Existe um perigoso terreno algures entre o Sonho e a Realidade.
É o pântano dos perdidos.
É a aldeia sem bússola,
O mar das sereias, ou a colina dos unicórnios.
É o Mundo por entre Mundos,
O Mundo por entre Imagens e Sensações.
O Mundo por encontrar, algures entre portas,
O Mundo da passagem,
É a linha que liga o ar do Céu à água do Oceano.
O ponto do Salto. O fim da prancha.
Mantermo-nos eternamente neste ponto, neste sítio, nesta passagem, é sermos estrangeiros na terra de ninguém.
Fracos e cheios de apegos.
Apegos sobre o que podemos perder, mas nunca tivémos,
com medo do que podemos encontrar, mas nunca teremos.
No dia em que te mostrarem a Porta, precisas estar pronto para entrar.
Precisas saber como dar o salto.
E Saber voar,
para saberes como voltar.
Porque aprender a sonhar de forma consciente, e saber voltar para concretizar os sonhos, é o segredo para criar espaço.
Espaço para que de novos sonhos surjam projectos e de novos projectos possam surgir mais sonhos,
no ciclo interminável da construção criativa.
(Texto inspirado na relação entre o "Hun" e o "Po" - dois termos presentes na antiga filosofia chinesa: ver http://en.wikipedia.org/wiki/Hun_and_po)
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