quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Como o Desenrascar cria lacunas entre a Percepção e a Impressão

É sobejamente conhecida a fama do Português em "desenrascar".
Uma coisa é valorizar esta atitude na perspectiva de adaptabilidade - Acho bem.
Outra coisa é julgar que esta excepção pode-se tornar no método.

O problema de constantemente "desenrascarmos" induz-nos em erro e pode levar-nos a acreditar que isso é suficiente.
Ao julgarmos que nos "safamos" perdemos a capacidade de melhorar.
E pior que isso, convencemo-nos que não precisamos de aprender.

Dou um exemplo:
Posso julgar que me "safo" a falar espanhol com o belo do "Portunhol".
Aqui ou ali, num diálogo básico e com muita linguagem gestual à mistura, e ignorando uma ou outra situação mais caricata, podemos julgar que o "Portunhol" desenrasca.

O problema é extrapolarmos e pensarmos que esse mesmo Portunhol arranhado que vai safando numa qualquer viagem de Férias às Caraíbas é o mesmo Portunhol que pode fechar negócios com um potencial parceiro Argentino.

Sugestão:
O primeiro passo para desmistificar esta questão é tirar umas aulas de Espanhol. Vais perceber a dimensão do desfasamento que existe entre a percepção que tu tens do teu Espanhol e a impressão que causas em quem está do outro lado da conversa.

Conclusão:
Desenrascar pode ser adequado nalguns casos, mas não faças disso uma regra.

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