Assisti ontem a um espectáculo degradante de um Pai que tentava ensinar o seu filho a ser guarda-redes.
Foi triste ver um homem a insultar o seu filho numa tentativa vã de transformá-lo num bom guarda-redes.
Para já este homem não merece ser chamado de "Pai" - talvez "pai" sem o P maiúsculo porque para mim, nesse momento, esse homem só era pai biológico - mais nada.
Para mim, nesse momento vi uma sombra de homem, revoltado com a sua vida e com a sua barriga que descarregava as suas frustrações no seu filho que por seu lado perdia a olhos vistos o seu gosto pelo futebol.
Fiquei sem saber quem era a criança e quem era o homem.
Em contraponto relembro o carácter do Pelicano.
O Pelicano é um animal que, quando não consegue alimento para seus filhotes, amamenta-os com o próprio sangue e carne.
Dá que pensar e dá também para perceber que toda a inteligência de um homem é colocada em causa quando confrontada com as raízes da sua Natureza.
Esta criança merecia aprender com o Pelicano.
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