Depois de se muito se cansar com a barulheira da discoteca, acaba por adormecer,
Ali,
Mesmo em cima da coluna,
no meio da pista.
Dorme profundamente,
Embalado nas batidas e indiferente ao tumulto em seu redor.
À medida que o sonho se instala, vai sacudindo e limpando do seu corpo os últimos actos reflexos, filhos de um som que já não é o seu.
As músicas deixaram ser sentidas e converteram-se tão somente num zumbido surdo e latente, que vive lá longe, no fundo da sala, do outro lado da porta.
Amanhã, um novo amanhecer, uma nova esperança.
Amanhã uma nova vontade de voltar a ouvir a música, pelo prazer da melodia.
De saborear as pautas, pelo sabor das notas.
Por tudo isto, fazer uma pausa é importante para não esquecer.
Para continuar a reconhecer nos olhares, a profundidade dos seus espaços.
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