo de que um Homem pode ser manipulado pela beleza exterior da Mulher.
É um insulto à inteligência.
Por outro lado preocupa-me o que vai na cabeça da Barbie porque, quem é que ela irá encontrar que consiga respeitar?
Já ouvi falar deste síndrome antes. Aprisionada num corpo de sonho.
Fico sem saber o que é pior.
Nascer por detrás de uma cara lindíssima ou por detrás de uma cara horrível.
Por alguma razão as pessoas menos atraentes são sempre mais afáveis. São compelidas a crescer. As outras têm que ter mais atenção.
quinta-feira, 1 de março de 2012
Evolução incremental
Acredito que posturas incrementais são sempre mais eficazes do que posturas radicais.
Seja no desenvolvimento pessoal, na inovação ou no desempenho profissional.
No fundo, no evoluir como um todo.
Radicalizar significa rejeitar o que está para trás de forma indiscriminada.
Significa começar do zero - reinventar a roda.
Sob o falso argumento de que "mais vale cortar o mal pela raiz", deitamos fora tudo - o Bom e o Mau.
Não sou contra dois passos atrás para depois dar um para a frente.
Sou contra o radicalismo, até porque numa perspectiva Darwinista, tudo é incremental.
Respeitemos o trabalho feito antes de nós.
Nem o Bom nem o Mau não são de se deitar fora.
Cada um deve ser incorporado de forma diferente.
O Bom deve-se potenciar, reaproveitar e desenvolver.
O Mau deve-se estudar, e com ele aprender a não cometer os mesmos erros.
Por isso reafirmo, Incrementar em vez de Reinventar.
Parar, Escutar e Avançar.
Seja no desenvolvimento pessoal, na inovação ou no desempenho profissional.
No fundo, no evoluir como um todo.
Radicalizar significa rejeitar o que está para trás de forma indiscriminada.
Significa começar do zero - reinventar a roda.
Sob o falso argumento de que "mais vale cortar o mal pela raiz", deitamos fora tudo - o Bom e o Mau.
Não sou contra dois passos atrás para depois dar um para a frente.
Sou contra o radicalismo, até porque numa perspectiva Darwinista, tudo é incremental.
Respeitemos o trabalho feito antes de nós.
Nem o Bom nem o Mau não são de se deitar fora.
Cada um deve ser incorporado de forma diferente.
O Bom deve-se potenciar, reaproveitar e desenvolver.
O Mau deve-se estudar, e com ele aprender a não cometer os mesmos erros.
Por isso reafirmo, Incrementar em vez de Reinventar.
Parar, Escutar e Avançar.
Puzzle
Um momento é quanto basta para deixares na minha casa a tua marca, a tua assinatura.
O respeito que tenho por ti faz com que passes a fazer parte do meu puzzle.
És o irmão ou a irmã, que por conta de um olhar, de agora em diante mora em mim.
O respeito que tenho por ti faz com que passes a fazer parte do meu puzzle.
És o irmão ou a irmã, que por conta de um olhar, de agora em diante mora em mim.
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