Uma semente é depositada. Nem sei como, nem porquê.
Deixo-a crescer e germinar. Ao seu ritmo, à sua cadência.
Quando o momento é certo, o fruto nasce e de repente precipita-se.
Não há que esperar - é Agora. O fruto está maduro!
O processo criativo é isto. Saber dar tempo ao que precisa ser amadurecido.
Pode ser agora - Já. Pode ser depois.
É preciso estar atento e cuidar do jardim.
Terra nutrida nunca deu maus frutos.
Existem momentos em que o tempo pára e dá lugar à inspiração. São Pensamentos, Sentimentos, Segredos. Como Repórter de "Momentos", publico aqui os segredos que tenho para ti .____________________(desde 05/12/2005)
terça-feira, 28 de junho de 2011
Afinal de contas, somos iguais
Falámos, discutimos e existimos um com o outro, uma para o outro.
Houve um momento em que espaço foi criado entre nós.
E esse tempo fez com que algo se tornasse comum e igual entre nós.
Afinal de contas, vendo bem e por mais estranho que possa parecer, tu e eu somos iguais,
Iguais na discórdia ou iguais no consenso, mas somos iguais.
Houve um momento em que espaço foi criado entre nós.
E esse tempo fez com que algo se tornasse comum e igual entre nós.
Afinal de contas, vendo bem e por mais estranho que possa parecer, tu e eu somos iguais,
Iguais na discórdia ou iguais no consenso, mas somos iguais.
Camadas de abstracção
Ganhar idade nem sempre é ganhar sapiência.
Por entre camadas de abstracção que se acumulam, há sempre algo que se perde.
Porque não há tempo, porque não se digere, ou porque simplesmente se perde a vontade..
São os grãos de pimenta preta perdidos por entre fatias de fiambre.
Fiambre que deixa de ter riqueza e passa a ser simples fiambre, perdido numa sanduíche qualquer, para engolir à pressa.
Um nível de abstracção sobre o outro.
e outro e mais outro.
Quando damos por isso, nem reconhecemos os pormenores. Nem sabemos o que são…
Pormenor? O que é isso?
É aquilo nos dá o sabor, a cor e o calor da vida,
O aroma e a melodia da paixão.
..Desaprendemos em troca do Aprender.
Aprendemos a mover os dedos,
Com os dedos pegamos no papel,
No papel aprendemos a riscar,
Com riscos fazemos desenhos,
Com desenhos fazemos projectos,
E com projectos construímos Mundos!
Mas.... e os meus dedos? e o cheiro do papel? onde ficou? Quem o desaprendeu? Quem o não esqueceu?
Por entre camadas de abstracção que se acumulam, há sempre algo que se perde.
Porque não há tempo, porque não se digere, ou porque simplesmente se perde a vontade..
São os grãos de pimenta preta perdidos por entre fatias de fiambre.
Fiambre que deixa de ter riqueza e passa a ser simples fiambre, perdido numa sanduíche qualquer, para engolir à pressa.
Um nível de abstracção sobre o outro.
e outro e mais outro.
Quando damos por isso, nem reconhecemos os pormenores. Nem sabemos o que são…
Pormenor? O que é isso?
É aquilo nos dá o sabor, a cor e o calor da vida,
O aroma e a melodia da paixão.
..Desaprendemos em troca do Aprender.
Aprendemos a mover os dedos,
Com os dedos pegamos no papel,
No papel aprendemos a riscar,
Com riscos fazemos desenhos,
Com desenhos fazemos projectos,
E com projectos construímos Mundos!
Mas.... e os meus dedos? e o cheiro do papel? onde ficou? Quem o desaprendeu? Quem o não esqueceu?
segunda-feira, 20 de junho de 2011
O poder do click
Na nossa cabeça construímos Mundos feitos com base em alicerces e pressupostos definidos.
Pressupostos e variáveis válidos no momento em que os passamos a considerar.
Mas a vida avança e mais à frente não nos lembramos que esses pressupostos podem talvez já não se aplicar.
A vida mudou, e os pressupostos e variáveis ficaram congelados no tempo.
Em vez de nos ajudarem a viver, passaram a ser a nossa prisão.
São as muralhas dentro das quais construímos a nossa vida que sem sabermos, podem desvanecer à distância de um pensamento.
Elas existem porque somos nós que as alimentamos. São o nosso conforto.
São aquilo que em tempos foi a nossa segurança e agora representam a nossa prisão.
Somos prisioneiros e carcereiros em simultâneo. Donos da chave da nossa cela.
