Diz-se que o Silêncio afasta,
Que cria vales sem eco.
Que congela,
E que para todo o sempre é o prenúncio do Fado.
Mas o Silêncio também pode aproximar.
Fundir e voltar a criar.
Em momentos em que as palavras não chegam para cumprir o seu propósito,
Em que o que há para dizer não tem forma de ser dito,
São os Silêncios que têm a capacidade de aproximar olhares, estados de alma e destinos.
Os Silêncios de curta distância são os que têm a incrível capacidade de desintegrar máscaras,
De quebrar barreiras,
E de forma subtil e simultaneamente indomável,
Trazer ao de cima o que de melhor podemos fazer de nós próprios.
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