terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Crónica de um reencontro por acontecer

Piadas soltas, comentários inócuos
Futebolices e politiquices.
Almoços cheios de nada,

No teu rosto descobri um pequeno tom de amarelo, fugidio, furtivo.
A educação que te foi dada para criar estrutura, é a mesma que agora abafa o grito que vive debaixo dessa máscara.
Inadvertidamente deixaste escapar dos teus olhos um pequenino pedaço da solidão,
Uma lágrima do desencontro que existe entre ti e a tua essência,

Não tem que ser assim.
Nao deve ser assim.

Gostava de saber em que dia te disseram que não eras mais criança.
Que tinhas que seguir o trilho normal.

Gostava de poder voltar a esse instante e retirar-te essa nuvem do caminho.
E todas as outras que se acumulam à tua volta na tentativa frustada de apagar o Sol brilhante que emana na tua alma.
 
O tempo é demasiado precioso para ser perdido desta forma.
E sei que o dia chegará em que isto acabará.

Nos mesmos olhos inundados de solidão vive a faísca da juventude adormecida.
A juventude que não se cinge pelas leis do tempo.
Aquela que na primeira oportunidade florescerá em todo o seu esplendor, de acordo com a natureza que lhe é inata.

Poderá ser hoje ou poderá ser momentos antes de abandonares este corpo, 
mas nunca será em vão.
Porque o tempo é apenas uma construção humana, e o teu Sol não nasceu neste Mundo.

diz o poeta,
A vida é um momento.
Esse momento será sempre breve.



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