segunda-feira, 20 de junho de 2011

O poder do click

Na nossa cabeça construímos Mundos feitos com base em alicerces e pressupostos definidos.
Pressupostos e variáveis válidos no momento em que os passamos a considerar.

Mas a vida avança e mais à frente não nos lembramos que esses pressupostos podem talvez já não se aplicar.
A vida mudou, e os pressupostos e variáveis ficaram congelados no tempo.
Em vez de nos ajudarem a viver, passaram a ser a nossa prisão.

São as muralhas dentro das quais construímos a nossa vida que sem sabermos, podem desvanecer à distância de um pensamento.
Elas existem porque somos nós que as alimentamos. São o nosso conforto.
São aquilo que em tempos foi a nossa segurança e agora representam a nossa prisão.

Somos prisioneiros e carcereiros em simultâneo. Donos da chave da nossa cela.

O poder do click existe quando de repente, quando somos encostados ao limite, surge uma luz, uma inspiração, um rasgo de lucidez que nos leva a perceber que se calhar, alguns dos tais pressupostos e variáveis que tínhamos como fixos se calhar já não se aplicam e podem inclusivamente mudar.

É o dia, a hora, o minuto em que percebemos que as muralhas podem desvanecer como nevoeiro.
Afinal de contas, bastava um click.

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