Estavas encostada à parede, com o olhar pregado no infinito.
Ao afastarmos-nos, vi-te ali, mergulhada nas saudades da vida vivida,
Mas esquecida do futuro que ainda está para vir.
Parecia que te estavas a despedir, numa despedida a sério.
Mas eu não me despeço de ti.
Não é ainda o tempo de te ver ir.
A sina que te caiu nos ombros não será suficiente para apagar o teu olhar de criança,
Nem forte ao ponto de ensurdecer o teu riso traquina de menina.
Porventura será mais uma mensagem,
Desta vez, daquelas que batem forte, porque insistimos em não ouvi-las até hoje.
A lição, é assim hoje vivida, no presente.
E devo dizer-te que hoje, foi um bom dia.
E amanhã será ainda melhor.
Basta que não digas adeus.
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