segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Relembrar, as tuas mãos.

As tuas mãos,

Trémulas e forradas com pele envelhecida.

Esguias e manchadas pelo passar dos tempos.


As tuas mãos,


Transbordando solidão,

Encharcadas em saudade.


Foi hoje,

Num inspirar e expirar profundo que percebeste que este Mundo ainda é teu.

Que voltaste a usar o sorriso que pertence a esse semblante, iluminado.


Foi hoje,

Neste gesto de Apoiar,

Neste dizer que te Ouço,

Que por entre olhares te fui dizendo que estava contigo, aqui, agora.


E foi por alguém te Ouvir que acordaste,

não sei se o que tu És,

se o que eu Sou.


Por breves momentos, fizeste-me entender que não sou eu que te venho ensinar,

És tu.


Tu,

Com esses olhos azuis de menina,


Foste tu que fizeste parar por momentos o meu relógio.

Que fizeste-me relembrar o que ainda tenho para aprender

até conseguir chegar ao brilho dos teus olhos, 

secretamente escondidos por debaixo..


 ..das Tuas Mãos.




quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O porteiro da discoteca

Existem restaurantes em Lisboa onde sou previsível.

 

Sítios que escolhi, não tanto pela comida mas acima de tudo pelo ambiente e pelo trato.

Sítios onde há pessoas especiais com brio naquilo que fazem.

Pessoas que não me conhecem, mas que estão atentas a padrões.

São Homens e Mulheres que guardam dentro de si, pedaços de mim.

 

E também há sítios que risquei do mapa,

Sítios onde estive uma única vez e para onde naturalmente não sinto vontade de retornar.

 

Basta um primeiro impacto, uma primeira linha, uma interacção com o “Porteiro da Discoteca”.

Quem me pergunta por esse lugares só tem uma resposta – Há outras opções.

 

A propósito de discotecas, fui barrado à porta de uma, há muitos anos atrás.

E ainda bem que assim foi.

Fez-me pensar.

 

Fez-me pensar na sensação de rejeição,

da não pertença,

da exclusão e desvalor.

 

Mais chocante ainda, provocada por alguém a quem não lhe reconheci qualquer legitimidade para o fazer – um perfeito desconhecido.

 

Vale a pena identificarmos os porteiros das nossas discotecas.

As barreiras que deixamos crescer.

Ontem pode ter sido um porteiro, amanhã pode ser uma mágoa.

 

Para evitar cairmos no ridículo de olhar ao espelho e pensar se o porteiro vai gostar da nossa roupa, mais vale focarmos a nossa atenção nos objectivos que queremos cumprir, não nos obstáculos.

 

A gerência pode mudar. Os objectivos, convém que não.



 



 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Um icebergue nunca vive só

Em alta competição aprende-se a dar valor ao seu semelhante, 
Mesmo que nenhuma palavra seja trocada.

Basta um olhar, um reconhecer mútuo. Um respeito, Adulto, amadurecido.

Nessa arena onde são poucos os adversários à altura, um bom adversário é o melhor professor que se pode encontrar. 
Por isso desenvolve-se uma espécie de pacto, de efeito tribal, de irmandade - de simbiose.

A pergunta que hoje tenho para ti é se na tua "alta competição", no teu espaço de excelência, já encontraste os teus professores?
E se sim, pergunto se estás a prestar-lhes o devido respeito?


Esta reflexão trouxe-me à memória um período infeliz em 1898 em que durante quase 9 meses, 2 leões aterrorizaram uma zona de construção no Quénia. Talvez já tenhas ouvido falar.
Estes 2 leões foram imortalizados como os "Tsavo man-eaters".

Se excluirmos desta memória o triste facto de que supostamente 135 trabalhadores foram comidos por estes leões (mais tarde apurou-se que foram 35 ao todo), temos que admitir que eram 2 leões excelentes naquilo que faziam.

Isto para dizer que de certeza entre eles, no meio dos seus cérebros supostamente irracionais e mergulhados em instinto primário, acredito que observaram-se mutuamente, que souberam respeitar-se e aprender um com outro. 

Eram a elite do mundo dos leões. Os últimos que, durante algum tempo, ainda conseguiram contrariar a supremacia do super-predador do planeta Terra - o Homem.


Se tiverem curiosidade, um dos filmes onde foram retratados foi o "The ghost and the darkness" de 1996.


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Agora, não depois.

Num misto de antecipação e receio pressinto a chegada de mais uma prova

Num misto de insegurança e convicção digo-te que estou preparado.


Preparado para mostrar que sou capaz, naquilo que me quiseres colocar à prova.


Preparado para poder não estar à altura.

Preparado para aprender e quem sabe, surpreender-me.


Talvez seja impossível estar totalmente preparado.

Talvez porque se assim fosse, à partida já estaria a perder.


