Serei a minoria?
Sou na verdade a maioria não assumida
Não reflectida
Não auto-conhecida
Parado no café observo troca de olhares
Senhoras carentes que se encaloram com a presença dos seus novos amigos.
Porventura demasiado evidentes quando terceiros se aproximam e dos primeiros não largam o olhar.
Porventura tão desesperadamente evidentes que desse desespero jamais se libertarão.
Outras há que de um monumental tédio resultante da sua conpanhia masculina catapultam-se precipitantemente para olhares ansiosos com a chegada da amiga.
No canto um homem que liberta o seu olhar solitário sobre a imagem da Soraia Chaves e o outro ainda, que por seu lado se afunda perdido, no seu jornal.
O frenesim rodeia-me. O trabalho desonrola-se.
Contudo, neste momento estou contente porque estou presente.
Uauu...
Chegou alguém com um sorriso,
Parece que o sol chegou à sala.
No meio deste ambiente carregado de sentimentos pesados, ânsias e frustações surge a inocência livre e desprendida.
Temos que aprender a descomplicar.
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