sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Vencedores

Uma vida conjunta não é algo que se recebe, mas sim que se conquista.

As dificuldades transformam-se em vitórias e os Bons momentos, nos respectivos troféus.

Vejo esta foto e só consigo pensar em 2 atletas de fundo, a festejar a vitória.


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Ondas da rádio

Alturas há em que parece que uma massa de ondas de rádio nos atravessa a todos, e nos influencia.

Um pouco como a gravidade da Lua. 
Uma invisibilidade presente que não altera apenas as marés de humor.

As ondas de rádio a que me refiro são como mensagens que atravessam multidões ou sub-grupos delas, e as suas mensagens materializam-se espontaneamente na linguagem individual e preferida de cada um, seja ela música, pintura, dança, escrita ou outra qualquer outra forma de comunicação ou concretização.

É por isso é que quando vemos uma pessoa A e outra pessoa B em sítios diferentes dizendo coisas iguais é como se tudo estivesse em sintonia. 
É aquela sensação de que todos nos estão a dizer algo. 
O fio condutor a que já me referi em posts anteriores.

Qualquer meio de broadcasting tem este efeito - a televisão é um exemplo disso.
Vemos o mesmo, aprendemos o mesmo e comentamos o mesmo mas, tal como dizia Einstein, não podemos depois esperar que sejamos assim tão diferentes.

Mas as ondas de rádio de que falo não são de televisão nem são provenientes de um qualquer agente controlador dos media.

Podia pensar que seria algo que desce sobre todos nós. muitas religiões assim o afirmam.
Mas, e se for algo que ascende de todos nós, como uma consciência colectiva?

Coluna de som ou microfone?
Ouvinte ou locutor?
Inconsciente ou consciente? 
Passivo ou activo?

De que lado da equação queres estar?

Águas paradas são sempre sinal de doença ou prenúncio de morte.
A vida nasce e habita no movimento, no desequilíbrio, por isso se quiseres fazer algo com a tua, ficar parado não me parece ser a solução.

Alinha nas ondas de rádio.
Sintoniza-te!







Inocência vs dormência

Muitas vezes me pergunto até onde devo tentar ir, em evitar expor os meus filhos à violência dos dias de hoje.

Até que idade esconderei eu as imagens como de Guantánamo, da Síria ou do Iémen?
E durante quando tempo devo doseá-las?
E com que critério?

Onde fica a linha que separa o isolamento, da dormência provocada por imagens constantes de violência e injustiça com que nos bombardeiam os media.

Informação quanto baste, diria eu.

Até determinada altura talvez seja útil tentar criar algum distanciamento do mundo real preenchendo-o com formaçao de carácter. 
É o período do fortalecimento da raiz num ambiente de preferência, calmo e tranquilo.

Para que quando chegue a idade de marcar a diferença, a confrontação do que é afinal a Humanidade crie a faísca necessária para a criança já com força de Homem, se afirme então de forma determinante para tornar este Mundo melhor.




quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Casa cheia de amigos

Já tinha saudades de te escrever.

Lembrei-me hoje de ti e pensei que, agora que já passaram as férias, estivesse na altura de retomarmos as nossas pequenas conversas. 
Ou pelo menos as minhas letras desafiando as tuas reflexões.

Hoje foi dia de estar presente no funeral do Pai de um amigo para dar algum reconforto (dentro do que está ao meu alcance), e foi dia também de honrar em ausência e com um sorriso, a partida de uma Mulher que tive o prazer de conhecer.
Um ser humano que tudo o que quis para si foi conseguir espalhar sorrisos - Beatriz Quintella.
Sei que preferiu simplesmente ir sem flores nem espectáculos, por isso apenas um sorriso basta para honrar a sua viagem.

Estas duas partidas fizeram-me pensar no que é que eu próprio sou como pessoa. 
Sou um conjunto de milhares de pequenos Universos, cada um com a sua mensagem para desvendar.

Tal como matrioskas, 
sou cápsulas dentro de cápsulas.
Camadas dentro de camadas.

E às camadas mais interiores é natural que aceda cada vez menos gente.
Algumas existirão apenas só para mim. Só Eu tenho a chave.
E nalgumas ainda nem sequer tentei abrir a porta.

O desafio de crescer é o desafio de saber e querer criar e descobrir novos jardins interiores, cada vez mais profundos e cheios de sentido, de significado, de corpo e conteúdo.

Ser sábio é ser capaz de manter viva esta semente de criação e em simultâneo abrir cada vez mais as portas, deixando entrar em nossa casa quem nos merece e também quem de nós mais necessita.

Haverão sempre divisões só nossas, mas a nossa casa é uma grande mansão em constante expansão.
Nunca houve razão para viver lá sozinho.