segunda-feira, 13 de abril de 2015

4 Homens perdidos

Quantas vezes almoçaste terminando com a sensação de disparates proferidos e preconceitos mal assumidos?
Quantas vezes cedeste a conversas perigosas ao ponto de teres vergonha de quem não és?

Quantas conversas perdidas? 
Quantas intrigas embarcadas?
Quantas mentiras aprovadas?
Quantas amizades queimadas?

Hoje almocei sozinho, junto a uma mesa de 4 cinquentões.

Foram muitos os disparates proferidos, sem qualquer sentido.
Parecia que nenhum deles queria aquela conversa, mas ao mesmo tempo e por força de sabe-se lá do quê,
por ali seguiram como que aprisionados uns aos outros.

A conversa não extravasou o perímetro da mesa em que se encontravam nem entornou para cima dos empregados de mesa que são a típica primeira linha e por isso não houve razão para intervir, mas fiquei com pena, de todos os quatro. 

São homens, pais, tios e maridos e não são concerteza o que demonstraram hoje, num qualquer restaurante de respeitoso das ruas de Lisboa,

Há quem diga que mais vale só que mal acompanhado.
Eu digo que mais vale uma boa companhia, do que solitariamente abandonado, embora aparentemente acompanhado.


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