Hoje falo do Sr Ratan Tata que tem desenvolvido um esforço titânico para lutar contra o status-quo da indústria automóvel.
Este homem conseguiu colocar ao alcance de muitos, algo que até agora nem poderiam sonhar - Estou a falar naturalmente do novo automóvel Nano que a Tata está a lançar e que se apresenta como o verdadeiro carro low-cost.
Quero chamar à atenção ao facto de em Outubro passado ter havido uma série de manifestações de agricultores contra a Tata que fizeram com que se cancelasse a primeira fábrica. (quem estaria por detrás destes tumultos? Mistério).
Ainda assim, o homem não desistiu - incorreu em custos extras e decidiu levar por diante esta iniciativa pondo em causa o Business Case - todos o acusavam de Idealista.
Também houve ambientalistas que vieram acusá-lo de fabricar um automóvel que não cumpre as normas mais recentes sobre a poluição (mais uma vez pergunto - quem estaria por detrás destes tumultos? O Mistério começa a desvanecer-se..).
É certo que o Nano não é dos carros mais ecológicos, mas ainda assim está muito aquém dos níveis de CO2 de outras marcas que já por cá andam há mais tempo.
Infelizmente se assiste cada vez mais à utilização de causas nobres para alavancar interesses escondidos - é a "viding"
Bottom line - Este senhor lá vai trilhando o seu caminho, contra todas as adversidades.
Os grandes construtores começam agora a levar este senhor cada vez mais a sério.
O mercado Indiano não é de se desprezar.
ainda por cima a malfadada crise não permite aos big players desenvolver as iniciativas proteccionistas que necessitavam - estão mais preocupados é em sobreviver.
Por outro lado com os tempos que correm, quantos europeus não vão querer experimentar o Nano? - se calhar só precisa de um toque "Fashion".
Em 2011 prevê-se a sua chegada à Europa cumprindo os níveis de CO2 comunitários.
Pessoalmente acho que até lá vão conseguir massa crítica para alavancar um Nano Electric.
Deixo aqui outra questão... será que um carro barato é o adequado a um mercado europeu onde a "moda" impera?...
ResponderEliminarPara um carro deste tipo vingar no mercado europeu, mesmo com esta crise, é óbvio que o seu fabricante tem de "torná-lo" num carro de moda, e não num carro low cost. Um carro low cost não é o adequado para uma civilização onde o status de uma pessoa passa pela marca do carro que conduz.
Veja-se um dos exemplos com Steve jobs. Ele deu a volta ao paradigma dos leitores de MP3 ao criar o iPod. Tornou-o num objecto de moda - a parte de baixo do iPhone é um espelho.
Ou seja... ao irmos à Fnac, não vamos comprar um leitor de MP3... vamos comprar um IPod!
(por acaso não tenho um, mas fica aqui a ideia para uma prenda de aniversário que ainda se mostra distante) ;)