quarta-feira, 4 de junho de 2014

Imunidade

Na Idade Média a relação suserano-vassalo era comum. Hoje em dia esta relação mantém-se, mas em muitos casos mal interpretada. Em cada um destes papéis que remontam à Idade Média há prós e contras, direitos e deveres. Ao suserano cabe dar protecção, sustento e justiça. Ao vassalo cabe dar a força do trabalho e estabilidade da sua fidelidade. Tal como pares acção-reação, relações de simbiose ou de interesse mútuo, um não sobrevive sem o outro. Pares, cuja força é tanto maior quanto maior for o respeito e reeconhecimento mútuos. Um não é melhor que o outro até porque actualmente, num dia somos suserano, noutro vassalos. Num dia somo Pessoas, noutro Organizações. Diria que quem não entende esta dinâmica está condenado ao fracasso. Esta reflexão conduziu-me ao termo Imunidade. A Imunidade como palavra resultante de uma Unidade Imune. Valeria a pena uma análise etimológica mais profunda mas por agora serve o propósito. A palavra Imunidade inspira-me neste momento como a junção de duas propriedades necessárias a esta relação forte de suseranos e vassalos. Quando a orla exterior se quebrar, Quando Judas ceder por fraqueza e não por malícia, É preciso perdoar, envolver, partilhar e inspirar. É a obrigação do Suserano mostrar a razão porque merece desempenhar esse papel, É a oportunidade do Suserano inspirar com a força das suas convicções. É dever do Suserano restabelecer o equilíbrio. De dar protecção e primar pela justiça. Para que na manhã seguinte, façam o mesmo por ele. Não por obrigação, mas por respeito.

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