sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Teoria da Gestão do Tempo Indeterminado

A Teoria de Gestão do Tempo Indeterminado (GTI) resulta da constatação de factos óbvios, mas esquecidos.

Caso prático:
Imagina uma tarefa que demora 12 dias para um homem a realizar, considerando 8 horas de trabalho por dia.
Se quisermos encurtar drasticamente esta tarefa para 6 dias, não o conseguimos fazer sem gerar algum nível de desconforto.

O facto de uma pessoa afirmar que realiza uma determinada tarefa em 12 dias, resulta da extrapolação que faz sobre a soma de todos os pedaços de "tempo indeterminados" da sua vida.
Esta soma é a percentagem indeterminada de alocação de energia dessa pessoa, durante esses 12 dias.
São todos os momentos em que as partes conscientes e inconscientes do seu cérebro estão dedicadas ao desenvolvimento dessa tarefa.

Nos outros momentos está o resto da vida.

Se de uma forma directa e irreflectida passarmos de 12 para 6 dias/homem, essa tarefa vai simplesmente roubar tempo a todas as outras, criando um inevitável desiquilíbrio que nunca será compensado.
O tempo quando passa, já passou.
O que se poderia ter feito, já não o fazemos - já pertence ao passado.
E o problema reside no facto do tempo precioso ser sempre retirado às tarefas da vida que supostamente são as mais importantes.

A teoria GTI determina que podemos perfeitamente passar de 12 dias para 6 dias se o tempo que alocarmos a essa tarefa, for retirado única e exclusivamente às tarefas que estão no fim da lista de prioridades de cada pessoa.

Extrapolando agora esta teoria para os vários planos da vida, concluímos que podemos ter recursos cada vez mais felizes e que ao mesmo tempo produzem cada vez mais.

São as pessoas que deixam de se preocupar com os pneus do carro, com a gasolina, com as contas bancárias, com a limpeza da casa.

São as pessoas que deixam de se preocupar com o que os outros pensam, com o que receiam ou com o que não existe.

Deixamo-nos de preocupar com a infelicidade e somos mais felizes,
Deixamo-nos de nos preocupar com o dinheiro e somos mais ricos.

Estamos em equilíbrio, produzimos mais, estamos mais focados e cada vez mais felizes.

A evolução de uma vida ou de uma carreira profissional surge na capacidade de elaborar essa lista de objectivos, reduzí-la ao essencial e aos temas que subsistem, dedicar-lhes toda a atenção, com a devida prioridade.

Crescemos, somos felizes, somos competitivos.

O passo seguinte está em conseguir não se abstrair totalmente de tudo o que gravita à nossa volta e beber de tudo um pouco, utilizando a inesperada imensidão de tempo que afinal nos sobra.

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