segunda-feira, 16 de maio de 2011

Boas raízes + maus ventos = Muitas tempestades


É importante escolher o terreno onde vamos construir as nossas raízes.
É importante seleccionar uma zona fértil para lançar as nossas sementes.
É aí que cresceremos e será aí que nos transformaremos no melhor que podemos ser.

Mas também é importante escolher bem os ventos a que nos vamos expor.
As raízes serão a base da coluna vertebral, e quanto mais fortes forem, menos susceptíveis ficaremos a não sermos fieis a nós próprios.
Mas face a ventos constantes e consistentes, apesar de não mudarmos na essência, moldamo-nos, mesmo que não nos apercebamos disso.

As raízes são importantes, é certo, mas não nos podemos esquecer dos ventos.
Principalmente dos Maus Ventos.

Tal com a água fura a pedra, o vento molda a madeira.
Umas boas rajadas são óptimas para solidificar as nossas virtudes,mas às vezes talvez seja melhor reconhecer a nossa teimosia que brota de raízes fortes e profundas e perceber que se calhar, boas raízes não chegam, não são tudo.

Perceber que talvez por muito que nos custe, valha a pena mudar de terreno.
Porque temos que ter em conta o que nos rodeia e quem nos suporta.

A madeira acabará sempre por ser moldada.
É importante saber se os ventos sopram na direcção certa.
Caso contrário, só compraremos tempestades.

Tempestades entre o que sabemos que somos e aquilo em que nos vemos transformar.
Desilusões, injustiças e amarguras das que mais doem, das que mais nos marcam.

E isto aplica-se a todas as vertentes da nossa vida.

Duas máximas da sabedoria popular que se aplicam aqui na perfeição:

• “Diz-me com quem andas, dir-te-ei que és.” e
• “Mais vale só que mal acompanhado.”

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