Existem momentos em que o tempo pára e dá lugar à inspiração. São Pensamentos, Sentimentos, Segredos. Como Repórter de "Momentos", publico aqui os segredos que tenho para ti .____________________(desde 05/12/2005)
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Viagem
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Conected
Estar ligado à Internet traz-nos já hoje em dia, coisas surpreendentes como por exemplo:
1) Ter o smartphone a avisar-nos que se sair dentro de 3 minutos, ainda consigo chegar a tempo à próxima reunião (indicando inclusivamente qual o caminho a tomar).
2) Receber uma notificação de que um dos meus filhos acabou de sair da área geográfica que eu defini para ele, durante esta tarde.
Não é ficção científica, é a realidade – hoje: 2014.
E grátis, o que torna a coisa ainda mais “Assustadora”.
Uma pessoa, um smartphone - O chip vem a caminho.
Digo “Assustador” no sentido em que acho que muitas pessoas não estão cientes destes avanços e respectivas consequências.
No mesmo sentido “Assustador” que seria dizer a uma pessoa em 1990 que passaria a estar sempre contactável.
Em boa verdade hoje em dia já não podemos viver sem o telemóvel.
Até podemos dizer que conseguimos, mas se pensarmos bem, é difícil.
Haverá sempre alguém que reclame connosco pelo simples facto de termos o telefone desligado.
Estar ligado é agora o novo normal.
E qual é a contrapartida destas evoluções? Na verdade este nível de sofisticação não é grátis.
Tem um custo.
Neste caso pagamos com a nossa falta de privacidade.
Não só com a nossa mas também com a falta de privacidade das pessoas com quem nos relacionamos, por meio das aplicações que utilizamos para comunicar.
Actualmente ainda existem silos onde a privacidade é garantida, mas a pergunta é até quando?
Até quando, se sabemos que são invariavelmente os próprios cidadãos os primeiros a abdicar da dita privacidade, por meio de uma qualquer trivialidade, seja o simples formulário para ter descontos no supermercado ou a instalação do jogo grátis que de repente passa a ter a nossa localização GPS e o acesso a todos os nossos contactos (o jogo "pássaros zangados” diz alguma coisa?).
Talvez daqui a meia dúzia de anos a privacidade passe a ser simplesmente uma palavra, um mito, uma coisa qualquer que já não existe mais.
Talvez essa palavra até venha a ser retirada dos dicionários lá para 2040 – Quiçá?
Os nosso netos vão dizer:
• “Priva quê?”
• “Uma cidade privada avô? Um condomínio fechado?”
Dizia-me no outro dia um vendedor ambulante:
“Em 2000 eu tinha 40 anos e disse cá para comigo: Os computadores já não são para mim. Como eu estava enganado!”.
E continuou:
“Hoje sinto-me um analfabeto e ainda tenho muitos anos de vida pela frente. Não sei o que fazer, já não consigo aprender.”
Estar ligado (e por consequência exposto), é quase um requisito para não ficar para trás,
Para não ficar obsoleto. Para não perder o barco.
Mas até quando podemos tomar a decisão livre de desligar? Será que ainda é uma opção?
E será que foram estes os dilemas que estiveram na base da cultura “Amish“? Se assim foi, diria que agora compreendo (pelo menos em parte) porque é que meia dúzia de suíços decidiu radicalizar-se há 300 anos atrás.
Pela parte que me toca, amanhã, novo post.
Acredito na tecnologia e considero que as vantagens ainda conseguem superar as desvantagens.
Continuo ligado, mas ao mesmo tempo cada vez mais ciente do que estou a dar em troca.
Até já.
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Homem invisível
terça-feira, 6 de maio de 2014
Tudo ou Nada
Nada, em Tudo se converte
Mas do Tudo, nada nascerá.
Nem mesmo, o Nada.
Para, o Tudo ao Nada chegar,
Por terra estéril, terá que deambular.
Porque o Tudo de nada vale.
Quando é frio de necessidades
e paralisado de vontades.
Tal como a um bloco de gelo,
Ao Tudo, impõe-se o picador.
A ruptura que traz o Tudo
de novo ao estado,
líquido.
Nesse estado,
o Tudo encontra o fino equilíbrio de trapezista,
O balanço entre a estrutura e a flexibilidade.
O ponto de fervura no qual da água, brota a Vida.
Deixar
Purificar é olhar em frente
Limpar é estar presente.
Se o ausente cresce em ditador,
O presente liberta em dor.
O espaço não se concretiza.
E o tempo não germina.
Ser, significa voar.
Amar, significa deixar.