Alturas há em que parece que uma massa de ondas de rádio nos atravessa a todos, e nos influencia.
Um pouco como a gravidade da Lua.
Uma invisibilidade presente que não altera apenas as marés de humor.
As ondas de rádio a que me refiro são como mensagens que atravessam multidões ou sub-grupos delas, e as suas mensagens materializam-se espontaneamente na linguagem individual e preferida de cada um, seja ela música, pintura, dança, escrita ou outra qualquer outra forma de comunicação ou concretização.
É por isso é que quando vemos uma pessoa A e outra pessoa B em sítios diferentes dizendo coisas iguais é como se tudo estivesse em sintonia.
É aquela sensação de que todos nos estão a dizer algo.
O fio condutor a que já me referi em posts anteriores.
Qualquer meio de broadcasting tem este efeito - a televisão é um exemplo disso.
Vemos o mesmo, aprendemos o mesmo e comentamos o mesmo mas, tal como dizia Einstein, não podemos depois esperar que sejamos assim tão diferentes.
Mas as ondas de rádio de que falo não são de televisão nem são provenientes de um qualquer agente controlador dos media.
Podia pensar que seria algo que desce sobre todos nós. muitas religiões assim o afirmam.
Mas, e se for algo que ascende de todos nós, como uma consciência colectiva?
Coluna de som ou microfone?
Ouvinte ou locutor?
Inconsciente ou consciente?
Passivo ou activo?
De que lado da equação queres estar?
Águas paradas são sempre sinal de doença ou prenúncio de morte.
A vida nasce e habita no movimento, no desequilíbrio, por isso se quiseres fazer algo com a tua, ficar parado não me parece ser a solução.
Alinha nas ondas de rádio.
Sintoniza-te!