sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O romantismo da vida simples

No restaurante, os olhares francos de um homem recto.
Os valores - a beleza da simplicidade humana, quando se consegue.
Do outro lado, um casal.

Cruzei-me com eles à saída.
Ela seguia de mão dada à filha e ao lado do seu marido.

Trocámos olhares - Porventura sentiu uma atracção, um desejo.

E naquele momento como que correu para os braços do seu marido.
Delicadamente aproximou-se.
Percorreu-lhe as costas com as suas mãos delicadas e por fim abraçou-o.

Foi como se o seu inconsciente se tivesse insurgido e a relembrou do quanto ela ama o seu marido - E ela sentiu isso, no seu âmago.

Naquela fracção de segundo, talvez não se tenha lembrado conscientemente de todos os bons momentos, de todos os sorrisos trocados, mas sentiu-o claramente.

E foi esse receio momentâneo de poder perder tudo por uma paixoneta fútil que a fez correr para os braços do seu marido.

Ele, surpreso com o abraço, beijou-a.
Mas não viu o amor que ela lhe trazia nos lábios.

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