Eu é que escolhi este caminho, logo não há tempo a perder.


O aprender é agora, não depois.



Gaivota de nome, Fernão de espírito

Ontem foi dia de Tapada de Mafra.
Terminei o dia com o Fernão Capelo Gaivota, numa cópia velhinha, esquecida na estante da biblioteca.

Adormeço lentamente com o bater das suas asas e penso:
Que nos sonhos do Homem seja possível construir, por entre a imponência silenciosa do Bufo Real e a velocidade impetuosa do Falcão, o Caminho da verdade.

O Fernão diz que basta um pensamento. 
Será?


domingo, 24 de agosto de 2014

Pote de ouro

Um arco-íris não precisa nem de chuva nem de sol.
Um arco-íris só precisa de um pote de ouro para encontrar a razão da sua existência.


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Aqui - Agora

Eu não estou à espera.
Eu não estou a planear.

Não estou a chegar
Nem estou a ir.

Eu..estou aqui.

Novos e velhos

Conhecer um novo amigo é como iniciar uma nova viagem.
É uma nova esperança, um começar de novo.
Uma folha branca prestes a ser pintada.

Mas reencontrar um velho amigo.. é diferente.
É também uma oportunidade de escrever novas histórias, mas acima de tudo, é uma nova etapa, assente numa base já de si sólida, construída sobre respeito e confiança, que requer trabalho e tempo  para amadurecer.

De que vale iniciar novos livros se não levamos por diante as histórias já em curso?

Há livros que não prestam e mais vale deixar a meio, mas diria que são muito poucos.

A maior parte das histórias tem um final feliz.
Porque a história depende de ti - Porque fazes parte dela.


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Os palhaços do circo

A forma mais eficaz de acabar com os palhaços é deixando de ir ao circo. 

Há palhaços e palhaços, 

Há circos e circos.



segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A verdadeira selfie

Os momentos que marcam a tua vida não podem ser fotografados.
Porquê?
Porque estão demasiado ocupados a serem vividos.

Por isso, a verdadeira selfie não pode ser publicada. 
Porque ela não existe em formato imagem - Ela existe em formato memória.
Ela vive o presente, não o futuro do que devem pensar dela.

A verdadeira selfie não é dos outros, é de ti próprio.



Moeda de confiança

Diz o aprendiz:

Quando for grande quero ser rico!


Responde o sábio:

Serás rico quando te tornares um Homem de confiança. Quando mereceres crédito pelos teus actos.


..e depois disse-lhe para ir ver o "O mercador de Veneza".



sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O Homem Global

A troca de ideias não tem que ser um combate.


É importante ser capaz de encontrar dentro de nós a vulnerabilidade necessária à abertura de espaço, essencial ao crescimento.

É importante ser capaz de criar confiança e semear franqueza para que resulte um trabalho verdadeiramente estruturante.

 

De que servem discussões regadas de citações de grandes referências académicas quando o seu único objectivo é desequilibrar o adversário?

Não deveria a citação de um grande pensador ser utilizada como forma de acelerar consensos?

Porquê utilizar o nome destes homens e mulheres do passado para esconder a nossa própria dúvida, numa tentativa frustada de legitimar o nosso discurso?

 

As cortinas de fumo estão fora de moda.

A transparência e profundidade de pensamento são a nova tendência. 

 

Valoriza-se o pensamento crítico, capaz de não se assustar com títulos académicos ou referências a grandes pensadores. Capaz de demonstrar valor por si próprio, sem bengalas.


Procura-se a capacidade de reconhecer defeitos e de compreender os defeitos dos outros.

De perceber que os Grandes Conquistadores de outrora, colocados em grandes pedestais são, à luz da civilização de hoje, personagens questionáveis. E entender também que foram o melhor que acreditavam ser possível.


Mas hoje somos e estamos diferentes.

As fronteiras, as necessidades e as ambições evoluíram.


Hoje procuramos a capacidade de encontrar soluções cooperativas e rejeitamos o vazio de espírito de uma procura incessante em subjugar adversários (mesmo quando já não há mais adversários para subjugar).

 

Hoje procuramos a visão do Todo,

Hoje procuramos o "Homem Global".

 


quinta-feira, 7 de agosto de 2014

A pessoa dos bastidores

Esta é uma palestra do Homem por detrás da famosa carta "Pleasure or Pain" que andou a circular pelos alunos de Stanford em 1989 e que ainda hoje é passada de mão em mão.
Vale a pena ver o vídeo para descobrir como ele encontrou uma forma de combater os seus demónios. 
Faz-me lembrar uma citação de Epicurus que dizia que deves viver a tua vida como se alguém te observasse. esse alguém és tu próprio. 

http://youtu.be/-zdJ1ubvoXs

quinta-feira, 31 de julho de 2014

O ingrediente secreto

16 cozinheiros
4 livros de receitas, 
Um único ingrediente.


