quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Abraçar as limitações


Publico este vídeo fascinante sobre a arte de abraçar as nossas limitações.

Ao ver este vídeo veio-me à memória a metáfora de um balão que vai esticando à medida que vamos explorando novas fronteiras.

De vez em quando, chocamos contra uma parede.
Ora é nesse preciso momento que devemos aproveitar para dar corpo ao balão.

Enchê-lo de substância.

É altura de aceitarmos os nossos limites (temporários ou não) como forma de criar espaço para que a magia aconteça.

Com um passo aparentemente para trás abrimos espaço para um mundo novo, onde novos caminhos estão por percorrer e muralhas por desvendar.


 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Loucura

Loucura é a palavra que a sociedade encontrou para dizer que não te compreende.
Para te explicar que foste demasiado para lá dos limites.

Depois, a sociedade fechou essa palavra dentro de um baú chamado Tabu 
e atirou o baú ao mar da Desilusão.

Ali ficaste, perdido no tempo e no fundo da Desilusão, 
ancorado para lá dos limites da nossa compreensão.

Hibernado. À espera de um sinal.

À espera do dia em que finalmente alguém encontrasse a peça com que de repente, tudo passasse a fazer sentido.
A chave do enigma.
E que a entregasse às Massas, 
porque depois de isso acontecer, então já era fácil.

Depois de conhecida a solução já não eras O louco.
A sociedade passou a chamar-te O visionário. 

Estavas à mesma junto à fronteira, só que agora do lado de cá.
Ou será que a chave teria apenas feito avançar a fronteira um pouco mais para lá? 

A chave - a vacina contra o vírus da escuridão.

Peço-te que sejas forte. 
Peço-te que não desistas. 

Que encontres em ti todas as chaves.
E que mantenhas intacta a coragem dos poucos que ousam transpor as fronteiras.

Para que o universo das Massas nunca deixe de crescer, mas sem ter que te voltar a magoar.


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A estrela da inquietação

Olho para a Lua e imagino quantos antes de mim, terão olhado para ela, da mesma forma que eu, neste preciso momento.

Quantos, homens e mulheres, olharam da porta das suas cavernas, esmagados pelo tecto que se lhes abatia.

 

Quantos, cientistas e filósofos, terão perscrutado, ao longo de todos estes milénios, por entre as luzes da escuridão, a resposta e o significado para suas questões, e respectivas razões.

E quantos continuarão ainda, largos anos depois desta minha viagem, a fazer exactamente o mesmo.

 

A lua, essa mantêm-se a mesma.

Impávida.

Quase que complacente.

 

O que pensará ela de quem a vê?

Serão assim tão diferentes os olhos que a observam, ao longo de todos estes anos?

 

Até quando?

 

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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Sombras

Gosto da sombra das árvores.

Permitem-me transpor o franzir do olhar e ver a cor das coisas.