Para quem supostamente não gostava de gatos, aqui estou eu hoje a escrever este post de gato ao colo.
E que bem que se está na companhia deste novo amigo adoptado.
Nada acaba por ser o que pensamos. Talvez porque também nós nunca somos iguais, em momentos distintos.
É assim que se apresenta irónico este Tempo que teima em mostrar-nos com a sua passagem que por vezes quem mais achamos serem diferentes de nós, são na realidade quem mais se assemelham.
Que ironia torpe é esta que nos demonstra o quão diferente por vezes somos, daquilo que achamos ser perante os olhos dos outros?
Que injustiça é esta em mostrar-nos que somos sempre menos daquilo que podemos ser?
Que malvadez é esta em sermos capazes de ver para além do horizonte?
Que fortuna insólita é esta de nos calharem sempre os desafios mais difíceis?
É na realidade uma Fortuna - uma Sorte ou um Destino.
Na verdade, nada do que nos cai na palma das mãos é maior do que o que elas podem agarrar.
Nada do que nos esmaga é mais pesado do que aquilo que podemos levantar.
Porquê?
Porque somos um acumular constante de experiências e de conhecimentos, e apenas quando estamos prontos, é que reparamos nos desafios que podemos enfrentar.
São os desafios "especiais" que nos surgem de uma maneira diferente e compramos como nossos.
Entranham-se nas nossas vidas e ideias como se já fizessem parte do que tinha que ser cumprido.
Quando damos conta, já estamos no jogo, perante o Grande Adamastor, prontos para desfazer as suas Tormentas.
A espera activa compensa sempre.
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