terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Árvore, o Hipopotamo, o Homem e as Cicatrizes

Para evoluir, a árvore necessita de fazer crescer em primeiro lugar as suas raízes.
Sem raízes, qualquer vento tem capacidade de a derrubar.

Para subir mais alto, é preciso descer mais fundo, mais dentro.
Só uma boa raiz é que permite resistir vertical, às fortes rajadas.
Só uma boa raíz permite alimento para chegar mais alto.

A propósito de raízes, lembrei-me que há alturas em que se cruzam nas nossas vidas pequenos fungos com a arte de se instalarem nas nossas raízes, atacando-as, corroendo-as, minando a sua própria razão de existir - criando cicatrizes.

São as alturas para as quais sou tentado a dizer que a democracia musculada deve entrar em jogo.
Porque há fungos deveras impressionantes, de tal forma inteligentes que são capazes de moldarem supostas verdades universais, apenas para seu próprio interesse.

Temos que atingir a sabedoria para conseguir tornar esses fungos passageiros em autênticas injecções de penicilina reforçando com eles o nosso organismo e tornando-nos assim mais fortes, mais capazes de poder ver que a felicidade advém inevitavelmente do facto de podermos contribuir para um bem maior, um bem que nos transcende como indivíduos.

E depois agradecer-lhes, porque o nosso crescimento é sempre feito à base de provas, ou neste caso de fungos que bem trabalhados, reforçam as nossas raízes.

O Hipopótamo, animal de poder, traz também no seu dorso as cicatrizes de guerra.
O Homem, traz consigo as cicatrizes de pensamento.

Tal como o Hipopótamo ou a Árvore, o Homem deve saber curar as suas cicatrizes rapidamente.
Aprender com elas e não dar espaço a infecções.

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