Portas de entrada

Dizem que os olhos são a porta da alma.
O que é que as mãos dizem de uma pessoa?


Afectos

Será justo estereotipar a importância que um abraço tem na vida de uma pessoa, pelo tamanho da sua mala ou carteira? 
Concerteza que não, mas não deixam de ser curiosas algumas coincidências.


Sense of self (EN)

When your senses don't make sense, you have to find sense in common sense.

When common sense doesn't make sense you have to return to the sense of true self.

That's where it all makes sense.



segunda-feira, 28 de julho de 2014

Profissão: Tradutor

Há que descobrir e trazer ao de cima a sabedoria que cada um de nós tem para partilhar.

Acender a sua chama, devagar e a seu tempo.

 

Uma palavra aqui. Um gesto acolá.

Sem pressas. Sem explosões.

Sem risco de perder a sua própria raíz.

 

Há que deixar cozinhar para apurar o sabor.

Esperar pelo momento certo da degustação.

 

Repara: Pregar para quem não escuta é como falar para quem não te entende. 

Partilhar não deve causar estranheza.

Partilhar deve ser fonte de curiosidade.

 

O conhecimento não tem apenas um lugar no espaço.

O conhecimento também tem espaço no tempo.




segunda-feira, 21 de julho de 2014

Tiro na luz

Temos uma necessidade inata de controlar as variáveis.

Porque queremos entender, porque queremos trazer a nós.


A vida ensina-nos a relatividade e a importância de saber colocar em perspectiva.

A perceber a dicotomia da formiga, na sua dimensão e fragilidade e ao mesmo tempo na sua força e impacto.


Aos poucos aprendemos a viver com o desconhecido.

A dar tiros no escuro.


Apercebi-me que não temos que encontrar sentido antes de escolher.

Mais correcto será escolher, entendendo o sentido da escolha.

A razão por detrás. O que explica quem somos.


Nessa altura seremos o que escolhemos.

Defenderemos com unhas e dentes a nossa causa. Nós próprios.


Paramos de dar tiros no escuro e 

Começamos a dar tiros na luz.



quarta-feira, 4 de junho de 2014

Imunidade

Na Idade Média a relação suserano-vassalo era comum. Hoje em dia esta relação mantém-se, mas em muitos casos mal interpretada. Em cada um destes papéis que remontam à Idade Média há prós e contras, direitos e deveres. Ao suserano cabe dar protecção, sustento e justiça. Ao vassalo cabe dar a força do trabalho e estabilidade da sua fidelidade. Tal como pares acção-reação, relações de simbiose ou de interesse mútuo, um não sobrevive sem o outro. Pares, cuja força é tanto maior quanto maior for o respeito e reeconhecimento mútuos. Um não é melhor que o outro até porque actualmente, num dia somos suserano, noutro vassalos. Num dia somo Pessoas, noutro Organizações. Diria que quem não entende esta dinâmica está condenado ao fracasso. Esta reflexão conduziu-me ao termo Imunidade. A Imunidade como palavra resultante de uma Unidade Imune. Valeria a pena uma análise etimológica mais profunda mas por agora serve o propósito. A palavra Imunidade inspira-me neste momento como a junção de duas propriedades necessárias a esta relação forte de suseranos e vassalos. Quando a orla exterior se quebrar, Quando Judas ceder por fraqueza e não por malícia, É preciso perdoar, envolver, partilhar e inspirar. É a obrigação do Suserano mostrar a razão porque merece desempenhar esse papel, É a oportunidade do Suserano inspirar com a força das suas convicções. É dever do Suserano restabelecer o equilíbrio. De dar protecção e primar pela justiça. Para que na manhã seguinte, façam o mesmo por ele. Não por obrigação, mas por respeito.

Uma pergunta pertinente

O que tens na tua mão? Ou melhor, o que foi colocado à tua disposição? e porquê? Se acreditares que estás numa missão, vale a pena perceber qual é essa missão.
Rick Warren não poderia tê-lo dito de melhor forma:

terça-feira, 3 de junho de 2014

A pergunta que falta

Qual é a pergunta pela qual realmente anseias?
Que ponte aguardas que te façam para finalmente percorreres aquele último quilómetro, tantas vezes adiado?
Que interruptor, para libertar a luz dentro de ti?




 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Viagem


Ao procurares pelo teu pecado e virtude originais, encontrarás as margens que regem o propósito da tua caminhada.


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Conected

Estar ligado à Internet traz-nos já hoje em dia, coisas surpreendentes como por exemplo:

1)      Ter o smartphone a avisar-nos que se sair dentro de 3 minutos, ainda consigo chegar a tempo à próxima reunião (indicando inclusivamente qual o caminho a tomar).

2)      Receber uma notificação de que um dos meus filhos acabou de sair da área geográfica que eu defini para ele, durante esta tarde.


