A troca de ideias não tem que ser um combate.
É importante ser capaz de encontrar dentro de nós a vulnerabilidade necessária à abertura de espaço, essencial ao crescimento.
É importante ser capaz de criar confiança e semear franqueza para que resulte um trabalho verdadeiramente estruturante.
De que servem discussões regadas de citações de grandes referências académicas quando o seu único objectivo é desequilibrar o adversário?
Não deveria a citação de um grande pensador ser utilizada como forma de acelerar consensos?
Porquê utilizar o nome destes homens e mulheres do passado para esconder a nossa própria dúvida, numa tentativa frustada de legitimar o nosso discurso?
As cortinas de fumo estão fora de moda.
A transparência e profundidade de pensamento são a nova tendência.
Valoriza-se o pensamento crítico, capaz de não se assustar com títulos académicos ou referências a grandes pensadores. Capaz de demonstrar valor por si próprio, sem bengalas.
Procura-se a capacidade de reconhecer defeitos e de compreender os defeitos dos outros.
De perceber que os Grandes Conquistadores de outrora, colocados em grandes pedestais são, à luz da civilização de hoje, personagens questionáveis. E entender também que foram o melhor que acreditavam ser possível.
Mas hoje somos e estamos diferentes.
As fronteiras, as necessidades e as ambições evoluíram.
Hoje procuramos a capacidade de encontrar soluções cooperativas e rejeitamos o vazio de espírito de uma procura incessante em subjugar adversários (mesmo quando já não há mais adversários para subjugar).
Hoje procuramos a visão do Todo,
Hoje procuramos o "Homem Global".
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