terça-feira, 26 de agosto de 2014

Um icebergue nunca vive só

Em alta competição aprende-se a dar valor ao seu semelhante, 
Mesmo que nenhuma palavra seja trocada.

Basta um olhar, um reconhecer mútuo. Um respeito, Adulto, amadurecido.

Nessa arena onde são poucos os adversários à altura, um bom adversário é o melhor professor que se pode encontrar. 
Por isso desenvolve-se uma espécie de pacto, de efeito tribal, de irmandade - de simbiose.

A pergunta que hoje tenho para ti é se na tua "alta competição", no teu espaço de excelência, já encontraste os teus professores?
E se sim, pergunto se estás a prestar-lhes o devido respeito?


Esta reflexão trouxe-me à memória um período infeliz em 1898 em que durante quase 9 meses, 2 leões aterrorizaram uma zona de construção no Quénia. Talvez já tenhas ouvido falar.
Estes 2 leões foram imortalizados como os "Tsavo man-eaters".

Se excluirmos desta memória o triste facto de que supostamente 135 trabalhadores foram comidos por estes leões (mais tarde apurou-se que foram 35 ao todo), temos que admitir que eram 2 leões excelentes naquilo que faziam.

Isto para dizer que de certeza entre eles, no meio dos seus cérebros supostamente irracionais e mergulhados em instinto primário, acredito que observaram-se mutuamente, que souberam respeitar-se e aprender um com outro. 

Eram a elite do mundo dos leões. Os últimos que, durante algum tempo, ainda conseguiram contrariar a supremacia do super-predador do planeta Terra - o Homem.


Se tiverem curiosidade, um dos filmes onde foram retratados foi o "The ghost and the darkness" de 1996.


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