A nossa vida pode ser vista como um acto continuo ou então como um conjunto desgarrado de flashes sagrados.
Gosto de observar multidões porque para mim representa a oportunidade de ter a visão discreta e descontínua de uma conjunto de vidas que aparentemente não tem nada a ver umas com as outras. Mas que afinal têm.
E por isso, olhar a multidão é para mim a a confirmação do continuo,do presente e do interrelacionado.
Cada pessoa, cada olhar, cada gesto, são aquilo que eu próprio percepciono da realidade que me rodeia e portanto, espelhos do que eu sou.
Tudo é sempre o Todo.
Cada um de nós é o criador da continuidade à sua volta.
Cada um de nós é o fio condutor que traz sentido a todas as experiências que vivência.
Ter a percepção dessa continuidade é como voltar a casa.
E para isso basta deixar que as dúvidas se diluam no exacto momento em que deixam de existir.
Basta relaxar a vista e baixar a guarda.
E nessa altura então,
permitir-se Ver os padrões que se desembrulham à nossa frente.
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