sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O padrão

Em Lisboa existe um Padrão de Desconhecimentos.
À primeira vista é apenas a representação de uma nau portuguesa.
Se olharmos mais de perto encontramos outra coisa.

Encontramos um manual, um livro aberto.
Uma lição sobre a realidade portuguesa num retrato nu, cru e até anedótico.
De um Portugal, de uma Empresa, de um Homem de ontem e de hoje.

À frente está o Infante, um homem que representa a visão.
Um homem que sozinho não vale nada sem a equipa.

Logo de seguida o herdeiro que sobrevive sorridente à sombra do Infante.
Depois vêm os braços direitos
A força do lado direito, a sapiência do lado esquerdo

O medo e o receio está patente no olhar de muitos. Há que incorporá-lo tal como outro factor a ponderar - representa o risco.

Do lado nascente os objectivos:
A evangelização, o negócio, o conhecimento, a fome de novas do novo Mundo. A necessidade de poder.

Do lado poente o plano real - O que é necessário fazer.
Tecnologia - quadrantes, astrolábios e esferas armilares.
Poetas e artistas também estão lá, essenciais para imortalizar a obra.

E no fim, a mulher - sempre a mulher
Porque no fim de tudo quem move o homem é sempre a mulher.

Olha para o padrão. Olha-o nos olhos.
Ouve o que ele te diz.
O Camões, o Infante e outros que tais estão lá apenas para baralhar.
Apenas para cumprir o requisito.

Um pouco como a arte da imprensa em regimes totalitários.

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