segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A estrela da inquietação

Olho para a Lua e imagino quantos antes de mim, terão olhado para ela, da mesma forma que eu, neste preciso momento.

Quantos, homens e mulheres, olharam da porta das suas cavernas, esmagados pelo tecto que se lhes abatia.

 

Quantos, cientistas e filósofos, terão perscrutado, ao longo de todos estes milénios, por entre as luzes da escuridão, a resposta e o significado para suas questões, e respectivas razões.

E quantos continuarão ainda, largos anos depois desta minha viagem, a fazer exactamente o mesmo.

 

A lua, essa mantêm-se a mesma.

Impávida.

Quase que complacente.

 

O que pensará ela de quem a vê?

Serão assim tão diferentes os olhos que a observam, ao longo de todos estes anos?

 

Até quando?

 

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