sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O peixinho de aquário que pensava ser um Grande Estratega

Uma boa estratégia para um grande Estratega é circunscrever o âmbito do objecto.
E com isso o Estratega evolui.
No entanto, há sempre um aquário maior do que aquele onde este peixinho vive.
Há sempre um âmbito mais abrangente.

Isto a propósito da suspeita que veio agora a lume de que na realidade a razão por detrás do “Não” Irlandês ao Tratado de Lisboa está na Estratégia delineada pela CIA.
Uma verdadeira Teoria da Conspiração!
Leva-nos a pensar o que é que os Chefes de Governo na realidade governam.
Nada mais do que o seu aquariozito.

Mas isso até pode nem ser mau.
Maior abrangência de âmbito pode ser contraproducente do ponto de vista de produtividade.
Um pouco como as soluções que começam por ser objectivas mas a bem da racionalização de custos começam a ser cada vez mais e mais abrangentes – no final nada se faz na prática e o custo aumenta. Principalmente o custo de oportunidade.

Mudando de prisma e passando da Estratégia para a Felicidade reparem no parelelismo:
O exemplo do Butão. Um dos países onde o nível de felicidade do indivíduo é dos mais elevados. E no entanto, a abrangência da Liberdade de opção é relativamente reduzida..

Ou o exemplo do tubarão atrás de um cardume,

Neste caso e voltando à estratégia, a Estratégia do Cardume é dar tanta Liberdade de opção ao Tubarão que invariavelmente ele bloqueia e nada apanha.

Pior ainda – até pode apanhar algum mas como as opões eram tantas, ficará sempre a pensar que poderia conseguir melhor – porque tinha opções a mais.
E neste caso temos um tubarão infeliz por ter demasiada Liberdade, contrastando com um butanês feliz por ter Liberdade qb, ou mesmo um Chefe de Governo contente por reinar no seu Aquário.

Uma coisa é certa. A CIA não está a ter uma saída feliz.

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