Ainda não se tinha sentado e já estava a ser bombardeado com dois pedidos de autógrafos.
Ele fez questão de almoçar rápido.
Como se estivesse a esconder-se de alguém.
Como se fugisse de alguém.
No meio deste almoço apressado,
Pratos a cair à nossa beira.
Coincidências! Dirão.
Talvez não.
Nervosismo dos empregados de mesa?
Não sei.. Talvez algo mais, que por agora fica para outras conversas.
De qualquer das formas o alarido era tanto que não resisti em perguntar-lhe se era sempre assim à sua volta.
Ele encolheu os ombros e concordámos que é algo que faz parte da profissão que escolheu.
Falámos do Cristiano e da forma como também ele gere este fenómeno necessário.
No final, despediu-se pedindo desculpa por perturbar o meu almoço.
Pedindo desculpa?!?..Tirou-me o tapete.
Desculpa por quem? por ele ou pela tribo dele?
Fez-me lembrar um fumador que pede desculpa pelo fumo que não consegue evitar.
Ser artista não é fácil - Talvez seja mesmo um vício.
E assim ele se foi, não sem antes ter mais um pedido de autógrafo e desta vez também uma foto.
Quem lhe pedia a foto dizia: "Coitado, assim nem consegue almoçar descansado.."
Como se isso a impedisse de pedir a foto.
Como se o comentário fosse alguma vez sentido, ou se fizesse algum sentido..
E lá vai ele, apressado, dizendo Adeus, educado.
Fugindo do Mundo que comprou para viver à sua volta.
Boa sorte.
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