A propósito do Covid, achei pertinente falar de solidão.
Aquela solidão, que tal como na história do sapo, vai-nos cozendo vivos, um dia atrás do outro.
“ a death by a thousand cuts” they say..
Entre a vida e a morte existe uma fronteira.
E é importante que exista.
Atravessar uma fronteira é terminar uma etapa. Tomar uma decisão e começar uma nova etapa.
Na vida temos esta e muitas outras linhas que nos ajudam a decidir se estamos dentro ou se estamos fora.
Quando não há fronteiras, tudo torna-se muito cool, sofisticado e cinzento.
Não há forma de distinguir entre estarmos vivos e vivermos mortos.
É importante estarmos atentos a nós próprios para sabermos quem somos e o que somos. O clássico “Donde vimos, quem somos, para onde vamos”
O problema da solidão é que ela não aparece. Vai aparecendo.
É daquelas coisas que não tem uma linha, mas sim várias ondas.
É por estas alturas de Covid que é importante, mais do que nunca, verdadeiramente encontrarmo-nos, para de uma vez por todas, nunca mais corrermos o risco de ficarmos sós.
Aí ficamos imunes às ondas, porque em água profunda nos transformamos.
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