Não é ficção científica, é a realidade – hoje: 2014.


E grátis, o que torna a coisa ainda mais “Assustadora”.

Uma pessoa, um smartphone - O chip vem a caminho.

Digo “Assustador” no sentido em que acho que muitas pessoas não estão cientes destes avanços e respectivas consequências.

No mesmo sentido “Assustador” que seria dizer a uma pessoa em 1990 que passaria a estar sempre contactável.


Em boa verdade hoje em dia já não podemos viver sem o telemóvel.

Até podemos dizer que conseguimos, mas se pensarmos bem, é difícil.

Haverá sempre alguém que reclame connosco pelo simples facto de termos o telefone desligado.

Estar ligado é agora o novo normal.


E qual é a contrapartida destas evoluções? Na verdade este nível de sofisticação não é grátis. 

Tem um custo.

Neste caso pagamos com a nossa falta de privacidade.

Não só com a nossa mas também com a falta de privacidade das pessoas com quem nos relacionamos, por meio das aplicações que utilizamos para comunicar.


Actualmente ainda existem silos onde a privacidade é garantida, mas a pergunta é até quando?

Até quando, se sabemos que são invariavelmente os próprios cidadãos os primeiros a abdicar da dita privacidade, por meio de uma qualquer trivialidade, seja o simples formulário para ter descontos no supermercado ou a instalação do jogo grátis que de repente passa a ter a nossa localização GPS e o acesso a todos os nossos contactos (o jogo "pássaros zangados” diz alguma coisa?).


Talvez daqui a meia dúzia de anos a privacidade passe a ser simplesmente uma palavra, um mito, uma coisa qualquer que já não existe mais.

Talvez essa palavra até venha a ser retirada dos dicionários lá para 2040 – Quiçá?

Os nosso netos vão dizer:

•       “Priva quê?”

•       “Uma cidade privada avô? Um condomínio fechado?”


Dizia-me no outro dia um vendedor ambulante:

“Em 2000 eu tinha 40 anos e disse cá para comigo: Os computadores já não são para mim. Como eu estava enganado!”.

E continuou:

“Hoje sinto-me um analfabeto e ainda tenho muitos anos de vida pela frente. Não sei o que fazer, já não consigo aprender.”


Estar ligado (e por consequência exposto), é quase um requisito para não ficar para trás,

Para não ficar obsoleto.  Para não perder o barco.


Mas até quando podemos tomar a decisão livre de desligar? Será que ainda é uma opção?

E será que foram estes os dilemas que estiveram na base da cultura “Amish“? Se assim foi, diria que agora compreendo (pelo menos em parte) porque é que meia dúzia de suíços decidiu radicalizar-se há 300 anos atrás.


Pela parte que me toca, amanhã, novo post.

Acredito na tecnologia e considero que as vantagens ainda conseguem superar as desvantagens.

Continuo ligado, mas ao mesmo tempo cada vez mais ciente do que estou a dar em troca.


Até já.




quarta-feira, 7 de maio de 2014

Homem invisível

Gosto de passear pelas ruas de Lisboa.
Em boa verdade tanto pode ser Lisboa como Turim, Reiquiavique, Atenas ou tantas outras por onde já   vagueei.

Fazem-me lembrar as caminhadas com o meu avô.
Gosto, pelas ruas, e sobretudo pelas pessoas.

Ao cruzar-me com desconhecidos, ouço pequenos pedaços de vida, 
Uma frase, uma reacção, um gesto.
E imagino cenários.
Sem pesos de contexto, como a melhor aproximação possível à raiz da espontaneidade.

Estas viagens espoletam reflexões e aprendizagens.

Tenho pena de uma coisa. 
De não ser invisível.

Sei que existem Universidades por esse Mundo fora que já estão a tratar disso, 
mas falta esperar mais um pouco.

Tenho a certeza de que quando as pessoas sabem que estão a ser observadas, criam camadas e nessas pessoas me incluo.
São níveis de protecção que escondem o nosso interior.

Ser invisível poderia ser a lente para uma viagem mais verdadeira, mais crua.

Mas não estaria eu a invadir a privacidade sem convite?
E não poderia também eu ser observado sem saber?

Estou certo de que já somos, só não sei até que ponto.

Ainda assim acho que é preciso amadurecermos para chegar a esse nível de transparência, que faz sentido se for mútua. 

De qualquer das formas, ser invisível também implicaria observar um Mundo que não é o meu
Observaria um Mundo só dos outros.

Ao não experimentar, não fazemos parte.
Se não fazemos parte, não faz sentido - Estamos cá para fazer parte.

Seríamos apenas uma sombra daquilo que podemos ser.

Posto isto, vou manter os meus passeios.
Procurar por pedaços de vidas, que são também pedaços da minha vida.