Em Lisboa existe um Padrão de Desconhecimentos.
À primeira vista é apenas a representação de uma nau portuguesa.
Se olharmos mais de perto encontramos outra coisa.
Encontramos um manual, um livro aberto.
Uma lição sobre a realidade portuguesa num retrato nu, cru e até anedótico.
De um Portugal, de uma Empresa, de um Homem de ontem e de hoje.
À frente está o Infante, um homem que representa a visão.
Um homem que sozinho não vale nada sem a equipa.
Logo de seguida o herdeiro que sobrevive sorridente à sombra do Infante.
Depois vêm os braços direitos
A força do lado direito, a sapiência do lado esquerdo
O medo e o receio está patente no olhar de muitos. Há que incorporá-lo tal como outro factor a ponderar - representa o risco.
Do lado nascente os objectivos:
A evangelização, o negócio, o conhecimento, a fome de novas do novo Mundo. A necessidade de poder.
Do lado poente o plano real - O que é necessário fazer.
Tecnologia - quadrantes, astrolábios e esferas armilares.
Poetas e artistas também estão lá, essenciais para imortalizar a obra.
E no fim, a mulher - sempre a mulher
Porque no fim de tudo quem move o homem é sempre a mulher.
Olha para o padrão. Olha-o nos olhos.
Ouve o que ele te diz.
O Camões, o Infante e outros que tais estão lá apenas para baralhar.
Apenas para cumprir o requisito.
Um pouco como a arte da imprensa em regimes totalitários.
Sem comentários:
Enviar um comentário