quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

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Existe um método de análise denominado o Quadrante Mágico da Gartner.
Desenhando 2 eixos ortogonais divide-se o plano em 4 áreas e a partir daí faz-se o rating das empresas de um determinado mercado, separando-as em "Leaders", "Challengers", "Visionaries" e "Niche players".

Ao fazer este exercício "genérico-táctico", lembrei-me que o ser humano começou por desenhar de forma plana, em apenas 2 eixos esquecendo o 3º eixo.

Olhei para o diagrama e pensei por momentos que também aqui havia a falta do 3º eixo.

Em cada suposto quadrante, transposto agora para 3 dimensões deixa de haver um simples plano, passando a haver um espaço também ele a 3 dimensões.

Passo a ilustrar:


Juntando apenas 1 dimensão, deixei de ter 4 simples quadrantes para tipificar as coisas, passando agora a ter 8 cubos cheios de hipóteses.
De repente, o rating cego e redutor das 4 áreas passa a ter muitas mais hipóteses para classificar o que quer que seja.
Muitas mais hipóteses significa poder olhar para um Mundo mais abrangente, muito mais justo e verdadeiro.

Fez-me lembrar o quão redutor é o preconceito e a tipificação simples e plana de uma mente tacanha.

Depois olhei de novo para o diagrama que tinha acabado de desenhar e pensei:
E se os eixos xyz deixassem eles próprios de ser parte de um plano e passassem a ser curvilíneos, como se fizessem parte dos contornos de uma esfera.

Então aí, os cubos recém-desenhados unir-se-iam no outro extremo de cada esfera com os cubos supostamente opostos.

Fez-me reflectir na abrangêngia do Círculo face ao Cubo ou o Plano. Simplesmente porque permite o reencontro de extremos.

Estas divagações levam-me a pensar que passei dos simples 4 quadrantes para 8 cubos , para o circulo completo adicionando apenas uma dimensão. E se agora juntasse mais uma? O que aconteceria?

Apenas para perceber que saber que nada sabemos é crucial para manter o caminho aberto a novas descobertas.
DEscobertas essas que por vezes surgem de um simples click ou de um conjunto retorcido de metáforas por entre eixos ortogonais, planos e sólidos geométricos.

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