quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Corredor da morte


Na minha rua chamava-lhe “O jogo do Trava”.
Quem foi rapaz adolescente nos anos 80-90 como eu, é capaz deve ter conhecido o conceito de bulling, quando o conceito de bulling ainda não tinha sido inventado.

Este jogo em particular constava numa pessoa que passava num corredor feito de colegas, que tinham como objectivo bater no que seguia no meio, rindo da pancada que ele levava, sem mostrarem os dentes.
Se fossem apanhados a mostrar os dentes por quem estava a “levar”, passavam a ser eles no meio do corredor.

Em linguagem de savana, jovens leões a afiar os dentes.

Conceito questionável, é certo.
À luz dos dias de hoje – Bulling condenável.

No entanto, recordo esta experiência da minha adolescência para aplicá-la a quem hoje, vai “levando” a sua vida sem rumo.

Porque quem vai “levando” a vida, vai “levando” com a vida.
Aplica-se a pessoas, a empresas uma vez que empresas são conjuntos de pessoase, e por inerência a Países.

Sem um plano ou uma estratégia, o que resta é um corredor interminável repleto de pancada em que o nosso fado é ir reagindo à medida que ela vai nos vai batendo à porta.
Do lado de fora do corredor, estão os que continuam a rir, sem mostrar os dentes.

Para mim, só tens uma opção:
Primeiro, sair do corredor.
e depois, assim que conseguires aprender as regras que regem o jogo, abandona-o.

Não precisas de viver essa escola.

 

 

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