quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O meu Tempo



Rodopio por entre o Tempo e avanço sem rumo, em direcção ao Nada.
Opto acordar do turbilhão e desafiar o Tempo a abrandar e o Silêncio a gritar.
Na catedral do espaço envolvo-me então no imenso vazio, cheio de nada.
E nesse momento predisponho-me a ficar sem medo, Só.

Ao sentir o tempo finalmente parar, permito-me encontrar por entre o silêncio do espaço, o tempo que é afinal só meu.
O meu Tempo.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

7 graus

A declinação da bússola em Portugal é de 7º. Em Portugal, 7 graus é quanto separa o Norte magnético do Norte geográfico.
7º é quanto separa o objectivo planeado do objectivo atingido.

Ser por um lado é importante mantermo-nos germanicamente comprometidos com os nossos objectivos, é importante nessa rigidez encontrar a flexibilidade necessária para incorporar a mudança que ocorre em paralelo, algures entre o início e o fim da viagem.

Tal qual bambu, na sua leveza, flexibilidade e força.

O alvo nunca é estático, e por isso fazem todo o sentido as palavras de Einstein ao afirmar que o caminho mais curto é uma curva, não uma recta.
7º parece-me o valor adequado.
7º é quanto baste para deixar a porta aberta para a viagem seguinte.

Negar o inegável

Para negar é inegável podemos sempre tentar pintar a coisa de cor-de-rosa, mas o mais provável é cairmos no ridículo.
 

sábado, 1 de dezembro de 2012

A Sociedade não secreta dos Homens de Confiança


Quem está por dentro dos sistemas de pagamentos e da temática do Anti-Money Laundering (lavagem de dinheiro) sabe perfeitamente que existem coisas denominadas "black lists".
Tratam-se de listas cheias de nomes de alegados terroristas ou de nomes de empresas de carácter duvidoso que servem para detectar transacções financeiras potencialmente ilícitas.
O que também se sabe é que à conta da desconfiança crescente, existem nestas listas muitos nomes que afinal não são de terroristas - são simplesmente falsos positivos.
Isto tudo para dizer que com tanta desconfiança surgiu também a necessidade de criar as white-lists ou também denominadas as "Good-guys's lists".

Tanto nos sistemas de pagamentos como na interacção humana, num ambiente crescente de competitividade desmedida e desconfiança exacerbada, precisamos cada vez mais da lista dos Good Guys.

Daqueles em quem podemos contar.
Dos que preferem colaborar e contruir, em vez de gastar neurónios a delinear tácticas ofensivas de ataque ou contra-ataque.
Dos que preferem incluir em vez de excluir.
Dos que entendem que 1+1=3

Caro leitor, se fores um deles, e estás farto do tempo perdido, não és o único.

Acredita, eu entendo-te.

Eu já saciei a sede do meu corpo, com o deserto das emoções.
Foi no fundo do nada que aprendi o valor da confiança.
Foi aí que nasci de novo e percebi que tal como eu, tantos outros encontravam-se sem rumo na mesma espiral descendente de falta de confiança.

Anda, eu dou-te a minha mão.
Vem juntar-te à lista dos good-guys.
Contigo seremos dois.

Alerto-te para o seguinte:
Quem aprendeu com a dor, aprendeu também a identificar a fonte de dor - não há segundas oportunidades - seremos exigentes - quereremos mais.

Seremos a sociedade não secreta dos Homens de Confiança.