Hoje foi mais um daqueles dias em que fui presenteado por um momento onde senti a inspiração passar ao de leve perante os meus olhos.
Ali estava ela, no fundo do meu cérebro.
Aquela pequena "sensação" de um momento só, que como que sorri na minha direcção e ao mesmo tempo foge de mim quando a tento perceber.
Como se ao tentar interpretar esta "sensação" dando corpo ao que estou a viver sob a forma de linguagem verbal, estivesse simultaneamente com este verbalizar a fazer com que o "sentir" se escape por entre as mesmas palavras que o tentam definir.
Mas acho que consegui apanhar a ideia e verbalizá-la - foi à justa, mas aqui vai:
Naquele segundo senti o que é ser imortal.
Por magia, vindo não sei de onde nem como, inundou-me um "Sentimento de Imortalidade".
Num único par de segundos libertei-me das correntes enferrujadas do Tempo e vi-me assim, tal qual como sou.
Agora,
Sem antes nem depois,
Sem idade.
Sem juventude nem velhice
Senti-me naquele segundo apenas e só o Eu que eu sou.
Em tudo aquilo que sou.
Livre, sem Tempo.
e depois, logo de seguida, foi-se embora da mesma forma que veio este "Sentimento de Imortalidade".
Sim Tu!
"Sentimento de Imortalidade", espírito em mim, que ao ires, me acordaste de novo, de volta à Terra e à idade que tenho,
de volta a tudo o que isso significa.
De volta ao que foi antes de hoje e o que virá amanhã.
Foste, mas sei que voltarás.
Porque cada vez mais te entendo e reconheço quando em mim fazes acordar a consciência ainda que de forma breve,
ainda que de forma fugaz.
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