sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Companhia permanente

Hoje fui almoçar contigo.
Disseste-me que precisavas de falar.
Assim foi.
Ali estivémos os dois.
Tu a explicares e eu a ouvir.

Juntos, a sós.
Banhados pelo Sol de Inverno, algures nas margens do Tejo.

TU és o EU que reclama a Reflexão, o Espaço e o Tempo.
EU sou o TU que planeia e concretiza.
Ainda bem que te conheço, que aprendi a respeitar-te e a ouvir a tua Voz.

Tu que na realidade és parte do Eu.
Tu e Eu, Um só.

TU + EU = TEU

À Escala Global, todos juntos somos TEUS.
Os TUs e os EUs.



DEUS

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Força da gravidade

Ser semelhante não é ser igual.
Ser semelhante implica conhecer as diferenças e estar ciente delas.
É conhecer a linguagem mas não ceder ao conteúdo.
Pelo menos sem antes questionar.

Porque estar vazio de convicções é estacionar na média.
É estagnar, desperdiçar.
É viver o fácil e alinhar o norte pelas bússolas dos outros.

Não falo de saudar a teimosia mas sim a obstinação.
Porque enquanto que a teimosia é a Imatura.
a obstinação é por outro lado, a Sábia.

Refiro-me pois à capacidade de alguns em rasgar com tradições e preconceitos.

À força inata que os impele em dizer: Não!
Simplesmente porque Sim!

Porque tem que ser.
Porque não se abdica e
Porque acima de tudo, é Importante.

Escapar a esta força da Gravidade que o "Normal" impõe, seja por meio da preguiça mental, das regras sociais, dos costumes ou das ligações afectivas, é ser capaz de alinhar a vida com o seu desígnio.

Tomar-lhe o pulso.

Encher o caminho de sabor, de decisões e de conteúdo.

Concluo por dizer que esta Força é a Gravidade Amiga que nos questiona constantemente:

Como é que é? 
Estás à altura ?

Queres uma casa cheia ou um quarto vazio?



quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Mais uma milestone

Este post vem na linha das "conversas que não se têm".

Já anteriormente escrevi sobre este tema.

Conversas que se deixam para depois.
Para quando já não houver tempo para as ter.
Para nunca se terem.

O milagre da ciência da longevidade empurra-nos hoje para um novo paradigma.
Antigamente a maioria morria e pronto - era rápido.
Hoje em dia o cenário é diferente.

Fruto dos avanços tecnológicos na medicina, empurramos o nosso corpo até ao seu limite, para idades nunca antes imaginadas e felizmente podemos estender a nossa vida até ao seu último reduto.

A pergunta que fica no ar é: Queremos terminar numa maca agarrado a uma máquina?
Creio que ninguém dirá que sim no seu perfeito juizo, mas fruto do silêncio provocado por este tema tabu é infelizmente para lá que todos caminhamos.

Qual é o problema em planear esse momento? Se é inevitável que vai acontecer porque não planeá-lo?

Não tenho dúvida que somos imortais e também tenho a certeza que o nosso corpo não o é.



quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Palavras sábias

Palavras de Dalai Lama na sua visita a Portugal, numa altura em que o sector da construção civil estava em ebulição (minuto 8:18 do vídeo abaixo):

"Look.. you are doing all this things but, ins't it nice also to build something within?
Unless that, even if you get a high-tech flat on the 100th floor of this super-modern and confortable building, if you're deeply unhappy within, all you are looking for is a window from wich to jump."

Para Matthieu Ricard, é simples: É tudo uma questão de treino, neste caso da mente.


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Tutano

Estender fronteiras é conquistar espaço.

Distanciar os extremos do nosso Universo é completarmo-nos.

Não só porque compramos Terra para atirar as nossas sementes, mas acima de tudo, porque algures no meio desse espaço criado, nascerá a substância de que somos feitos.


O Tutano.


Conhecer fronteiras é depois afirmar quem somos.

Reconhecer o valor desse Tutano e crescer com ele.



quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Beber da fonte da juventude

Cada vez que digo Não à Solidão tomo mais um cálice da fonte da juventude.
Afirmo perante o meu corpo que ainda há vida a cumprir, que ainda há propósito, e que ainda não chegou o tempo de parar o tempo.


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Impaciência

Impaciência é antónimo de ciência do impávido, mas não do sereno.
É a ciência do desconforto, da inquietude, e do inconformismo.

Ser impaciente é querer mais.
Querer melhor.
Procurar por entre tesouros, mas sempre com a vontade do agora.

É também desrespeitar.
Rejeitar.
Deitar fora o tempo certo e as fórmulas provadas,
Cuspir no prato.

A impaciência é a balança que flutua na tempestade da Descoberta. 
Ora revoltada tal qual ventania, ora profunda com a serenidade do fundo do mar.

Daí ser antónimo de impávido e não de  sereno.

Porque a impaciência traz frutos quando focada e serena.