O poder do click existe quando de repente, quando somos encostados ao limite, surge uma luz, uma inspiração, um rasgo de lucidez que nos leva a perceber que se calhar, alguns dos tais pressupostos e variáveis que tínhamos como fixos se calhar já não se aplicam e podem inclusivamente mudar.
É o dia, a hora, o minuto em que percebemos que as muralhas podem desvanecer como nevoeiro.
Afinal de contas, bastava um click.
Pressupostos e variáveis válidos no momento em que os passamos a considerar.
Mas a vida avança e mais à frente não nos lembramos que esses pressupostos podem talvez já não se aplicar.
A vida mudou, e os pressupostos e variáveis ficaram congelados no tempo.
Em vez de nos ajudarem a viver, passaram a ser a nossa prisão.
São as muralhas dentro das quais construímos a nossa vida que sem sabermos, podem desvanecer à distância de um pensamento.
Elas existem porque somos nós que as alimentamos. São o nosso conforto.
São aquilo que em tempos foi a nossa segurança e agora representam a nossa prisão.
Somos prisioneiros e carcereiros em simultâneo. Donos da chave da nossa cela.
O poder do click existe quando de repente, quando somos encostados ao limite, surge uma luz, uma inspiração, um rasgo de lucidez que nos leva a perceber que se calhar, alguns dos tais pressupostos e variáveis que tínhamos como fixos se calhar já não se aplicam e podem inclusivamente mudar.
É o dia, a hora, o minuto em que percebemos que as muralhas podem desvanecer como nevoeiro.
Afinal de contas, bastava um click.
Boca do estômago
Em artes marciais ensina-se que se tivermos que “encaixar” um soco na boca do estômago devemos baixar o centro de gravidade e contrair os abdominais. Ao baixar o centro de gravidade, o estômago fica protegido por debaixo das costelas e dos músculos fortes do abdómen.
Refiro isto porque na vida, tal como nas artes marciais, é necessário baixar o nosso centro de gravidade, quando levamos um soco no estômago.
Precisamos ter consciência da nossa raíz para trabalharmos os impactos, por vezes violentos, a que a vida nos submete.
Sucumbir a esses impactos é desistir.
Aprender com eles é aprender entre outras coisas a enraizar. Criar estrutura.
Superar e ver mais além.
Converter o nosso fígado num bom fígado - é isso que nos permite olhar em frente.
Ser capaz de olhar para os Fins ultrapassando os Meios adversos que isso por vezes implica.
No fim de tudo, chegaremos ao juízo final. Não aquele que se apregoa, realizado por uma qualquer entidade superior e externa a nós.
No fim, o juízo final faremos nós próprios ao avaliar o que nos propusemos alcançar nesta jornada e constatar o que foi realmente atingido.
A boa e a má notícia é que se não ficarmos contentes com o resultado, teremos sempre mais uma oportunidade. Não se sabe quando, e é essa incerteza que nem sempre é amiga da Felicidade.
Refiro isto porque na vida, tal como nas artes marciais, é necessário baixar o nosso centro de gravidade, quando levamos um soco no estômago.
Precisamos ter consciência da nossa raíz para trabalharmos os impactos, por vezes violentos, a que a vida nos submete.
Sucumbir a esses impactos é desistir.
Aprender com eles é aprender entre outras coisas a enraizar. Criar estrutura.
Superar e ver mais além.
Converter o nosso fígado num bom fígado - é isso que nos permite olhar em frente.
Ser capaz de olhar para os Fins ultrapassando os Meios adversos que isso por vezes implica.
No fim de tudo, chegaremos ao juízo final. Não aquele que se apregoa, realizado por uma qualquer entidade superior e externa a nós.
No fim, o juízo final faremos nós próprios ao avaliar o que nos propusemos alcançar nesta jornada e constatar o que foi realmente atingido.
A boa e a má notícia é que se não ficarmos contentes com o resultado, teremos sempre mais uma oportunidade. Não se sabe quando, e é essa incerteza que nem sempre é amiga da Felicidade.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Ombro amigo
O ombro onde podemos repousar as nossas fraquezas.
O ombro que nos escuta sem censuras.
O ombro que nos permite baixar a guarda sem receios.
O confidente.
Saúdo todas as pessoas, todos os ombros amigos que sabem criar espaços para deixar com que outros possam saciar a sede, quando no meio de um deserto se encontram.
O ombro que nos escuta sem censuras.
O ombro que nos permite baixar a guarda sem receios.
O confidente.
Saúdo todas as pessoas, todos os ombros amigos que sabem criar espaços para deixar com que outros possam saciar a sede, quando no meio de um deserto se encontram.