segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A surpresa da realidade

Sai de casa já com saudades tuas.
Esperava ver-te mais logo.
Como um murro no estômago, foi-me dito que tinhas partido.
Seguiste mais um passo. Seguiste o teu rumo.
Afinal de contas é assim, o destino.

Fiquei revoltado. Apeteceu-me partir a mesa.
Zangado comigo mesmo. Porque fui eu que não estive contigo, quando podia.
E agora, quando mais me fazias falta, seguiste para outras paragens.
Faltas-me no abraço que tenho para ti, hoje a noite.
Mas sei que tenho que te deixar ir.
A tua vida não se cinge a beijos e abraços de manhã e à noite.
Não és o meu conforto. Tens o teu percurso e algures no caminho vamo-nos cruzando.

...

Neste momento a praia é bem mais apetecível que um dia em casa à espera do Pai para lhe dar um beijo.

Bom, não é o fim do Mundo.
Voltas daqui alguns dias - vê bem a dimensão do trabalho que tenho pela frente.

Não é fácil viver para ti e depois sem ti, e tudo isto com um sorriso nos lábios.

Relembras-me que eu devo viver a minha vida.
És o meu professor.

Dedicado ao papel de filho(a) desempenhado magistralmente pelas 3 fantásticas pessoas de quem eu sou Pai.

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