sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Dogmatismo

Quando olhamos para algo que nos é desconhecido, a primeira coisa que fazemos é enquadrá-lo em conceitos já adquiridos.


Dreads, betos, góticos, freaks, punks, diplomados, Informáticos, Operários, Professores, Políticos.
Estes são só alguns exemplos dos milhares de conceitos que temos dentro da nossa cabeça, cada um com com determinado grupo de características que se foram cimentando ao longo das nossas experiências.

O problema é que ao estereotipar, passamos a ouvir parte daquilo que a pessoa realmente diz - É como se colocássemos um filtro.

Ao decidimos que uma pessoa é de determinado género, grande parte do que ela diz parece-nos de repente estar de acordo com a nossa percepção.
(Já reparaste que sempre que decidimos comprar um determinado produto X, de repente todos à nossa volta já o têm?)

O nosso cérebro fica atento ao que lhe dizemos para ficar atento.

É isto que acontece com tudo à nossa volta e também com as pessoas que nos rodeiam.

Se dizemos na nossa cabeça que determinada pessoa é de determinada forma, então o que essa pessoa nos diz passa automaticamente a ser coincidente com a forma - A primeira impressão é importante por isso.

Digo isto sem querer chegar a extremismos, caso contrário estava a cair no próprio problema que estou aqui a identificar.

O ponto é que, se por um lado precisamos de balizar para entender, temos que ao mesmo tempo ter a preocupação de não balizar demasiado, caso contrário corremos o risco de perder a capacidade de compreender.

A propósito de compreensão, deixo-te um pequeno vídeo que fala sobre os dois lado da mesma moeda, ou neste caso, as duas mãos do mesmo corpo.


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