Esta é a época propícia para a típica mão na consciência,
Para aquilo a que chamo a caridade do umbigo.
A caridade que serve apenas os nossos próprios interesses.
Impôe-se
voluntariado, sustentado, real e continuado.
Existem
por esse país fora muitos voluntários que abraçam essa missão como o seu
próprio respirar.A esses sim, há que dar valor pelo seu papel fundamental e imprescindível – verdadeiros heróis.
Chega
de pijamas, cassetes VHS ou bonecos velhos a despachar das nossas despensas.
Chega
de futebolistas que tiram a foto da praxe e seguem o seu caminho, no seu carro
topo de gama.
É que
os fotografados ficam à mesma no mesmo sítio, dependentes de todos, e também daqueles
que encaram o voluntariado, não como um súbito peso de consciência, mas sim
como uma missão.
Correndo
o risco de ser demasiado áspero, convidava à mão na consciência mas no sentido
de evitarmos fogachos, sob pena de estarmos a alimentar o nosso ego às custas
de quem mais precisa.
Se
queremos ser eficazes, temos que partilhar o pão, não as migalhas.
A
migalha serve apenas para se saber quanta fome se tem...a propósito do funeral de um Palhaço Nariz Vermelho – um Dr. Professor.