terça-feira, 11 de novembro de 2008

Deep into your eyes

Naquele instante como que entrei no teu olhar.
Sem pedir permissão. Assim de rompante, inesperado.

E percebi que arrombara as portas de um castelo de cartas.
Vi o teu espanto. Receio até, talvez.

Por me encontrar ali. Tão dentro. Tão imponente.

Confesso que foi sem querer.
Devo dizer que até nem sei como. Talvez sendo, apenas.

Mas a verdade é que mais assutador do que ver o teu olhar, foi eu gostar do que havia feito.

Foi gostar de te assustar.
De fazer tremer os teus pilares de barro. Ensinar-te.

E isso não é certo. Pelo menos desta forma.

Confúcio disse há 2500 anos aquilo que é hoje considerado como a base de todas as religiões.
"Não faças aos outros aquilo que não gostarias que te fizessem a ti."

Sim,
Porque de Terra sou feito e em última análise, de demasiado Barro.

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